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O Rotary Club da Guarda vai promover nesta cidade, no próximo dia 9 de maio, o seminário “Incêndios na Serra da Estrela – Lições do Passado e Ação no Presente”.
Este seminário, que conta com colaboração dos Clubes Rotários da Beira Serra (Celorico da Beira, Covilhã, Mangualde, Seia, Trancoso, Viseu e Tondela), terá início pelas 9 horas, no auditório dos Serviços Centrais do Politécnico da Guarda.
Este evento marca o início do Ciclo de Seminários “Patrimonius da Beira Serra”, uma iniciativa anual organizada pelos Clubes Rotários da região.
Com este ciclo, “pretende-se explorar e valorizar os diferentes tipos de património da Serra da Estrela e das regiões próximas, desde o património natural e ambiental até ao histórico e cultural, promovendo a preservação e o desenvolvimento sustentável do território.” Refere uma nota informativa divulgada pelo Rotary Club da Guarda que acrescenta pretender “facilitar o encontro e a partilha de agentes do território para mais facilmente se encontrarem estratégias sustentáveis que promovam projetos que protejam os ecossistemas e melhorem a vida das populações.”
No caso da Serra da Estrela, este seminário surge como uma resposta ativa aos desafios enfrentados pelo território, reforçando a necessidade de cooperação entre municípios, instituições e cidadãos na defesa do ambiente.
O Rotary Club da Guarda sublinha, a propósito desta iniciativa, que “os incêndios florestais têm causado danos irreparáveis na Serra da Estrela, afetando a biodiversidade, as comunidades locais e a economia da região.”
Nesta primeira edição, realizada na Guarda, serão abordados os principais desafios relacionados com os incêndios florestais, debatendo estratégias concretas para a gestão dos espaços florestais e rurais assim como a recuperação das áreas afetadas.
De acordo com a organização, neste seminário irão estar presente especialistas, autarcas, forças de segurança, técnicos e membros da sociedade civil, que irão dialogar de forma construtiva sobre medidas de proteção e resiliência na Serra da Estrela.
O seminário contará com a participação de bombeiros, elementos da GNR, investigadores, técnicos das áreas ambientais, autarcas e gestores florestais, que irão apresentar perspetivas e técnicas científicas sobre incêndios florestais, resiliência ambiental e proteção da biodiversidade.
A inscrição é gratuita e pode ser feita aqui.
A empresa Água Serra da Estrela apresentou, no dia 8 de abril na sua fábrica em Gouveia, o Programa “Para Que Nunca Acabe”, que integra iniciativas para proteger a água e a serra, pretendendo criar um impacte ambiental e social positivo.
Para assinalar o lançamento do “Para que nunca acabe”, teve ainda lugar, durante a tarde, uma ação de reflorestação que contou com a participação ativa de grupo de 80 crianças da ABPG - Associação de Beneficência Popular de Gouveia e de 15 alunos do Instituto Politécnico da Guarda.
O programa “Para Que Nunca Acabe”, reflete o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce. “Numa altura em que os efeitos das alterações climáticas, os incêndios recorrentes e a pressão humana representam riscos acrescidos para a Serra da Estrela, este programa assume-se como uma resposta urgente e concreta”. É referido numa nota informativa.
Este programa pretende promover, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta (e de práticas tradicionais que a protegem), e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores em atividades, uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo.
Mais do que uma iniciativa ambiental, “Para Que Nunca Acabe” é uma plataforma de transformação, construída com base em três eixos: reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem; regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra; mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis e participarem em ações que gerem uma mudança positiva
O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela marca, como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação CUIDAR. Esta associação é um parceiro natural do programa, pela sua missão e objetivos para com a Serra da Estrela: defesa do património natural, recuperar a floresta perdida para o fogo e ajudar a acabar com o flagelo dos incêndios.
“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa “Para Que Nunca Acabe”, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, da Água Serra da Estrela.
A Longa-Metragem Internacional Fauna realizada por Pau Faus (Espanha) é a grande vencedora do “Grande Prémio Ambiente” do CineEco 2024.
Esta obra cinematográfica, seleção oficial do festival Visions du Réel 2023 e premiada nos festivais de Toulouse e Guadalajara 2023, mostra um combate entre dois mundos, um verdejante e rural e outro que se quer estéril e tecnológico, que dependem intrinsecamente um do outro, num balanço aparentemente impossível de alcançar. Uma janela que, embora se queira selada, parece cada vez mais empurrar o mundo exterior que a encerra.
