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Mário Branquinho é o principal rosto do CineEco, um “dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico”, como afirmou ao CORREIO DA GUARDA. “Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática”, acrescentou ainda.
Apostado no desenvolvimento de Seia, e do interior, Mário Branquinho diz-nos que “só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios”.
E é com espírito dinâmico e empreendedor que projeta a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como nos adianta nesta entrevista onde aborda, igualmente a sua passagem pela política autárquica que abandonou e assim pretende permanecer. “Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.”
Com o Mestrado em Animação Artística o nosso entrevistado é Técnico Superior do Município de Seia, responsável e programador da Casa Municipal da Cultura de Seia, coordenador do Seia Jazz & Blues, Diretor e fundador do CineEco e membro da Direção da GFN Green Film Network, com sede na Áustria. Autor dos livros de escrita criativa “Sentido Figurado”, (1996); “O Mundo dos Apartes”, (2002), “Estranhos Dias à Janela” (2015) e “Cinema Ambiental em Portugal, filmes do mundo em 25 anos de CineEco – 1995-2020” (2021), que vai ser apresentado no próximo dia 12 de fevereiro.
Quem é o Mário Jorge Branquinho?
É alguém que gosta de fazer, que não gosta de estar parado. Que gosta de viver e envolver pessoas em projetos inovadores e desafiantes. Alguém que procura dar contributos para o desenvolvimento local, com espírito de missão, desafiando outros a fazer o mesmo.
O interesse no associativismo começou bem cedo. Como surgiu e que projetos foram desenvolvidos?
O Associativismo começou na minha aldeia, o Sabugueiro, quando jovem, através da criação de uma associação cultural, fazendo teatro, jornalismo, cinema e mais tarde como Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Seia, incrementando iniciativas estudantis.
Nessa altura frequentava muitos cursos de teatro, dinâmica de grupos, serigrafia, jornalismo e outras ações promovidas pelo FAOJ da Guarda, hoje Instituto da Juventude, com Saraiva Melo e Américo Rodrigues. Foram ações que me marcaram e me ajudaram a criar este caminho de programador cultural.
E como ocorreu a sua ligação à atividade teatral? Durou quanto tempo? Que memórias guarda?
Nessa altura tínhamos o Grupo de Teatro do Sabugueiro, que levou à cena várias peças, das quais a mais emblemática foi O Doido e a Morte, de Raul Brandão, com a qual participámos no Ciclo de Teatro do Inatel, pelas freguesias. Tínhamos também cursos de teatro orientados pelo Américo Rodrigues e outros na Pousada da Juventude das Penhas Douradas. Tudo isso, levou-me a ser Bolseiro do FAOJ durante um ano, procurando incrementar o associativismo juvenil no concelho de Seia.
No seu percurso está também uma estreita ligação com a rádio e a imprensa. Quando iniciou esta colaboração ativa com a comunicação social e quais foram os momentos ou períodos mais marcantes?
Simultaneamente fui escrevendo para jornais locais e regionais, assim como depois em rádios locais e regionais.
O primeiro embate que tive, foi um texto no Jornal Porta da Estrela de Seia, dando conta de que uma Comissão de Festas tinha dado uma parte dos lucros à igreja e a outra parte a tinha aplicado na compra de uma ambulância para a população. E rematava a notícia, perguntando se “o senhor padre era contra o progresso da freguesia?”. No domingo seguinte o pároco leu a notícia na missa, perguntou, furioso quem era o autor da notícia, levantei a mão, e ripostou que era o último dia que vinha dizer missa.
À saída tinha metade da aldeia contra mim, porque iriam ficar sem padre por causa de uma notícia. A pressão foi muita nos dias seguintes, para pedir desculpa, mas tal não aconteceu, nem o padre se foi embora.
