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Mário Branquinho: dinamismo cultural e social

por Correio da Guarda, em 05.02.22

 

Mário Branquinho é o principal rosto do CineEco, um “dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico”, como afirmou ao CORREIO DA GUARDA. “Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática”, acrescentou ainda.

Apostado no desenvolvimento de Seia, e do interior, Mário Branquinho diz-nos que “só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios”.

E é com espírito dinâmico e empreendedor que projeta a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como nos adianta nesta entrevista onde aborda, igualmente a sua passagem pela política autárquica que abandonou e assim pretende permanecer. “Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.”

Com o Mestrado em Animação Artística o nosso entrevistado é Técnico Superior do Município de Seia, responsável e programador da Casa Municipal da Cultura de Seia, coordenador do Seia Jazz & Blues, Diretor e fundador do CineEco e membro da Direção da GFN Green Film Network, com sede na Áustria. Autor dos livros de escrita criativa “Sentido Figurado”, (1996); “O Mundo dos Apartes”, (2002), “Estranhos Dias à Janela” (2015) e “Cinema Ambiental em Portugal, filmes do mundo em 25 anos de CineEco – 1995-2020” (2021), que vai ser apresentado no próximo dia 12 de fevereiro.

 

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Quem é o Mário Jorge Branquinho?

É alguém que gosta de fazer, que não gosta de estar parado. Que gosta de viver e envolver pessoas em projetos inovadores e desafiantes. Alguém que procura dar contributos para o desenvolvimento local, com espírito de missão, desafiando outros a fazer o mesmo.

 

O interesse no associativismo começou bem cedo. Como surgiu e que projetos foram desenvolvidos?

O Associativismo começou na minha aldeia, o Sabugueiro, quando jovem, através da criação de uma associação cultural, fazendo teatro, jornalismo, cinema e mais tarde como Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Seia, incrementando iniciativas estudantis.

Nessa altura frequentava muitos cursos de teatro, dinâmica de grupos, serigrafia, jornalismo e outras ações promovidas pelo FAOJ da Guarda, hoje Instituto da Juventude, com Saraiva Melo e Américo Rodrigues. Foram ações que me marcaram e me ajudaram a criar este caminho de programador cultural.

 

E como ocorreu a sua ligação à atividade teatral? Durou quanto tempo? Que memórias guarda?

Nessa altura tínhamos o Grupo de Teatro do Sabugueiro, que levou à cena várias peças, das quais a mais emblemática foi O Doido e a Morte, de Raul Brandão, com a qual participámos no Ciclo de Teatro do Inatel, pelas freguesias. Tínhamos também cursos de teatro orientados pelo Américo Rodrigues e outros na Pousada da Juventude das Penhas Douradas. Tudo isso, levou-me a ser Bolseiro do FAOJ durante um ano, procurando incrementar o associativismo juvenil no concelho de Seia.

 

No seu percurso está também uma estreita ligação com a rádio e a imprensa. Quando iniciou esta colaboração ativa com a comunicação social e quais foram os momentos ou períodos mais marcantes?

Simultaneamente fui escrevendo para jornais locais e regionais, assim como depois em rádios locais e regionais.

O primeiro embate que tive, foi um texto no Jornal Porta da Estrela de Seia, dando conta de que uma Comissão de Festas tinha dado uma parte dos lucros à igreja e a outra parte a tinha aplicado na compra de uma ambulância para a população. E rematava a notícia, perguntando se “o senhor padre era contra o progresso da freguesia?”. No domingo seguinte o pároco leu a notícia na missa, perguntou, furioso quem era o autor da notícia, levantei a mão, e ripostou que era o último dia que vinha dizer missa.

À saída tinha metade da aldeia contra mim, porque iriam ficar sem padre por causa de uma notícia. A pressão foi muita nos dias seguintes, para pedir desculpa, mas tal não aconteceu, nem o padre se foi embora.

Na Rádio comecei na Rádio Beira Alta, em Seia, depois, ainda no tempo das “rádios pirata”, tive a minha própria rádio, Rádio Clube Serra da Estrela (RCSE), que durou 9 meses e que foi para mim uma grande escola. Tinha quase 100 colaboradores a vários níveis, mas num domingo de Páscoa, obviamente nenhum foi fazer rádio e por isso, estive eu o dia todo a passar música, publicidade e a dizer as horas. Ao fim da tarde batem à porta, era um casal com uma travessa de bolos e vinho do Porto, porque se aperceberam da minha maratona radiofónica e quiseram ser simpáticos.

