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No Museu da Guarda vai ser apresentado na quinta-feira, 1 de fevereiro, o catálogo da exposição “Imaginários de uma vida: Evelina Coelho (1945-2013)”.
Como é referido, a propósito do lançamento deste catálogo, “no decurso da sua produção artística, as telas de Evelina Coelho passaram de uma imagem sensível e vaporosa para uma figuração mais expressionista”.
O lançamento terá lugar na Galeria de Arte “Evelina Coelho” e a entrada é livre.
Na Galeria de Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa está patente, até ao próximo dia 3 de março, a exposição dos trabalhos vencedores do Concurso Internacional de Fotografia 2018 “Douro Património Contemporâneo – Arquitetura, Arte, Imagem”.
Recorde-se que o tema deste concurso foi a arquitetura das barragens, procurando uma relação com o seu contexto, materializado naquilo que é a sua implantação.
Os Gambozinos e Peobardos - Grupo de Teatro da Vela vão estrear na próxima sexta-feira, 3 de fevereiro, o espetáculo “O Dia Depois de Amanhã”.
Esta décima sétima criação dos Gambozinos e Peobardos resulta de “conversas com antigos combatentes da Guerra Colonial, narradas na primeira pessoa, com o olhar no capim, com o cheiro nas sanzalas, a voz ainda embargada e a memória a pregar partidas”, como é referido a propósito desta nova produção.
Trata-se de um espetáculo “criado com as estórias de quem viveu a Guerra Colonial nas três frentes, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. 60 anos passados”.
Foto: Gambozinos e Peobardos
O “Dia Depois de Amanhã” é uma “narrativa onde a realidade e a ficção se confundem, onde o passado é o presente e o presente é o passado e as lágrimas sabem a mar, sabem a despedida, sabem a partidas e a chegadas”.
Com dramaturgia de António Manuel Gomes e Pedro Sousa, que é também o encenador, este novo trabalho dos Gambozinos e Peobardos ( em coprodução com o Teatro Municipal da Guarda (TMG), com o apoio da Santa Casa da Misericórdia da Guarda – extensão do Lar da Vela e do Trigo Limpo Teatro ACERT de Tondela) é apresentado no Pequeno Auditório do TMG, pelas 21h30, sendo de novo levado à cena no sábado, 4 de fevereiro, pela mesma hora.
Na Guarda vai decorrer no próximo domingo, 5 de junho, a Feira de Antiguidades e Colecionismo.
Com esta iniciativa a autarquia guardense pretende atrair ao centro histórico da cidade visitantes, turistas, colecionadores e incrementar a divulgação e comercialização do objeto antigo, artístico e cultural
Nesta feira – realizada este ano na Praça Luís de Camões – está prevista a participação de cerca de 50 vendedores.
As próximas edições da feira terão lugar nos dias 3 de julho, 7 de agosto, 4 de setembro e 2 de outubro.
A Feira de Antiguidades é organizada pela da Câmara Municipal da Guarda.
Pedro Baía é um apaixonado, desde cedo, pela fotografia, mas o vídeo e a música preenchem igualmente a sua vida. Define-se, em entrevista ao CORREIO DA GUARDA, como “o resultado de várias experiências, somadas ao longo de uma vida de descobertas, de diversos exemplos daqueles que me rodearam, de inúmeras influências”.
No decorrer da conversa, Pedro Baía (nascido em 1973) confessa que desde muito novo a sua curiosidade foi maior que os seus medos, “sendo a descoberta da música a mais precoce de todas as minhas facetas, por ser de fácil e livre acesso, naturalmente na Rádio Altitude, ou na prateleira de discos dos meus pais. Adorava o poder colocar aqueles disco de vinil a rodar…e ficar a ouvir, assim a admirar o tal aparelho fabuloso, que me levava a sítios distantes…”. Longe ou perto da sua cidade, gosta de fotografar “A luz, os contrastes, o momento”, sempre com tempo para a sua família, pois, como nos diz este guardense, “sem ela nenhum destes projetos paixão teria sentido”.
Quando surgiu interesse pela fotografia?