O “Prémio Curta e Média Metragem Internacional” foi entregue a Magnífica: Kutsumaton Vieras de Ville Koskinen (Finlândia), filme-documentário acerca da coexistência entre veraneantes finlandeses e um visitante inesperado de nome Pectinatella Magnifica – é alguma coisa e há grandes quantidades dela. A chegada de manchas viscosas e verdes a um meio seguro e familiar traz sensações desconfortáveis à comunidade comodista de classe média.
A Longa-Metragem em Língua Portuguesa Sem Coração de Nara Normande e Tião conquistou o “Prémio Camacho Costa”. O filme retrata o verão de 1996 na costa nordeste do Brasil, onde Tamara prepara-se para deixar a vila piscatória para estudar em Brasília. O filme integrou a seleção oficial da secção Orizzonti no Festival de Veneza 2023 e obteve o prémio de melhor filme brasileiro na Mostra de Cinema de São Paulo 2023.
O “Prémio Curta-Metragem em Língua Portuguesa” foi atribuído a Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, vencedora também do Crystal Award de melhor curta no Festival de Animação de Annecy 2024. Com o mar e um Algarve urbano como pano de fundo, seguimos um ciclo completo da vida de um molusco especial chamado PERCEBES. No percurso da sua formação até ao prato, cruzamos diferentes contextos que nos permitem compreender melhor esta região e aqueles que nela habitam.
The Bio Estrela Project de Oliver Couch recebeu o “Prémio Panorama Regional”, que aborda o peso da ameaça dos incêndios florestais na destruição de uma das últimas regiões naturais de Portugal, a serra da Estrela. Se os incêndios continuarem, Portugal perderá mais do que as árvores queimadas. Perderá as gerações da história e da tradição mantidas vivas nas comunidades agrícolas e nas vilas que subsistem e vivem das florestas.
O vencedor do “Prémio Juventude Longa-Metragem Internacional”, foi o documentário Common Ground, de Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell (EUA). Também premiado no Festival de Tribeca 2023, conta a história dos pioneiros da agricultura regenerativa, com participações de Jason Momoa, Laura Dern, Rosario Dawson, Donald Glover, Woody Harrelson e Ian Somerhalder.
A 30.ª edição do CineEco exibiu 64 obras cinematográficas de 27 países, selecionadas entre cerca de 1800 filmes submetidos à competição. Entre os dias 10 e 18 de outubro, passaram pelas salas do Festival mais de 3500 espetadores
Este ano, mais uma vez, houve uma série de atividades paralelas no CineEco como os Encontros no Mercado, Conversas no Jardim, a inauguração do novo espaço de exibição de filmes Videoarte, as Exposições O Estado da Água, Plastic Bitch e Line.
Segundo nota divulgada pela organização, “o festival mantém-se vivo ao longo de todo o ano e vai continuar com uma diversa rede de extensões por todo o país, em cineclubes, associações, teatros, universidades e auditórios, proporcionando ao público filmes desta temática, constituindo-se como um dos muitos fatores diferenciadores do festival.”
Recorde-se que o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela é um dos festivais de cinema de ambiente mais antigos do mundo, que se realiza em Seia, anualmente em outubro e de forma ininterrupta, desde 1995, por iniciativa do Município de Seia.
“O CineEco oferece ao público em geral um cinema de qualidade e cinematografias pouco conhecidas e alternativas em relação ao mercado tradicional. Em todas as edições e em todas as secções ou atividades a entrada é gratuita, prestando um serviço público.”
Como foi sublinhado pela organização, “através das experiências multiculturais, o CineEco ajuda a descrever e compor um panorama do pensamento mundial atual sobre estas questões e proporciona aos espetadores momentos de conhecimento e reflexão, com a ambição de gerar comportamentos transformadores e de participação, contribuindo para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento sustentável e valorização do território e enriquecimento do conhecimento ambiental e cinematográfico.”
O festival é organizado pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.
O centenário do nascimento de José Pinto Peixoto - uma referência, nacional e mundial, na área da geofísica e da meteorologia - é hoje assinalado. Nasceu na Miuzela (Almeida) a 9 de Novembro de 1922; concluído o ensino primário, frequentou, na capital, o Liceu Gil Vicente, até 1940, ingressando depois na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde obteve a licenciatura.