Mais tarde, criei uma produtora, que fazia as manhãs da rádio na RBA, que foi legalizada e relançámos o Jornal Noticias da Serra, durante algum tempo semanal e depois quinzenal.

Paralelamente ia colaborando com jornais regionais e nacionais, e fui durante vários anos correspondente da Rádio Altitude, a convite do Hélder Sequeira, o que foi uma excelente experiência.

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Há uma maior paixão pela rádio ou pela imprensa? Continua a colaborar?

Fazer rádio no final dos anos 80 e primeiros anos da década de 90 era mágico. Da minha parte era mais informação, noticias, debates e entrevistas. Aqui e ali, alguns passatempos. Era a magia da rádio e toda a gente na cidade estava a ouvir, porque se fazia muita interação e as pessoas reviam-se na rádio da sua cidade. A imprensa também seduzia, pelo clima criativo que se vivia e sobretudo pelas crónicas que escrevia, o que mais tarde deu origem a alguns livros de crónicas numa lógica de escrita criativa.

No ano dois mil, enquanto proprietário do jornal, fui pela primeira vez ao Brasil, a um congresso da imprensa regional portuguesa, numa delegação da UNIR, que aproveitou para se integrar nas comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.

Por coincidência, fui o primeiro a sair do avião, em Salvador da Bahia, onde estava uma equipa de reportagem da TV Globo, à espera da comitiva de jornalistas portugueses e me entrevistou, por ser o primeiro a sair do avião. No dia seguinte fizeram comigo e com o meu companheiro de Viagem Luciano Dias, filmagens do nosso primeiro dia, no Brasil, 500 anos depois de Pedro Alvares Cabral ali aportar. A reportagem passou depois no Fantástico, programa de maior audiência no Brasil, naquela altura.

 

A Rádio, na nossa região, continua a ter futuro?

A Rádio passa por dias difíceis dada a grande concorrência, sobretudo das redes sociais, mas tem de se reinventar constantemente. Em termos de conteúdo tem de criar impacto e sobressalto, ainda que por lapsos de tempo. Não pode ser com programas mansos e politicamente corretos, na perspetiva de passar despercebida.

Em termos tecnológicos, tem de saber conjugar-se com as novas tecnologias, em interação com as redes sociais e outras ferramentas online, como complemento. Levar os cidadãos da região para dentro da programação, como atores que se revejam e por outro lado, funcionando como agitador de consciências, estimulando à participação dos cidadãos nas causas e coisas públicas. Estimular a participação no exercício critico permanente. E sem ser derrotista, proporcionar condições para o incremento de maior vigilância e escrutínio junto dos políticos locais, para o cumprimento da missão.

Entendo que tudo isto se faz por ciclos, porque em tudo que é competitivo, o maior desafio é manter por muito tempo os desempenhos em alta. Como em todas as áreas criativas, na rádio, o melhor está sempre para vir, e não se pode nunca dormir à sombra de um qualquer pequeno êxito. Por isso, também a rádio tem futuro se em cada estação se introduzir inovação constante.

 

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O que acha do jornalismo que é, atualmente, feito no interior?

Há um grande esforço por arte daqueles que se dedicam a esta nobre profissão, mas entendo muitas das dificuldades por que passam. Conheço bom e mau jornalismo, quer a nível nacional quer regional. Destacam-se os não preguiçosos, os que não fazem fretes, os que sabem promover a região e os que não vergam aos interesses. Os que vão além do jornalismo de comunicados e de agências.

Há nalguns jornais uma falta notória de criatividade para cativar leitores, conjugando o papel com o suporte digital, como complemento. Defendo inclusivamente projetos que juntem vários suportes, papel e online, vertendo neste último o jornal, a rádio e a televisão, quando possível. Jornalismo em pacote, numa lógica de complementaridade e de criação de escala; independentemente disto poder ser provocador e considerado descabido ou demasiado ambicioso.

 

O CineEco, de quem é o rosto principal, continua a ser uma das suas paixões. Como começou este projeto e quais foram as principais dificuldades em afirmar este festival?

