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“Unir duas paixões: o mundo motard e a causa animal” foi a ideia de Marta Inácio e Vasco de Jesus materializada no evento designado por “MotorPet - 2 rodas, 4 patas", realizado ontem no Canil Municipal da Guarda. Uma proposta imediatamente apoiada por Paula Tracana, médica veterinária responsável pelo Canil Municipal da Guarda.
Ontem, durante o período da manhã, os animais do Canil Municipal da Guarda foram modelos prediletos das objetivas do Fotoclube da Guarda e dos Estúdio Love Stories, desta cidade. Preciosa foi, igualmente, a colaboração dos treinadores caninos Vasco de Jesus, Daniel Gameiro (da Quinta da Patada) e do Miguel Pontes (da GreenPaws).
“Quisemos mostrar que, assim como os motards partilham valores como liberdade, companheirismo e solidariedade, também os animais do canil merecem essa oportunidade de viver livres, amados e com dignidade”. Disse-nos Marta Inácio a propósito deste evento pensado nas dezenas de animais que, no Canil Municipal, anseiam uma nova vida, oferecendo a sua ternura, companhia e a tradicional fidelidade. “Foi um 'clique' natural, algo que faz todo o sentido e que esperamos que inspire muitas pessoas”, acrescentou a nossa interlocutora, para quem “a sensação de liberdade que sentimos ao andar de mota é única. É algo que nos faz sentir vivos”.
Como nos referiu Marta Inácio, “o MotorPet surgiu da vontade de dar a estes animais, que tantas vezes só conheceram o abandono, a oportunidade de experimentar essa liberdade - encontrar um lar, uma família e amor que merecem. No fundo, o elo entre nós, motards, e estes animais é exatamente esse: a busca pela liberdade.”
Do evento ontem realizado saíram dezenas de fotos que a organização irá agora partilhar como forma de sensibilizar as pessoas para a adoção destes animais, de várias raças, tamanhos, especificidades; todos eles com um olhar triste, mas onde há um brilho de esperança no dia de amanhã.
"Espero que o evento consiga sensibilizar as pessoas para a adoção responsável e mostrar o valor destes animais incríveis.
Quero que a energia motard, combinada com a solidariedade da comunidade, crie um impacto real, trazendo famílias novas para os animais e mais visibilidade para a causa. E, claro, que todos saiam daqui com o coração mais cheio – seja por adotar ou simplesmente por apoiar!" Acrescentou-nos Marta Inácio a propósito da atividade ontem realizada no Canil Municipal da Guarda, a qual será repetida, com os mesmos objetivos, no próximo dia 15 de dezembro.
Até lá existem ali dezenas de animais que esperam um novo lar…
Hélder Sequeira
O primeiro Dia Mundial do Cão raça Serra da Estrela é celebrado hoje. A iniciativa partiu da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela que pretende “divulgar, promover e preservar uma das grandes raças autóctones portuguesas”.
Aquela associação lançou o desafio aos donos destes animais para se reunirem em passeios ou parques e confraternizarem como forma de sublinharem este dia.
O cão Serra da Estrela – que pode assumir a variedade de pelo comprido ou pelo curto – é uma raça milenar muito utilizada na proteção de rebanhos e das propriedades, sendo um animal “muito cuidadoso em família e com um temperamento fantástico”, como referir o presidente da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela que, criada em 1986, tem aproximadamente 600 associados.
A chuva intensa que caiu na passada semana provocou, como é do conhecimento público, elevados prejuízos na freguesia de Sameiro (Manteigas).
A força das águas danificou habitações, destruiu telhados, arrastou viaturas, derrubou postes de iluminação pública, provocou inúmeros e elevados prejuízos.