Desde que me lembro… Sempre fui curioso e sempre gostei de saber como as coisas trabalhavam… Nos armários, em casa dos meus pais, existia uma máquina fotográfica que sempre me despertou toda a curiosidade do meu mundo de criança, respeitosamente pois achei que a máquina seria uma coisa cara. Aos poucos lá fui vendo e mexendo…e a partir dessa altura a coisa foi evoluindo…
Que géneros de fotos prefere? Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
Eu sou um mais “look and shot”. Olho e disparo, nunca fui muito de preparar o momento, gosto de andar e aguardar. Nem sempre corre bem, mas dá-me gozo o efeito surpresa.
Prefere a fotografia a cores ou a preto e branco? E porquê?
Gosto de ambas abordagens. A minha disposição é que manda.
Gosto dos contrastes altos em preto e branco, gosto da maneira como o momento é realçado, mas também gosto da cor, das cores por si, da força que transmitem e da dinâmica criada.
Não consigo ter uma preferência….
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias? É um trabalho moroso?
Preocupo-me um pouco, mas sem fazer um bicho de sete cabeças!
A ideia é a foto sair bem da camara, deixar o momento ser o que ele é realmente!
Logo, a edição são coisas mínimas e rápidas, simples, só para enfatizar o que realmente é importante ver na captura.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos? Que outras zonas em especial?
Não tenho uma zona preferida…não consigo ter….
Há muitos sítios, e, sei que vou descobrir mais e mais sítios belos, pessoas simples, momentos felizes, ou não, mas que merecem ser imortalizados e partilhados.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
A luz, os contrastes, o momento.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
No geral, aceitam bem as minhas abordagens e perspetivas.
Tem tido situações em que vê fotos suas utilizadas por pessoas ou instituições, sem a devida autorização?
Sim, é pena que as pessoas ainda não tenham percebido o conceito de propriedade intelectual, e já tive algumas conversas e discussões acerca desse tema…
Não é por estarem em circulação em autoestradas da comunicação que deixam de ter direitos. Já me aconteceu várias vezes encontrar fotos minhas em canais de redes sociais, em que foram recortadas, para ser retirada a marca de água… Uns até compreenderam…outros responderam-me, “se está na internet…é de todos!” Tenho de me rir com esta!...
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
O gosto não sei, mas é mais fácil chegar às pessoas e elas descobrirem coisas! Torna-se mais fácil, mais rápido a ver, rever e partilhar.
É bom dar oportunidades, é bom ter oportunidades de descobrir. É bom descobrir coisas novas, e sendo a fotografia uma arte palpável, e agora virtualmente um pouco mais acessível a todos, e, chegar com ela muito mais longe…e rápido.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Sim e não. Depende sempre daquilo que fazemos.
Num nível profissional, alguns equipamentos ajudam imenso a ter um resultado final mais “comercial” e “apetecível”, mas num nível não tão alto, não acho necessário andar sempre a investir dinheiro…
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
É um pouco ambíguo este tema. Existem milhares de equipamentos disponíveis para compra, milhares de acessórios, milhares de milhares de gadgets para comprar que podemos achar necessários a qualquer momento, mas, voltando a ser realista… depende sempre do que queremos ou fazemos da fotografia…
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público, em geral, dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Há, e sempre vão existir, maneiras e modos para cativar e desenvolver o gosto pela fotografia. Mas aquele que eu acho mais importante e cativante, é a proximidade, a curiosidade, a empatia, a vontade de conhecer e dar a conhecer, não o nosso Eu, mas a nossa identidade.
E isso depende só de nós, dos nossos valores, da maneira como os ensinamos aos nossos esses mesmos valores. A aproximação ao público, depende do que lhe queremos mostrar, mas principalmente como lho vamos mostrar!
Atualmente, ao haver cada vez mais facilidade em qualquer pessoa ter acesso a material fotográfico, e cada vez mais existirem amantes de fotografia… o mercado começa a ficar saturado…e fútil, tendo por exemplo as redes sociais…qualquer um tira e coloca fotos online, com ou sem filtros, com ou sem sentido, com ou sem saber ou paixão… Isto dava pano para mangas… simplificando, acho que as relações interpessoais são o mais importante, o estar e saber estar neste mundo, o saber cativar o próximo, o cultivar amizades e valores, simplesmente ser sincero e humilde.