Esta é outra conversa, mas que vem no seguimento do meu trabalho para a comunidade. Em meados da década de 90, acumulei a minha função de animador cultural do município de Seia com a de bolseiro da Associação de Telecentros Rurais de Portugal, que me permitiu viajar muito pelo Interior de Portugal e pela Europa e conhecer nas realidades.

Portugal estava a despertar para os fundos comunitários decorrentes da nossa adesão à então CEE, em 1986. Nessa altura colaborei com outros jovens do interior de Portugal na disseminação do espírito das associações de desenvolvimento rural. O objetivo era procurar estimular as pessoas a incrementar pequenos negócios, numa lógica de desenvolvimento sustentado.

Entre muitas iniciativas que lancei e ajudei a incrementar, destaco a realização de um concurso de vídeo sobre ambiente, em 1994, no âmbito dessa participação europeia e no quadro de trabalhador do município. A iniciativa correu bem e foi o impulso para propor ao então Presidente da Câmara a organização de um festival de cinema de âmbito internacional, e que fosse além das temáticas da paisagem, mas de ambiente em geral.

Procurámos parceiros e em pouco tempo o município de Seia tinha a adesão do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), do Instituto de Promoção Ambiental, da ADRUSE e da Região de Turismo. Nesta corrida, tive um aliado importante, o Nuno Santos de Gouveia, que tinha ganho o primeiro prémio do concurso anterior e era funcionário do PNSE. Depois convidámos o Lauro António para diretor artístico e eu mantive-me como diretor executivo, que garantia meios e organização.

Em 2012, depois de uma experiência falhada com a organização do Indie Lisboa, fui convidado para assumir a direção artística e daí para cá, essa tem sido a minha responsabilidade. Naturalmente que organizar um evento desta dimensão numa região do interior é muito mais desafiante do que numa região muito cosmopolita, por isso procuro não me cansar, porque sei que só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios.

 

Passados estes anos, como vê o CineEco, em termos mundiais?

O CineEco é uma referência no panorama internacional, desde logo porque é dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico. Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática.

Anualmente temos a melhor produção de cinema ambiental nas competições, convidados de todos os cantos do mundo e pontualmente fazemos ações que atraem atenções internacionais. Uma delas foi a realização do primeiro fórum mundial de festivais de cinema de ambiente, que decorreu no CineEco de 2018 e o segundo em 2019, atraindo a Seia diretores de 35 festivais de todo o mundo, além de outros reputados oradores.

A participação no Fórum Mundial da Água, em Brasília, a convite da organização e agora a perspetiva de nova participação no Fórum que decorrerá em Dakar, no Senegal, através da organização de Mostras de curtas sobre a temática da água.

O facto de termos sido um dos fundadores da rede de festivais de cinema de ambiente, a Green Film Network, na qual sou secretário da direção e que junta 40 festivais de todo o mundo, é outro fator de afirmação. Para este ano, estamos a preparar uma Mostra de filmes em Cabo Verde e outra em Maputo, Moçambique.

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Qual a importância do CineEco para a educação ambiental?

O CineEco cumpre uma missão de serviço público muito relevante e isso deve-se desde logo à vontade do município em apostar nesta vertente, disponibilizando o espólio fílmico a escolas e universidades de todo o país.

Neste momento há 84 entidades em Portugal que acolhem o festival em extensões, e a grande maioria inclui a componente de serviço educativo, através de curtas e “curtinhas de animação”.

E o entusiasmo é tanto maior quanto mais defendemos que o cinema é uma importante ferramenta de promoção dos valores ambientais, sobretudo nos dias de hoje, em que o tema faz parte das preocupações das pessoas, porque se percebeu, finalmente, que o fenómeno das alterações, climáticas, por exemplo é uma coisa muito séria, e não romantismo de ambientalistas.

 

Sendo um dos mais antigos festivais dedicados à temática ambiental, como pensa este evento para os próximos anos?

Para o futuro o CineEco tem de continuar a surpreender e estou certo de que o município reafirmará o seu posicionamento no incremento desta área artística.

Seia, que tem o seu Centro de Interpretação da Serra da Estrela, deve assumir esta centralidade e responsabilidade, atraindo indústrias criativas e eco inovadoras, sobretudo realizadores, produtores e distribuidores, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e posicionamento internacional. Através do estreitamento de relações com o IPG, que desde o início esteve sempre envolvido e a própria Universidade da Beira Interior, com curso de Cinema, e várias estruturas culturais da Comunidade Intermunicipal, pode-se atrair indústrias de cinema e projetos inovadores e amigos do ambiente, com destaque para residências artísticas e eventos paralelos.