Era, aliás, previsível a ocorrência deste tipo de situações face à tragédia que se abateu sobre a Serra da Estrela. Na nossa memória devem continuar presentes as imagens das labaredas que destruíram histórias de vida e trabalho árduo, dizimaram espécies animais e vegetais, transformaram a cor da esperança num crepitante manto negro onde ficaram comoventes súplicas de troncos carbonizados, quais esculturas de terror e morte…e muitos desses troncos de árvores irremediavelmente feridas foram agora lançados na fúria da água e da lama…
Sobre o fogo que lavrou na Estrela há múltiplas questões que têm de ser equacionadas, esclarecidas, resolvidas com decisões firmes, sem subalternizações geográficas ou em função do peso dos indicadores demográficos na definição do quadro político.
Somos todos Portugal e a Serra da Estrela, o interior recusa a ser tratado como até acontecido até aqui, pesem argumentos (sobretudo eleitoralistas) em sentido contrário. Não podemos continuar a ser, “socialmente, uma coletividade pacífica de revoltados” (na elucidativa expressão de Torga) e a merecer atenção apenas em dias de tragédia ou de lamentáveis episódios.
Passados que foram os dias de desespero, anunciadas as intenções governamentais de tornar a Serra da Estrela “melhor do que estava,” declarada e definida a situação de calamidade pública, feito o balanço dos prejuízos, identificados os casos onde deve haver um apoio urgente, anunciadas as verbas a aplicar, importa passar das palavras aos atos. Há que desencadear medidas que não pactuem com o tradicional esquecimento e comodismo, ou fiquem enredadas na sobreposição de esferas de competências institucionais, com as consequentes demoras nas decisões específicas. Em especial as relativas aos auxílios e apoios a quantos viram dizimados os seus haveres e meios de subsistência.
Neste contexto, é justa uma referência às associações e aos voluntários que imediatamente estiveram no terreno serrano e foram ao encontro das pessoas, sobretudo mais idosas e fragilizadas.
Esta solidariedade deve ser enaltecida e servir de desafio a todos quantos sentem e vivem a Estrela que nos guia; onde deve ser célere a planificação, escolha cuidada de espécies autóctones e pronta reflorestação.
Escrevia João de Araújo Correia que “(…) o melhor remédio curativo e preventivo contra a corrupção do ar é o arvoredo. Onde houver uma árvore, há uma fonte que lava o sangue do homem. Quero até crer que lhe lava a alma como transcendente espelho de beleza. Hoje, que a alma comum se deixou inquinar, só à vista da árvore se pode desencardir (…)”. E só com novas árvores retiraremos o manto de luto que continua estendido por uma larga área da Serra.
A dimensão e as consequências do fogo que deflagrou num Parque Natural, numa zona classificada como geoparque mundial da UNESCO (a merecer mais informação e sinalética) não podem ser esquecidas pelas entidades governamentais e autárquicas, a quem se deve exigir atuação preventiva, firme e eficaz no quadro das suas competências.
A Serra da Estrela “em cujo seio de pedra palpita o amorável coração de Portugal” (Ladislau Patrício) pode e deve ser um símbolo de unidade de esforços, competências, recursos e ideias, alargado a todo o território nacional em prol de um harmonioso e equilibrado desenvolvimento.
Entretanto, a Estrela continua majestosa, convidativa à (re)descoberta em qualquer época do ano e suscitando um vasto conjunto de percursos e propostas ao longo dos territórios que a têm como guia perene.
Helder Sequeira
in O Interior, 21| Set | 2022
No Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda, vai decorrer no próximo sábado, 27 de agosto, um evento solidário com a causa da defesa dos animais de companhia.
Trata-se de uma iniciativa das associações de proteção animal da cidade da Guarda - A Casota e a QOASMI que pretende “juntar todos os entusiastas, adeptos e amigos dos animais de companhia”.
De acordo com a organização, este é “um evento de pura diversão e acima de tudo de convívio e partilha de conhecimentos entre os participantes com o objetivo de angariar receitas para o apoio da atividade regular” das referidas associações de proteção animal.
A Casota e a QOASMI querem, com esta atividade, “sensibilizar para temas relacionados com as responsabilidades sociais e legais no bem estar e saúde dos animais, assim como para a adoção responsável de animais de companhia na nossa comunidade”.
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