No ano seguinte foi convidado para estagiar no Observatório Central Meteorológico Infante D. Luis, da Universidade de Lisboa, tendo passado a trabalhar, a partir de Abril de 1946, no Serviço Meteorológico Nacional (SMN); até 1969; em simultâneo – a depois de 1952 – exerceu funções docentes na Faculdade de Ciências.
Em 1948 fez uma curta estada no Serviço Meteorológico do Canadá e frequentou a Universidade de Toronto, naquele país. Seis anos depois, com o apoio de uma bolsa da Academia de Ciências, foi para o Massachussets Institute of Techology (MIT), relacionando-se com consagrados cientistas, como sejam os casos de Victor Starr, Edward Lorenz, Abraham Oort e Barry Saltzman.
Regressado a Portugal, em 1956, desenvolveu estudos sobre o ciclo da água à escala global, “produzindo os primeiros mapas de transporte global de água pela circulação atmosférica”; continuou a manter estreitos contactos com os cientistas do MIT e produziu intensa investigação. Com Abraham Oort, no Geophysical Fluid Dynamics Laboratory (Princeton, USA), colaboração,regular, que conduziu à publicação de vários trabalhos de grande importância.
Na Universidade de Lisboa concluiu, em 1959, o doutoramento, em Ciências Geofísicas. Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, entre 1969 e 1973, Pinto Peixoto dirigiu também, a partir de 1970, o Instituto Geofísico e impulsionou a fundação do Centro de Geofísica.
Colaborou, mais tarde, com a Universidade Nova de Lisboa e Universidade da Beira Interior; foi professor convidado de várias universidades europeias. Presidiu, ainda, à Academia de Ciências e colaborou, como conferencista, em iniciativas de diversas organizações como a UNESCO, NATO e Organização Meteorológica Mundial (OMM/WMO), entre outras.
A produção científica de Pinto Peixoto é relevante; pela influência que ainda hoje continua a exercer poderemos destacar o seu livro “Physics of Climate” (publicado pelo American Institute of Physics); contudo, para além de importantes publicações neste domínio, escreveu ainda vários livros de divulgação que incidem em temáticas sobre o ambiente e clima.
José Pinto Peixoto faleceu em 6 de Dezembro de 1996.
Este breve apontamento não permite, obviamente, traçar o perfil completo e retratar a obra e a grandeza deste académico, cientista, meteorologista e físico, natural do distrito da Guarda; antes pretende ser sugestão para um melhor conhecimento da vida e do legado que deixou à comunidade científica e a todos nós. Na história das Ciências da Atmosfera, da Hidrologia, da Termodinâmica e da Teorias do Clima, o nome de José Pinto Peixoto sobressai na ilustrada galeria dos vultos mundiais.
Helder Sequeira
A Casa de Cutura Professor Doutor José Pinto Peixoto assinala também o centenário do nascimento do referido cientista com algumas atividades, destacando-se a conferência a proferir hoje pelo Prof Doutor Rui Perdigão, pelas 21h30, e à cerimónia da entrega do “Prémio Nacional Prof Dr José Pinto Peixoto, Ensino Secundário 2021-2022” nas instalações daquela associação, na Miuzela, pelas 15H00 do dia 12 Novembro. Mais informação aqui.
A oitava edição dos “Encontros Alma por Almeida” está a decorrer naquela vila desde ontem e até amanhã, 2 de outubro.
Os “Encontros Alma por Almeida” são uma iniciativa anual da Associação de Desenvolvimento das Encostas da Fonte Santa (ADEFS), organizados com o objetivo de despertar o interesse pelo património ambiental/ rural/cultural de Almeida enquanto espaço capaz de sensibilizar e motivar cidadãos do mundo a participarem na sua preservação/valorização e na sua dinamização económica.
Em cada ano têm um programa específico pretendendo-se, com o deste ano, proporcionar um encontro entre pessoas, ou com o nome Almeida ou de descendência almeidense ou com outras ligações a Almeida.
A edição de 2022 foca-se num projeto: “os Almeidas por Almeida”. O programa pode ser consultado aqui.
A chuva intensa que caiu na passada semana provocou, como é do conhecimento público, elevados prejuízos na freguesia de Sameiro (Manteigas).