O triângulo – cinema, ambiente e turismo – será primoroso para alavancar ainda mais a região, a partir deste festival de referência e diferenciador.

 

Vai apresentar, a 12 de fevereiro, um livro intitulado “Cinema Ambiental em Portugal”. É uma obra dedicada ao CineEco? E que interpelações coloca com este trabalho?

Este é um livro que me senti na obrigação de escrever, para contar na primeira pessoa o historial de um festival com mais de um quarto de século.

Um percurso que assinala filmes e personalidades do mundo, do estado do cinema ambiental em Portugal e das dinâmicas desenvolvidas ao longo dos anos, em Seia, uma cidade do interior do país, que resiste no panorama cultural nacional.

A edição é do Município de Seia e da Associação de Arte e Imagem de Seia e conta com o apoio da Direção Geral do Ambiente, do ICA — Instituto de Cinema e Audiovisual, da Lipor, da Câmara Municipal de Lisboa | Capital Verde Europeia, Ciência Viva e Turistrela.

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Há outras publicações suas em agenda?

Há sempre ideias. Falta tempo e oportunidade. Quando surgirem estes últimos, certamente que haverá mais obras.

 

Dirige a Casa da Cultura de Seia. Quando começou a sua ligação a esta estrutura cultural?

Há quase 20 anos que desempenho a tarefa de responsável desta estrutura cultural de Seia, enquanto Técnico Superior do município.

 

Quais os eventos ou iniciativas que destaca, até agora, enquanto programador?

A programação da Casa da Cultura, sobretudo ao longo destes quase 20 anos, tem registado vários fenómenos na oferta cultural ao concelho e região.

Desde logo, porque além do cinema comercial exibido ao longo do ano, com duas sessões semanais, contempla alguns eventos âncora e programação pontual de várias áreas artísticas.

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Destaco por isso, o CineEco, enquanto evento maior e que cumpre em 2022 a sua 28ª edição, o Seia Jazz & Blues, que vai na sua 17ª edição, o Festival de Artes - Artis, organizado agora pela Associação de Arte e Imagem em parceria com o município. Em termos de adesão de público, já houve anos com cerca de 50 mil espetadores por ano, número que nos últimos anos antes da pandemia se situou na casa dos 35 mil.

Depois de dois anos de pandemia, estamos agora a recuperar alguma normalidade, com uma candidatura à DGArtes, depois da certificação desta estrutura que passou a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

 

As estruturas culturais do distrito têm trabalhado isoladas ou em rede?

Sim, tem sido feito um trabalho notável ao nível da programação em rede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), com vários projetos culturais e comunitários em rede, sobretudo na área da música, teatro e dança.

A própria candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura deu mais um contributo para o reforço da rede, que está de novo no terreno com o Festival Cultural da Serra da Estrela, que contempla uma bolsa artística com projetos de cada um dos 15 concelhos e que terão oportunidade de se apresentar em diferentes concelhos.

 

E como tem sido a sua experiência autárquica? Tem projetos para os próximos anos?

Fui durante 3 mandatos líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Seia e no último mandato, de 2013 a 2017, nessa qualidade desempenhei o cargo de Presidente da Assembleia da Comunidade Intermunicipal – CIMBSE. Todavia abandonei a política autárquica e assim pretendo permanecer.

Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.

 

Como vê, atualmente, a realidade social, económica e cultural do interior?

Vejo com muita dificuldade, a possibilidade de se virar uma página se não se mudar de mentalidades dos agentes políticos, de quem muito depende. O que se verifica é que os governos são cada vez mais centralistas e cada vez menos descentralizadores, o que aumenta as dificuldades dos agentes económicos e culturais da região.

A própria Ministra da Coesão confessou a sua impotência para inverter a situação. Os políticos do Interior que são eleitos para lugares da administração, sobretudo para o Parlamento, terminam todos numa subserviência muito grande à lógica do líder do partido e pouco fiéis às necessidades da região. Assumem um discurso na oposição e outro completamente diferente na governação.

Perante este cenário pouco encorajador, resta aos resistentes que ficam, o redobrar de forças, aumentar entusiasmo e dinamismo para empreender lógicas de desenvolvimento sociais, económicas ou culturais.

