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A ordenação episcopal do novo Bispo da Guarda, D. José Miguel Pereira, terá hoje lugar, pelas 16 horas na Sé Catedral da Guarda. O evento será precedido por um cortejo litúrgico, que partirá da Igreja da Misericórdia às 15h30.
O novo prelado diocesano, com 53 anos de idade, sucede a D. Manuel Felício. D. José Miguel Pereira foi nomeado Bispo da Guarda, pelo Papa Francisco, no passado mês de dezembro.
Bula de Nomeação
“FRANCISCO, BISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS,
Ao dilecto Filho JOSÉ MIGUEL BARATA PEREIRA, do clero do Patriarcado de Lisboa, até agora Reitor do Seminário Maior, nomeado Bispo da Guarda, saúde e bênção.
Com gratidão louvamos o Benigníssimo Deus que tem misericórdia de todos e não tem em conta os pecados dos homens por causa do arrependimento – cf. Sab 11,23 – pois com inesgotável caridade concede aos crentes a vida eterna por meio dos Pastores da Igreja.
Portanto, por este motivo particular, dirigimos agora a Nossa atenção à comunidade da Guarda que espera um novo Bispo depois de ter o Venerável Irmão Manuel da Rocha Felício renunciado ao governo daquela Sede.
Por isso, recorremos a ti, dilecto Filho, pois até agora tens trabalhado diligentemente no Patriarcado de Lisboa, especialmente como Reitor do Seminário Maior, manifestando as necessárias qualidades pastorais da mente e do coração, bem como perícia na administração dos bens e por isso para Nós te mostras idóneo para assumir este cargo.
Portanto, com o conselho do Dicastério para os Bispos, em virtude da plenitude da Nossa potestade e da autoridade Apostólica, por meio desta Carta te nomeamos Bispo da GUARDA, conferindo-te os devidos direitos e impondo-te as correspondentes obrigações.
Além disso, poderás receber a consagração Episcopal fora da cidade de Roma, de um Prelado Católico por ti escolhido, depois de pronunciar a profissão de fé e de prestar o juramento de fidelidade.”
Entretanto são já conhecidas as armas da fé do novo Bispo da Guarda.
Descrição heráldica:
Escudo oval, partido. O primeiro, de azul, carregado de um bordão de São José (açucenas), de prata, florido de ouro, encimado por três estrelas de sete pontas, de ouro; o segundo, de prata, carregado de um ramo de oliveira, de verde, frutado de sete azeitonas, de sua cor.
O escudo assenta sobre cruz pastoral de ouro, guarnecida de pedras de vermelho e encimada por chapéu eclesiástico, de cordão de 6 + 6 borlas, tudo de verde. Na base do escudo, listel branco com a legenda em maiúsculas: «O Senhor é bom. O Senhor está próximo».
Leitura:
O escudo de azul e prata é alusão à Virgem Maria e tem uma dupla evocação. Refere-se: à maternidade espiritual da Virgem Maria, a quem o Senhor, na Páscoa, confiou o cuidado dos discípulos e o fogo do Espírito para a missão apostólica; ao mistério da sua Assunção à Glória do Céu, invocação com a qual é venerada como padroeira da Catedral da Guarda e protetora da Diocese.
Os elementos presentes têm um significado polissémico: a açucena representa São José, santo onomástico do Prelado e Patrono da Igreja, e exemplo das virtudes necessárias para quem é chamado a servir o mistério da manifestação do Verbo de Deus aos povos; as três estrelas representam a virgindade de Nossa Senhora, modelo de quem é chamado a consagrar-se por amor a Deus e pela salvação do mundo; ambos os elementos, situados do lado esquerdo do escudo, representam os primeiros anos do serviço pastoral do Prelado nos Seminários Menores de São José de Caparide e de Nossa Senhora da Graça de Penafirme; o ramo de oliveira, situado do lado direito do escudo, representa os anos de serviço pastoral no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais; as azeitonas representam o óleo da unção do Espírito Santo com que os ministros ordenados são consagrados para a missão; o número de sete evoca os sete Arciprestados da Diocese da Guarda, horizonte imediato do novo serviço pastoral do Prelado no ministério episcopal.
O lema «O Senhor é bom. O Senhor está próximo» é retirado, na primeira frase, do Salmo 99: «O Senhor é bom. Eterna é a sua misericórdia. A sua fidelidade estende-se de geração em geração»; e na segunda frase, da carta de São Paulo aos Filipenses (4, 4-5): «Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo». Assim reunidas, ambas as frases são o anúncio de que Deus é sempre bom e sempre Se faz próximo, mesmo nas horas mais duras para caminhar connosco e nos sustentar na vida; e nos oferecer o definitivo como sentido último do viver humano. Quando muitos duvidam de Deus diante do mal e do efémero, urge oferecer o encontro com o Bem e o Eterno.
A cerimónia de hoje vai ser transmitida aqui
Fonte: Diocese da Guarda
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