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Na aldeia de Lapa dos Dinheiros (Seia) vai decorrer de 26 a 28 de Junho vai decorrer um ciclo de cinema inspirado nas tradições e modo de vida rural e das comunidades de montanha, associado à proposta para a fruição da música com a natureza exuberante da serra da Estrela
Assim, longe das salas de cinema e em antestreia comercial, é apresentado pela primeira este sábado, no Festival “Músicas do Bosque”, a longa-metragem “Volta à terra” [(Be)Longing], de João Pedro Plácido. No âmbito do ciclo de cinema do Festival serão ainda exibidos os filmes “Aqui não se passa nada”, pelicula de Isadora Sousa Pinto rodada nesta aldeia, e a comédia de mestre Jacques Tati - “Há festa na aldeia”.
“Volta à terra” [(Be)Longing] é a 1ª longa-metragem de João Pedro Plácido, filme que será exibido em 1ª mão no Festival “Músicas no Bosque”, a 27 de junho, pelas 21h, estreando no circuito comercial apenas no mês seguinte. A obra, que venceu a Competição Portuguesa na Edição 2014 do Festival DocLisboa, retrata o dia-a-dia na aldeia de Uz, uma povoação isolada nas montanhas do norte do país, longe do bulício da cidade, num elogio singular a uma forma de vida (ainda) centrada na relação com a terra, com o trabalho da mesma e com as tradições rurais passadas de geração em geração.
Amanhã, 26 de junho, pela mesma hora (21h), será projetada a curta-metragem “Aqui não se passa nada”, de Isadora Sousa Pinto, rodada na própria aldeia de Lapa dos Dinheiros e destacada com uma Menção honrosa na mais recente edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental de Seia - CineEco. Seguir-se-á o clássico “Há festa na aldeia” [Jour de fête], comédia intemporal realizada pelo mestre Jacques Tati, nome maior do cinema gaulês. A ação desenrola-se numa pequena aldeia de província e centra-se nas peripécias vividas pelo carteiro local, personagem representada pelo próprio Tati.
A programação do ciclo “Cinema no Bosque” resulta de uma parceria estabelecida entre a Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha e o 7A Sena – Núcleo Cinéfilo de Seia, entidade local dedicada à 7ª arte integrada na Associação ARTIS.
O Cinema no Bosque procura tirar proveito do contexto e ir ao encontro dos objetivos do Festival, ilustrando o modus vivendi em ambiente rural comunitário e as tradições locais/regionais como mecanismo identitário fundamental, a preservar, renovar e, consequentemente, valorizar.
Fonte: C.M.Seia
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