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O que gostaria de ver concretizado a curto prazo?

A curto prazo, o maior empenhamento vai para a necessidade que tenho de resistir à vontade de partir, como a maioria tem feito ao longo das últimas décadas e continuar o percurso de resiliência, para fazer o que estiver ao meu alcance.

Seja no plano profissional, seja no de cidadania. Enquanto cidadão, estou empenhado em novos projetos da Associação de Beneficência do Sabugueiro, que além do trabalho desenvolvido numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosos, desenvolve atividades no âmbito do Projeto Alavanca, para pessoas com dependências alcoólicas nos concelhos de Seia e Gouveia. Tem ainda o Hostel Criativo, que acolhe Residências artísticas de várias áreas.

O próximo projeto será a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como complemento às atividades do Hostel, para dar resposta ao grande fluxo turístico desta eco aldeia, que tem o seu centro histórico quase todo remodelado e regista mais de 400 camas de alojamento local, hotel e hostel.

 

CORREIO DA GUARDA

 

 

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publicado às 22:25

Festivais de Cultura Popular

por Correio da Guarda, em 28.05.21

 

Os Festivais de Cultura Popular do concelho da Guarda vão decorrer este ano, embora em moldes diferentes das edições anteriores.

Os programas dos Festivais, implementados através das juntas de freguesia e associações locais, deverão decorrer online com algumas iniciativas presenciais.

Estão previstos documentários sobre as edições anteriores e também percursos na Natureza, e ateliês de artes& ofícios.

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O primeiro é já no dia 4 de junho com a Feira/Concurso do Jarmelo (que continua a 6 de junho) e seguem-se-lhe a 12 de junho, as Jornadas da Lã – Festa da Natureza, em Corujeira e Trinta; a 11 de julho, o Festival de Cestaria de Gonçalo – Cultura e Arte; a 24 de julho, Festival Pão Nosso – Festa da Natureza, em Videmonte; a 29 de agosto, “Viagem às Raízes”, em Arrifana; e 6 e 7 de novembro, Festa da Castanha e da Jeropiga, em Famalicão da Serra.

As obras realizadas no ano passado, no âmbito da iniciativa “Terra D´Artes”, onde foram convidados artistas nacionais para interpretarem os festivais de cultura popular, serão este ano entregues à organização de cada festival, e as peças serão expostas no seu “habitat natural”.

O objetivo deste ciclo de Festivais passa pela preservação dos valores e recursos culturais e naturais que diferenciam este território, potenciando um olhar atento pela região e homenageando um legado único de um valor inestimável. Da raça autóctone Jarmelista, no Jarmelo, passando pela lã da Corujeira e Trinta, pelo pão de Videmonte, pela cestaria de Gonçalo, a transumância em Fernão Joanes e a pela Castanha em Famalicão.

 

Fonte: CMG 

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publicado às 23:42

Ciclo de Conferências no Politécnico da Guarda

por Correio da Guarda, em 06.11.19

 

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No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai decorrer no próximo dia 26 de novembro, a partir das 14 horas, a primeira conferência de um ciclo sobre “Cultura, Património, Artes e Design”.

O painel desta conferência é constituído por Maria Calado, Presidente do Centro Nacional de Cultura, António Delgado, Escultor e Professor, e João Neto, Presidente da Associação Portuguesa de Museologia.

Este evento, aberto a toda a comunidade, pretende salientar os desafios culturais e artísticos existentes nos territórios do interior, como um recurso ao desenvolvimento local e catalisadores económicos, sociais, políticos e culturais da região.

Como foi referido a propósito deste ciclo, a “afirmação do interior pela inovação e pela diferenciação e criatividade pode passar pela valorização do seu património, da sua arte e da sua cultura.”

As conferências vão decorrer no auditório dos Serviços Centrais do IPG.

 

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publicado às 12:22

Inclusão e vida ativa pelas artes

por Correio da Guarda, em 05.03.19

 

     A Comissão Executiva da Candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura e a Câmara Municipal da Guarda promovem, no próximo sábado, 9 de março, mais uma Conversa de Café.

    O tema central desta conversa é “A Cultura não tem idade: inclusão e vida ativa pelas artes”, que contará com a presença de Ruy de Carvalho, Rita Wengorovius e Maria José Dinis da Fonseca.