Na Rádio comecei na Rádio Beira Alta, em Seia, depois, ainda no tempo das “rádios pirata”, tive a minha própria rádio, Rádio Clube Serra da Estrela (RCSE), que durou 9 meses e que foi para mim uma grande escola. Tinha quase 100 colaboradores a vários níveis, mas num domingo de Páscoa, obviamente nenhum foi fazer rádio e por isso, estive eu o dia todo a passar música, publicidade e a dizer as horas. Ao fim da tarde batem à porta, era um casal com uma travessa de bolos e vinho do Porto, porque se aperceberam da minha maratona radiofónica e quiseram ser simpáticos.
Mais tarde, criei uma produtora, que fazia as manhãs da rádio na RBA, que foi legalizada e relançámos o Jornal Noticias da Serra, durante algum tempo semanal e depois quinzenal.
Paralelamente ia colaborando com jornais regionais e nacionais, e fui durante vários anos correspondente da Rádio Altitude, a convite do Hélder Sequeira, o que foi uma excelente experiência.
Há uma maior paixão pela rádio ou pela imprensa? Continua a colaborar?
Fazer rádio no final dos anos 80 e primeiros anos da década de 90 era mágico. Da minha parte era mais informação, noticias, debates e entrevistas. Aqui e ali, alguns passatempos. Era a magia da rádio e toda a gente na cidade estava a ouvir, porque se fazia muita interação e as pessoas reviam-se na rádio da sua cidade. A imprensa também seduzia, pelo clima criativo que se vivia e sobretudo pelas crónicas que escrevia, o que mais tarde deu origem a alguns livros de crónicas numa lógica de escrita criativa.
No ano dois mil, enquanto proprietário do jornal, fui pela primeira vez ao Brasil, a um congresso da imprensa regional portuguesa, numa delegação da UNIR, que aproveitou para se integrar nas comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Por coincidência, fui o primeiro a sair do avião, em Salvador da Bahia, onde estava uma equipa de reportagem da TV Globo, à espera da comitiva de jornalistas portugueses e me entrevistou, por ser o primeiro a sair do avião. No dia seguinte fizeram comigo e com o meu companheiro de Viagem Luciano Dias, filmagens do nosso primeiro dia, no Brasil, 500 anos depois de Pedro Alvares Cabral ali aportar. A reportagem passou depois no Fantástico, programa de maior audiência no Brasil, naquela altura.
A Rádio, na nossa região, continua a ter futuro?
A Rádio passa por dias difíceis dada a grande concorrência, sobretudo das redes sociais, mas tem de se reinventar constantemente. Em termos de conteúdo tem de criar impacto e sobressalto, ainda que por lapsos de tempo. Não pode ser com programas mansos e politicamente corretos, na perspetiva de passar despercebida.
Em termos tecnológicos, tem de saber conjugar-se com as novas tecnologias, em interação com as redes sociais e outras ferramentas online, como complemento. Levar os cidadãos da região para dentro da programação, como atores que se revejam e por outro lado, funcionando como agitador de consciências, estimulando à participação dos cidadãos nas causas e coisas públicas. Estimular a participação no exercício critico permanente. E sem ser derrotista, proporcionar condições para o incremento de maior vigilância e escrutínio junto dos políticos locais, para o cumprimento da missão.
Entendo que tudo isto se faz por ciclos, porque em tudo que é competitivo, o maior desafio é manter por muito tempo os desempenhos em alta. Como em todas as áreas criativas, na rádio, o melhor está sempre para vir, e não se pode nunca dormir à sombra de um qualquer pequeno êxito. Por isso, também a rádio tem futuro se em cada estação se introduzir inovação constante.
O que acha do jornalismo que é, atualmente, feito no interior?
Há um grande esforço por arte daqueles que se dedicam a esta nobre profissão, mas entendo muitas das dificuldades por que passam. Conheço bom e mau jornalismo, quer a nível nacional quer regional. Destacam-se os não preguiçosos, os que não fazem fretes, os que sabem promover a região e os que não vergam aos interesses. Os que vão além do jornalismo de comunicados e de agências.
