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O Rotary Club da Guarda vai promover nesta cidade, no próximo dia 7 de junho, pelas 12h30, num, um almoço/debate dedicado ao tema “O Poder do Associativismo na Região da Guarda”.
Este evento reúne várias associações do distrito, com o objetivo claro de debater e valorizar o papel do associativismo na construção de comunidades participativas, mais coesas e resilientes. “Num tempo em que os desafios sociais e económicos são cada vez mais complexos, as associações desempenham um papel essencial na resposta às necessidades das populações. Combatem o isolamento, promovem o convívio entre gerações e preservam tradições e memórias comunitárias.” Refere uma nota informativa do Rotary Club da Guarda.
Acrescenta, depois, que as associações “são também espaços de participação cívica e voluntariado, oferecem apoio social e dinamizam atividades culturais, educativas e desportivas. Além disso, contribuem para a economia local ao promoverem produtos regionais e atrair visitantes.”
O Rotary Club da Guarda pretende que esta iniciativa seja mais do que uma simples partilha de experiências, procurando assegurar “um encontro de diálogo e de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por algumas associações. Pretende-se também fomentar parcerias e reforçar o sentimento de pertença a um esforço coletivo.” Neste encontro, cinco associações do distrito da Guarda vão apresentar os seus projetos e perspetivas. Serão abordadas diversas temáticas, da cooperação interassociativa à valorização do voluntariado, da formação ao fortalecimento da participação cívica, da preservação do património à inovação e sustentabilidade.
Este almoço/debate incluirá a homenagem a uma jovem residente numa Casa de Acolhimento da região, “cujo percurso de superação, envolvimento cívico e generosidade é digno de reconhecimento. Esta jovem representa tantos outros que, longe dos holofotes, enfrentam a vida com coragem e esperança.”
A participação nesta aticidade é aberta a todos os interessados, mediante inscrição até ao dia 5 de junho.
A Guarda acaba de perder mais um dos seus acérrimos e intransigentes defensores: Manuel Madeira Grilo.
O seu nome há muito que estava associado à mais alta cidade de Portugal, mercê do dinamismo e actividades protagonizadas por um Homem que soube viver e sentir esta cidade; pela qual lutou, contra ventos e marés.
Foi também uma referência no sector empresarial, onde deu o melhor do seu esforço; mas a Guarda, o distrito, o país, conheceram Madeira Grilo de outras funções e paixões, como sejam o Desporto, os Bombeiros, o Voluntariado, áreas onde deixou, como é público, marcas profundas, indeléveis.
Se ao nível do futebol, pelas instituições e estruturas associativas a que esteve ligado, deixou uma excelente intervenção (que honrou esta terra e a colocou pela positiva na ribalta), também no campo do voluntariado sobressaiu de forma eminente e exemplar, contribuindo, nomeadamente, para a realização – na Guarda – de importantes iniciativas, de que poderemos recordar (e é um dever de memória) uma das edições do Congresso Nacional do Fogo.
Para além disso, Manuel Madeira Grilo esteve ligado à comunicação social regional – muito especialmente à sua Rádio Altitude, para onde soube cativar colaborações (ali nos encontrámos no inesquecível “Língua e Linguagem”), apoios, afectos perenes – e deixou obra feita na promoção turística e económica da cidade.
E, obviamente, o professor imprimiu o seu cunho próprio no campo do ensino, sobretudo através da Escola do Gaiato e outrossim nos serviços com responsabilidades na educação e aprendizagem, aos quais esteve ligado.
A convergência nas apreciações feitas – ao longo do tempo – por representantes de vários sectores sociais, profissionais e económicos, traduz, sem sombra de dúvidas, o apreço pelo cidadão, pelo homem da paz que vestiu sempre a farda da solidariedade e assumiu, sem tibiezas, um notório exemplo de cidadania e de diálogo. Das suas publicações destacamos o “Dicionário de Provérbios”, um trabalho, com mais de 600 páginas, de recolha de provérbios que o autor fez ao longo de vários anos.
Madeira Grilo não será esquecido pelas gentes da sua cidade e do distrito.
À sua família deixamos sentidas condolências.
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