    Esta conversa decorrerá, partir das 18h00, no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda (TMG).

 

 

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publicado às 22:11

Mário Cesariny lembrado na BMEL

por Correio da Guarda, em 28.03.17

 

    A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, vai dedicar o mês de Abril a Mário Cesariny, um dos expoentes máximos do surrealismo português.

    O poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo e pintor, Mário Cesariny [Lisboa,1923-2006], será lembrado na BMEL ao longo do mês de abril, através da realização de diversas e variadas iniciativas culturais.
    Mário Cesariny manifestou desde cedo o seu gosto pelas artes. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio, estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça e frequentou a academia parisiense La Grande Chaumière. Um encontro com o escritor francês, poeta e teórico do surrealismo, André Breton, no ano de 1947, viria a marcar inegavelmente o seu trabalho pictórico e literário, criando em conjunto com Alexandre O'Neill, António Pedro, entre outros, o Grupo Surrealista de Lisboa, do qual se veio a afastar, devido à sua personalidade inquieta e algumas discordâncias ideológicas. Após esse afastamento lançou, em 1948, "Os Surrealistas" e escreveu o manifesto coletivo "A Afixação Proibida", com António Maria Lisboa e Pedro Oom.

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    A Biblioteca da Guarda inicia a evocação a Mário Cesariny com o documentário "Autografia: um filme sobre Mário Cesariny", dia 5, pelas 18h00. Um trabalho que pretende retratar, não o poeta e pintor Mário Cesariny, mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade, de forma a estabelecer um diálogo entre quem vê e quem é retratado. Autobiografia que valeu o Prémio de Melhor Documentário Português no Festival DocLisboa 2004 ao realizador Miguel Gonçalves Mendes.

   Com o objetivo de dar a conhecer, de forma breve, aos participantes das Férias Ativas organizadas pelo Município da Guarda, o movimento surrealista e uma das muitas técnicas usadas no processo de criação pelos artistas surrealistas (a "collage"), a BMEL realiza no dia 6, com início às 14h00, a oficina "Corte e cola".

   Ainda no âmbito do tema central deste mês, estará patente ao público a partir do dia 6, a exposição de fotografia da autoria de Susana Paiva, "Essa memória esférica habitada (para Mário Cesariny)". Imagens com que Susana Paiva, fotógrafa de teatro, de imprensa e de fotografia de autor, participou, a convite de Miguel Gonçalves Mendes, no projeto "Verso de Autografia", o livro que complementaria o documentário do realizador e produtor de cinema, sobre Mário Cesariny.

    De realçar a conferência "Entre nós e as palavras, Mário Cesariny", por Perfecto E. Cuadrado, no dia 18, às 18h00.
Perfecto Cuadrado propõe-se, a partir do poema "You are welcome to Elsinore", "lembrar algumas das caraterísticas essenciais do Surrealismo e da intervenção surrealista em Portugal, e propor depois um itinerário pelos labirintos da pessoa, a personagem e a obra literária e plástica de Mário Cesariny - um poeta luminoso, um mestre, um amigo generoso, um homem livre".
Perfecto Cuadrado é Catedrático de Filologías Galega e Portuguesa (U.I.B.) e Coordenador do "Centro de Estudos do Surrealismo" da Fundação Cupertino de Miranda. Investigador, crítico, tradutor e autor várias obras.

    Destaque ainda para "Nossas mãos de nautas navegando o espaço", uma "ação coletiva de pintura e poesia pelo Cabo Mondego Section of Portuguese Surrealism", a ter lugar dia 20, às 21h30.
Será uma noite de poesia e pintura onde participam Alberto Assumpção (pintura), Alexandre Magno (pintura), Cristina Vouga (pintura), João Rasteiro (declamação), Luiz Morgadinho (pintura), Miguel de Carvalho (pintura), Pedro Prata (pintura), Seixas Peixoto (pintura).

    No dia  27, às 18h00, haverá lugar para mais um documentário integrado no programa dedicado a Mário Cesariny. Trata-se de "Cruzeiro Seixas - As cartas do rei Artur", um documentário em que Cláudia Rita Oliveira se debruça sobre a relação e correspondência trocada entre os surrealistas Artur do Cruzeiro
Seixas e Mário Cesariny. Um filme que recebeu o prémio do público no DocLisboa'16.