A força das águas danificou habitações, destruiu telhados, arrastou viaturas, derrubou postes de iluminação pública, provocou inúmeros e elevados prejuízos.
Era, aliás, previsível a ocorrência deste tipo de situações face à tragédia que se abateu sobre a Serra da Estrela. Na nossa memória devem continuar presentes as imagens das labaredas que destruíram histórias de vida e trabalho árduo, dizimaram espécies animais e vegetais, transformaram a cor da esperança num crepitante manto negro onde ficaram comoventes súplicas de troncos carbonizados, quais esculturas de terror e morte…e muitos desses troncos de árvores irremediavelmente feridas foram agora lançados na fúria da água e da lama…
Sobre o fogo que lavrou na Estrela há múltiplas questões que têm de ser equacionadas, esclarecidas, resolvidas com decisões firmes, sem subalternizações geográficas ou em função do peso dos indicadores demográficos na definição do quadro político.
Somos todos Portugal e a Serra da Estrela, o interior recusa a ser tratado como até acontecido até aqui, pesem argumentos (sobretudo eleitoralistas) em sentido contrário. Não podemos continuar a ser, “socialmente, uma coletividade pacífica de revoltados” (na elucidativa expressão de Torga) e a merecer atenção apenas em dias de tragédia ou de lamentáveis episódios.
Passados que foram os dias de desespero, anunciadas as intenções governamentais de tornar a Serra da Estrela “melhor do que estava,” declarada e definida a situação de calamidade pública, feito o balanço dos prejuízos, identificados os casos onde deve haver um apoio urgente, anunciadas as verbas a aplicar, importa passar das palavras aos atos. Há que desencadear medidas que não pactuem com o tradicional esquecimento e comodismo, ou fiquem enredadas na sobreposição de esferas de competências institucionais, com as consequentes demoras nas decisões específicas. Em especial as relativas aos auxílios e apoios a quantos viram dizimados os seus haveres e meios de subsistência.
Neste contexto, é justa uma referência às associações e aos voluntários que imediatamente estiveram no terreno serrano e foram ao encontro das pessoas, sobretudo mais idosas e fragilizadas.
Esta solidariedade deve ser enaltecida e servir de desafio a todos quantos sentem e vivem a Estrela que nos guia; onde deve ser célere a planificação, escolha cuidada de espécies autóctones e pronta reflorestação.
Escrevia João de Araújo Correia que “(…) o melhor remédio curativo e preventivo contra a corrupção do ar é o arvoredo. Onde houver uma árvore, há uma fonte que lava o sangue do homem. Quero até crer que lhe lava a alma como transcendente espelho de beleza. Hoje, que a alma comum se deixou inquinar, só à vista da árvore se pode desencardir (…)”. E só com novas árvores retiraremos o manto de luto que continua estendido por uma larga área da Serra.
A dimensão e as consequências do fogo que deflagrou num Parque Natural, numa zona classificada como geoparque mundial da UNESCO (a merecer mais informação e sinalética) não podem ser esquecidas pelas entidades governamentais e autárquicas, a quem se deve exigir atuação preventiva, firme e eficaz no quadro das suas competências.
A Serra da Estrela “em cujo seio de pedra palpita o amorável coração de Portugal” (Ladislau Patrício) pode e deve ser um símbolo de unidade de esforços, competências, recursos e ideias, alargado a todo o território nacional em prol de um harmonioso e equilibrado desenvolvimento.
Entretanto, a Estrela continua majestosa, convidativa à (re)descoberta em qualquer época do ano e suscitando um vasto conjunto de percursos e propostas ao longo dos territórios que a têm como guia perene.
Helder Sequeira
in O Interior, 21| Set | 2022
Fonte: Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS)
Continua ativo na Serra da Estrela o fogo que começou na madrugada do passado sábado em Garrocho (Covilhã) e que se estendeu aos municípios de Manteigas, Guarda e Gouveia. Foram registados, até ao momento 11 feridos ligeiros, tendo ardido uma área de cerca de 10 mil hectares até ontem (um valor dado ainda como provisório). No terreno estão perto de 1500 operacionais e perto de 470 veículos.
Até agora ardeu uma parte significativa do Parque Natural da Serra da Estrela. Recorde-se que fez no passado dia 10 de julho dois anos que a UNESCO reconheceu a Serra da Estrela como Geopark Mundial.