Há nalguns jornais uma falta notória de criatividade para cativar leitores, conjugando o papel com o suporte digital, como complemento. Defendo inclusivamente projetos que juntem vários suportes, papel e online, vertendo neste último o jornal, a rádio e a televisão, quando possível. Jornalismo em pacote, numa lógica de complementaridade e de criação de escala; independentemente disto poder ser provocador e considerado descabido ou demasiado ambicioso.
O CineEco, de quem é o rosto principal, continua a ser uma das suas paixões. Como começou este projeto e quais foram as principais dificuldades em afirmar este festival?
Esta é outra conversa, mas que vem no seguimento do meu trabalho para a comunidade. Em meados da década de 90, acumulei a minha função de animador cultural do município de Seia com a de bolseiro da Associação de Telecentros Rurais de Portugal, que me permitiu viajar muito pelo Interior de Portugal e pela Europa e conhecer nas realidades.
Portugal estava a despertar para os fundos comunitários decorrentes da nossa adesão à então CEE, em 1986. Nessa altura colaborei com outros jovens do interior de Portugal na disseminação do espírito das associações de desenvolvimento rural. O objetivo era procurar estimular as pessoas a incrementar pequenos negócios, numa lógica de desenvolvimento sustentado.
Entre muitas iniciativas que lancei e ajudei a incrementar, destaco a realização de um concurso de vídeo sobre ambiente, em 1994, no âmbito dessa participação europeia e no quadro de trabalhador do município. A iniciativa correu bem e foi o impulso para propor ao então Presidente da Câmara a organização de um festival de cinema de âmbito internacional, e que fosse além das temáticas da paisagem, mas de ambiente em geral.
Procurámos parceiros e em pouco tempo o município de Seia tinha a adesão do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), do Instituto de Promoção Ambiental, da ADRUSE e da Região de Turismo. Nesta corrida, tive um aliado importante, o Nuno Santos de Gouveia, que tinha ganho o primeiro prémio do concurso anterior e era funcionário do PNSE. Depois convidámos o Lauro António para diretor artístico e eu mantive-me como diretor executivo, que garantia meios e organização.
Em 2012, depois de uma experiência falhada com a organização do Indie Lisboa, fui convidado para assumir a direção artística e daí para cá, essa tem sido a minha responsabilidade. Naturalmente que organizar um evento desta dimensão numa região do interior é muito mais desafiante do que numa região muito cosmopolita, por isso procuro não me cansar, porque sei que só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios.
Passados estes anos, como vê o CineEco, em termos mundiais?
O CineEco é uma referência no panorama internacional, desde logo porque é dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico. Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática.
Anualmente temos a melhor produção de cinema ambiental nas competições, convidados de todos os cantos do mundo e pontualmente fazemos ações que atraem atenções internacionais. Uma delas foi a realização do primeiro fórum mundial de festivais de cinema de ambiente, que decorreu no CineEco de 2018 e o segundo em 2019, atraindo a Seia diretores de 35 festivais de todo o mundo, além de outros reputados oradores.
A participação no Fórum Mundial da Água, em Brasília, a convite da organização e agora a perspetiva de nova participação no Fórum que decorrerá em Dakar, no Senegal, através da organização de Mostras de curtas sobre a temática da água.
O facto de termos sido um dos fundadores da rede de festivais de cinema de ambiente, a Green Film Network, na qual sou secretário da direção e que junta 40 festivais de todo o mundo, é outro fator de afirmação. Para este ano, estamos a preparar uma Mostra de filmes em Cabo Verde e outra em Maputo, Moçambique.
Qual a importância do CineEco para a educação ambiental?
O CineEco cumpre uma missão de serviço público muito relevante e isso deve-se desde logo à vontade do município em apostar nesta vertente, disponibilizando o espólio fílmico a escolas e universidades de todo o país.
Neste momento há 84 entidades em Portugal que acolhem o festival em extensões, e a grande maioria inclui a componente de serviço educativo, através de curtas e “curtinhas de animação”.
E o entusiasmo é tanto maior quanto mais defendemos que o cinema é uma importante ferramenta de promoção dos valores ambientais, sobretudo nos dias de hoje, em que o tema faz parte das preocupações das pessoas, porque se percebeu, finalmente, que o fenómeno das alterações, climáticas, por exemplo é uma coisa muito séria, e não romantismo de ambientalistas.