    Por fim, o ciclo dedicado ao poeta e pintor termina no dia 29, às 21h30, com a peça de teatro "O Meu País é um Insuflável", por Fértil Cultural. Um espetáculo concebido a partir da poesia de Mário Cesariny, que mistura o teatro, a dança, a manipulação de objetos e a música num momento único e que põe em causa a regularidade das coisas, assim como Mário Cesariny fazia no seu quotidiano.

 

    Fonte: BMEL

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publicado às 23:32

Simpósio de Arte Contemporânea na Guarda

por Correio da Guarda, em 24.05.16

 

     Na Guarda vai  ter início no próximo sábado o Simpósio de Arte Contemporânea – Cidade da Guarda (SIAC), com a inauguração de uma retrospetiva à obra do artista plástico espanhol José Luis Coomonte.

    “5 rostos | 5 mundos - Ciclo Expositivo de Homenagem ao Escultor da Ibéria” é o titulo desta exposição, um dos destaques do SIAC, que ficará patente na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda até 30 de julho, ultrapassando a data final do simpósio que terminará a 14 de junho. A inauguração, que conta com a presença do escultor de Zamora, está marcada para as 18h00.

    José Luís Coomonte nasceu em Benavente, Zamora, em 1932. Entre 1950 e 1954 realiza os seus estudos em Madrid. Terminado o curso instala-se num estúdio coletivo na capital espanhola no qual realizará diversas obras de escultura e artes aplicadas. Em 1960 é selecionado para representar Espanha na Bienal de Arte Sacra de Salzburgo no qual recolhe a medalha de ouro. Tal conquista projeta-o o para uma consagração gradual, aprofundada no ano seguinte ao ser escolhido para a exposição do Palácio de Belas Artes de Bruxelas e na II Bienal de Paris. A partir da Europa, onde realiza muitas outras exposições, o seu nome conhece uma projeção à escala mundial, com presenças em Nova Iorque, México, Filipinas. No continente europeu, apresenta-se em importantes mostras, em Itália, França, Holanda, etc. Repartindo a criação artística com o professorado (Instituto Laboral de Atocha, Madrid; Universidade de Salamanca), Coomonte descreveu um percurso admirável, sendo indubitavelmente um dos nomes maiores da escultura ibérica e europeia.

    Recorde-se que presenças físicas de escultores e pintores de projeção internacional e obra representada, O Simpósio Internacional de Arte Contemporânea junta mais de uma centena de artistas vindos de cinco continentes.
     O SIAC é um momento de contemplação e criação artística no espaço histórico da cidade da Guarda, com uma oferta cultural pluridisciplinar que vai desde as exposições à formação técnica. A iniciativa tem ainda uma dimensão social/cultural importante uma vez que pretende estimular a proximidade entre artistas e o público participante. Tem ainda um envolvimento especial, quer de artistas residentes na Guarda, quer da comunidade educativa em várias modalidades participativas que vão desde os workshops à própria criação dos jovens estudantes de artes.

    Num registo Ibérico e Europeu, o SIAC pretende ainda promover a fruição artística na cidade mais alta, fomentando a riqueza patrimonial e criativa urbana. Considera-se, por isso, uma ação integrada na proposta do futuro “Quarteirão das Artes” sendo que todas as obras produzidas ficarão como acervo de arte contemporânea da cidade da Guarda.

   O SIAC é uma iniciativa levada a cabo pelo Município da Guarda através do seu Museu e com a parceria da Universidade de Salamanca.

 

    Fonte: CMG

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publicado às 23:58

Gárgula da Sé Catedral da Guarda

por Correio da Guarda, em 13.08.13

 

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publicado às 11:30

Obras de Cesariny na Guarda

por Correio da Guarda, em 05.06.12

 

 

     Na Galeria de Arte de Arte do Teatro Municipal da Guarda está patente, até 29 de Julho, a exposição “Visto a esta luz”, de Mário Cesariny, considerado, por muitos, o expoente máximo do surrealismo na pintura em Portugal.

     Esta exposição é apresentada no âmbito de uma parceria com a Fundação Cupertino de Miranda que assumiu, nos últimos anos de vida deste artista plástico, uma relação de grande proximidade e amizade.

    Nesta exposição (comissariada por António Gonçalves) procura dar-se uma visão global da sua obra no contexto da Colecção da Fundação Cupertino de Miranda.