Zona Protegida na área da Serra da Estrela | Fonte: Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS)
Incêndio ativo e áreas queimadas. Fonte: Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS)
Para além das pesadas consequências em termos económicos, paisagísticos, patrimoniais e ambientais o fogo provocou já “um dano enorme na biodiversidade da Serra da Estrela” como sublinhou José Conde, biólogo do Centro Interpretação da Serra da Estrela (CISE).
Na tarde de hoje as chamas evoluíram, entre outras frentes, em direção à aldeia histórica de Linhares da Beira, ameaçando também Freixo da Serra e Figueiró da Serra, no concelho de Gouveia. (em atualização).
A vigésima oitava edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela (Cine Eco), que decorre em Seia entre os dias 8 e 15 de outubro de 2022, tem 70 filmes incluídos na seleção oficial.
Este ano estão representados maisde 25 países , sendo Portugal, França, Espanha e Alemanha, os que têm maior número de trabalhos a concurso. Novas ‘pandemias’, doenças emergentes, fraudes alimentares, pecuária sustentável, luta de povos nativos, são algumas das temáticas abordadas.
Após um périplo por Cabo Verde e Portugal (incluindo os Açores) com várias extensões já realizadas este ano em diversas cidades portuguesas, e da participação no Fórum Mundial da Água, no Senegal, no mês de março, avizinha-se uma das mais representativas edições do festival Cine Eco em Seia, após dois anos de Pandemia que, ainda assim, não impediram a realização deste icónico Festival em 2020 e 2021.
Na Competição Internacional de Longas-Metragens figuram 11 documentários. Será possível ver o filme sensação da edição deste ano do Festival de Cannes, a adaptação do clássico de Robert Bresson, “Au Hasard Balthazar”. No que diz respeito à Competição Internacional de Curtas Metragens participam26 documentários e filmes de ficção de vários países como Irão, Senegal, Chile, Rússia, Austrália, Sérvia, Cuba e vários países europeus.
A categoria Séries e Reportagens Televisivas integra11trabalhos que versam sobre temáticas tão diversas como a agricultura intensiva, fraude alimentar, novas oportunidades da agricultura sustentável, educação ecológica subaquática, o degelo, o papel das abelhas. Na Competição de Longas-Metragens em Língua Portuguesa figuram 4 películas de Portugal e Brasil; na Competição de Curtas Metragens concorrem13 filmes e, já na Competição Panorama Regional, estão a concurso 5 trabalhos.
© Taming the Garden
O Dia Mundial da Conservação da Natureza, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), é celebrado hoje, 28 de julho, data da fundação da Liga para a Proteção da Natureza.
A Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) apela a um envolvimento ativo e a uma maior cooperação entre governo, empresas e sociedade civil na defesa e conservação da Natureza. No âmbito das celebrações do Dia Mundial da Conservação da Natureza o Presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), Joaquim Ramos Pinto incita a sociedade civil e atores políticos a “ser mais presente no debate e nos processos de tomada de decisão política no que respeita a questões relacionadas com a conservação da Natureza, à escala nacional e global”.
A Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) assinala a efeméride invocando ser fundamental “o envolvimento de todos os cidadãos na criação de um movimento global contra a perda da biodiversidade, a desertificação acelerada dos solos e o agravamento da crise climática”. Para o presidente da ASPEA, os problemas que afetam a biodiversidade, a conservação da Natureza e o clima mundial exigem respostas políticas capazes de gerar compromissos coletivos no seio das comunidades.
"Ambiente e Ruralidade " é o tema do roteiro fotográfico que vai ter lugar no próximo dia 24 de abril, integrado no V Encontro "Imagem e Território: Fotografia sem Fronteiras".
Este roteiro fotográfico Roteiro resulta da habitual parceria do Centro de Estudos Ibéricos (CEI) com o Fotoclube da Guarda (FCG). Esta iniciativa pretende evidenciar os múltiplos cenários dos nossos territórios rurais e a diversidade da riqueza ambiental e paisagística, em linha com os principais objetivos do Encontro, ou seja rentabilizar o valor estético, documental e pedagógico da fotografia.
O percurso inicia-se em Famalicão da Serra e termina na aldeia de Trinta, locais onde serão inauguradas duas exposições do Fotoclube da Guarda.
O programa pode ser consultado aqui, onde poderá também ser feita a inscrição gratuita, mas obrigatória. (obrigatória).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.