O publico reconhece isto e, no meu ver, é isto que pede.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Este último ano, 2021, foi demasiado intenso por variadíssimos motivos. Pandemicamente falando, foi importante o poder “sair às escondidas” fazer coisas.
Foi importante devido a um projeto, intensificado pelo atual panorama mundial, mas, numa aldeia aqui na Beira Interior, onde apresentámos um projeto multimédia, com base nos sons das pessoas, locais, labores e sabores. No início seria uma coisa simples e rápida, mas que se desenvolveu para um episódio épico, com novas amizades e imensas histórias para mais tarde recordar. De um projeto que levaria dois meses a ser concretizado, passou para… ainda o estamos a rematar…
E episódio menos agradável?
A vida tem sido boa para mim… (risos)
Que projetos tem no campo da fotografia?
Como disse anteriormente, sou mais look and shot, deixo as coisas acontecerem naturalmente, gosto de saídas de campo de última hora.
Falando no último passeio com amigos, vou ter umas fotos minhas numa exposição na Camara do Fundão. É disto que gosto! E gosto de levar o meu puto… colocar-lhe uma câmara nas mãos... viver os sítios… abraçar valores e pessoas… Esse é o meu projeto!
Trabalha também com vídeo. Esse labor foi paralelo à atividade fotográfica? E qual prevalece, atualmente?
Sim, o vídeo é, e sempre foi uma curiosidade minha. Os filmes de animação sempre me despertaram, desde miúdo, muita curiosidade. Como era aquilo feito?
Depois veio, com o tempo, a vontade de fazer, fazer coisas, experiências, vhs, digitais, mobile…comecei a editar e a ver um mundo realmente novo…depois veio a oportunidade de o fazer a um nível mais elevado, e a vontade de crescer foi ainda maior. Hoje, sinto-me um sortudo, por fazer aquilo que gosto, por me darem essa mesma oportunidade a nível profissional, e, por conseguir deixar a minha marca na nossa sociedade.
Os drones vieram facilitar, e ampliar, o desenvolvimento de trabalhos nessas duas áreas?
Vieram dar uma nova perspetiva. Quem nunca sonhou que podia voar? O drone, e a perspetiva que nos dá, é o que mais se assemelha a esse sonho de criança… E prevalece pela diferença do olhar, pois a vista de cima para baixo não está ao alcance de todos…
Abriu um novo caminho, um novo olhar, que anteriormente era só possível a uma elite de pessoas. É uma mais valia poder contar com esse novo olhar sim, tanto para a fotografia como para o vídeo, pois a dimensão da perspetiva é um abismo finalmente transponível e acessível.
A música é também uma das áreas onde se movimenta. Como começou e o que destaca no percurso até agora feito?
A música… A música sempre fez parte daquilo que sou. Ao escrever estas linhas, não consigo estar sem ouvir música, aleatória, como eu gosto, para novas sensações, gosto de descobrir coisas boas neste outro mundo saturado de bons e menos bons artistas…
Como comecei?... Não sei bem… (risos). Mas como Dj, foi na noite da Invicta… 1993/94…por aí… a curiosidade de “como se faz” sempre fez parte de mim, como já tinha dito… na altura era colaborador de um “barzinho da moda” ali na zona das Antas… gente chique... Comecei a falar com o dj residente, que também trabalhava numa rádio (já não me recordo qual) e a coisa lá foi começando a ser real e aconteceu naturalmente...até ao dia em que o dj , na pista alternativa de uma discoteca em Matosinhos, me pediu para segurar ali as pontas enquanto ele se “aliviava” e…nunca mais apareceu! Desde esse dia…
O que eu acho que me destaca… gosto de música, quase toda, acredito que em todos os estilos musicais há coisas boas e bem feitas…só é preciso encontrá-las!
Colaborações e projetos na área da música?