    Mário Cesariny nasceu em Lisboa em 1923- 2006. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Estudou também música com Lopes Graça. Posteriormente frequentou o primeiro ano do curso de Arquitectura da ESBAL. Participou nos encontros do “Café Herminius” e aderiu ao Neo-realismo, do qual se vem a desligar em 1946. No ano de 1947 conhece André Breton e é nesse mesmo ano que participa na fundação do “Grupo Surrealista de Lisboa”, do qual se afasta em 1948, vindo a formar um novo grupo “Os Surrealistas”. Com este participa na 1.ª Exposição dos Surrealistas.

    «Ao longo da exposição encontram-se alguns dos seus objectos que adquirem uma particularidade e mesmo uma aura que os retira do sentido do objecto escultórico e do ready-made. Apresentam-se antes com encontros de sentidos muito apurados, enquanto relações poéticas. Resultam de uma abordagem de vivência com o quotidiano e salientam-se pela sua simplicidade. É uma prática constante a dos objectos que vão sendo encontrados, e que Mário Cesariny vai revelando, quer pela articulação que estabelece entre eles, quer pela importância que lhes dá no seu dia-a-dia, quando os remete para o seu espaço particular, em específico o seu quarto e ali os vai mistificando e desmitificando, como se lhes fosse encontrando uma consideração, uma poética», escreve António Gonçalves a propósito desta exposição.

    Esta exposição pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h00 às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h00 às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.

 

fonte: TMG

 

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publicado às 18:25

Exposição de Evelina Coelho na Guarda

por Correio da Guarda, em 10.09.11

 

     Na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda (TMG) está patente, até a 30 de Outubro, a exposição de pintura "A Memória. Os Contos. Os Sonhos", de Evelina Coelho.

     Nesta exposição – hoje inaugurada, perante larga assistência – a pintora guardense apresenta obras inspiradas no universo dos contos e histórias infantis.

     “As pinturas agora apresentadas por Evelina remontam a um universo infantil por si só já repleto de fantasia e cor. Os contos são representados de uma forma única, uma vez que traduzidos em imagens conseguem contar toda a história no momento de um olhar. Jonh Tenniel, o famoso ilustrador do livro de Lewis Carrol, provavelmente morreria de inveja ao ver a Alice retratada por Evelina”, escreve Heloisa Paulo na introdução ao catálogo desta exposição.

     Evelina Coelho tem o curso de pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa. Realizou mais de cem exposições em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Canadá e Brasil.

     É “Accademica Corrispondente” e “Cavaliere Ufficiale Accademico” da Academia Internacional de Greci-Marino, na Itália. Foi distinguida na Bélgica pela Fundação Europeia com o grau de Comendadora e Grande Oficial.

    Recebeu várias medalhas e condecorações, figurando no Dicionário de Arte Internacional “Who’s who in International Art”, no “Dicionário de pintores e escultores portugueses, bem como no “Livro de ouro da arte contemporânea em Portugal”, na publicação “Arte no Feminino” e também no livro “O Figurativo nas Artes Plásticas em Portugal no séc. XXI”.

    De recordar que Evelina Coelho está representada em colecções públicas e privadas, em Portugal e no Estrangeiro.

    Esta exposição pode ser visitada de terça a domingo.

    A entrada é livre.

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 22:36

Novos projectos musicais no TMG

por Correio da Guarda, em 21.01.09

 

No Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda terá lugar amanhã, dia 22 de Janeiro, pelas 22 horas, a apresentação, por parte da Escola Superior de Artes de Castelo Branco (ESART), de dois recentes projectos musicais.
Estes projectos foram criados a partir da disciplina de Música de Câmara daquela instituição de ensino superior: o Quarteto Lusófono e o Quinteto Compassionato
O Quarteto Lusófono formou-se em 2007. Sob a orientação do professor Jorge Alves, já se apresentou em recitais e concertos em diversos pontos do distrito de Castelo Branco, tendo também realizado masterclasse com o violinista Daniel Rowland, na ESART.
“Compassionato” é um grupo muito recente que agora entra em cena com o Quinteto KV: 581 para Clarinete, 2 violinos, viola e violoncelo. É orientado pela docente Luísa Tender e pretende ser divulgador de repertório erudito, especialmente para a formação de novos públicos.
A entrada é livre.

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publicado às 09:13


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