Atualmente, a minha realidade exige-me muito tempo. Deixei a produção musical de lado, a situação pandémica também veio afetar a abordagem de dj, exceto para rádios, em que, a nível de exemplo, na Rewindit.fm (rádio online sediada em Londres e com raízes na Guarda) tenho um programa mensal que já vai no quarto ano.
Música, vídeo e fotografia. O que coloca em primeiro lugar?
A família, sem ela nenhum destes projetos paixão teria sentido!
Sé Catedral da Guarda. Interior.
Pedro Carvalho é um apaixonado pela fotografia e igualmente pela Guarda, onde nasceu.
Como nos referiu, o pai fez despertar nele o gosto por esta cidade e em contribuir para a sua valorização. A fotografia a preto e branco aparece na sua vida em 1990 na Associação Distrital de Jogos Tradicionais da Guarda (ADJTG), no decorrer da IV Festa Internacional dos Jogos, altura em que teve a “oportunidade de aprender a fotografar e a revelar”.
Ao CORREIO DA GUARDA disse que “só mais tarde, com aparecimento das tecnologias digitais” retomou a fotografia “pela necessidade de compartilhar com as pessoas os magníficos espaços” existentes na cidade mais alta de Portugal. E ao longo dos anos, Pedro Carvalho tem feito belíssimos e artísticos registos fotográficos que têm despertado inequívoco apreço.
“Como fotógrafo amador, a fotografia tornou-se uma paixão que me move a continuar a aprender, a evoluir todos os dias.” Afirmou-nos Pedro Carvalho.
Quando surgiu o interesse pela fotografia?
Durante a 4ª Festa Internacional dos Jogos na Guarda, atividade desenvolvida pela A.J.T.G. em 1990, realizava a reportagem fotográfica durante as atividades e à noite, na “camara escura” (uma sala para o efeito), revelava a preto e branco as fotos dos acontecimentos do dia.
Que géneros de fotos prefere?
Gosto de vários, fotografia de paisagem é a minha preferida, mas gosto de fotografia noturna, de desporto, urbana, etc.
Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
Paisagem
Fotografia a cores ou a preto e branco?
Ambas, acho que se pode transmitir diferentes sentimentos tirando proveito da cor ou da ausência dela
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias?
Sim. No entanto tento cada vez mais trabalhar a imagem na câmara.
É um trabalho moroso?
Tudo depende do empenho que pomos no momento da captura, quanto mais trabalharmos os elementos no momento da captura, menos tempo necessitamos da edição.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos?
Sim, a zona da Guarda é-me particularmente querida. O meu pai ensinou-me a gostar da nossa terra.
Que outras zonas em especial?
Todas. Em qualquer sítio podemos encontrar imagens que nos transmitem sentimentos.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
Símbolos da cidade e o amanhecer.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
Das mais variadas maneiras sendo que a maioria das pessoas costuma gostar.
Se a foto for sobre a cidade as pessoas identificam-se de uma maneira mais expressiva.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
Diria que sim, hoje fazem-se muitos clicks, tudo é motivo para tirar uma foto; no entanto a “fotografia” deve ser um pouco mais que um click.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Depende, esta é uma questão antiga. Não precisamos de equipamentos topo de gama para fazer boas fotografias. Existe um infindável leque de conhecimentos que junto com o equipamento fazem uma boa foto.
Costumo fazer esta comparação: um grande piloto corre melhor com um grande carro?...
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Sim, hoje existem equipamentos para todos os preços, mas a diferença está no custo para visualizar a fotografia. Antes o preço do rolo e da revelação era bastante caro.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Exposições, workshops e uma maior dinamização dos grupos locais de fotografia.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Vários, mas sem dúvida o conhecer pessoas.
Tenho criado boas amizades através da fotografia.
E episódio menos agradável?
Também, principalmente quando uso o drone. Há pessoas que por desconhecimento podem ser deselegantes.
Que projetos tem no campo da fotografia?
Estudar sobre pintura dos mestres e suas técnicas, os conceitos por trás da Arte. Se conseguir aprender estes conceitos, tenho a certeza que eles podem melhorar a minha fotografia.
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