Sendo um dos mais antigos festivais dedicados à temática ambiental, como pensa este evento para os próximos anos?
Para o futuro o CineEco tem de continuar a surpreender e estou certo de que o município reafirmará o seu posicionamento no incremento desta área artística.
Seia, que tem o seu Centro de Interpretação da Serra da Estrela, deve assumir esta centralidade e responsabilidade, atraindo indústrias criativas e eco inovadoras, sobretudo realizadores, produtores e distribuidores, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e posicionamento internacional. Através do estreitamento de relações com o IPG, que desde o início esteve sempre envolvido e a própria Universidade da Beira Interior, com curso de Cinema, e várias estruturas culturais da Comunidade Intermunicipal, pode-se atrair indústrias de cinema e projetos inovadores e amigos do ambiente, com destaque para residências artísticas e eventos paralelos.
O triângulo – cinema, ambiente e turismo – será primoroso para alavancar ainda mais a região, a partir deste festival de referência e diferenciador.
Vai apresentar, a 12 de fevereiro, um livro intitulado “Cinema Ambiental em Portugal”. É uma obra dedicada ao CineEco? E que interpelações coloca com este trabalho?
Este é um livro que me senti na obrigação de escrever, para contar na primeira pessoa o historial de um festival com mais de um quarto de século.
Um percurso que assinala filmes e personalidades do mundo, do estado do cinema ambiental em Portugal e das dinâmicas desenvolvidas ao longo dos anos, em Seia, uma cidade do interior do país, que resiste no panorama cultural nacional.
A edição é do Município de Seia e da Associação de Arte e Imagem de Seia e conta com o apoio da Direção Geral do Ambiente, do ICA — Instituto de Cinema e Audiovisual, da Lipor, da Câmara Municipal de Lisboa | Capital Verde Europeia, Ciência Viva e Turistrela.
Há outras publicações suas em agenda?
Há sempre ideias. Falta tempo e oportunidade. Quando surgirem estes últimos, certamente que haverá mais obras.
Dirige a Casa da Cultura de Seia. Quando começou a sua ligação a esta estrutura cultural?
Há quase 20 anos que desempenho a tarefa de responsável desta estrutura cultural de Seia, enquanto Técnico Superior do município.
Quais os eventos ou iniciativas que destaca, até agora, enquanto programador?
A programação da Casa da Cultura, sobretudo ao longo destes quase 20 anos, tem registado vários fenómenos na oferta cultural ao concelho e região.
Desde logo, porque além do cinema comercial exibido ao longo do ano, com duas sessões semanais, contempla alguns eventos âncora e programação pontual de várias áreas artísticas.
Destaco por isso, o CineEco, enquanto evento maior e que cumpre em 2022 a sua 28ª edição, o Seia Jazz & Blues, que vai na sua 17ª edição, o Festival de Artes - Artis, organizado agora pela Associação de Arte e Imagem em parceria com o município. Em termos de adesão de público, já houve anos com cerca de 50 mil espetadores por ano, número que nos últimos anos antes da pandemia se situou na casa dos 35 mil.
Depois de dois anos de pandemia, estamos agora a recuperar alguma normalidade, com uma candidatura à DGArtes, depois da certificação desta estrutura que passou a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.
As estruturas culturais do distrito têm trabalhado isoladas ou em rede?
Sim, tem sido feito um trabalho notável ao nível da programação em rede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), com vários projetos culturais e comunitários em rede, sobretudo na área da música, teatro e dança.
A própria candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura deu mais um contributo para o reforço da rede, que está de novo no terreno com o Festival Cultural da Serra da Estrela, que contempla uma bolsa artística com projetos de cada um dos 15 concelhos e que terão oportunidade de se apresentar em diferentes concelhos.
E como tem sido a sua experiência autárquica? Tem projetos para os próximos anos?
Fui durante 3 mandatos líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Seia e no último mandato, de 2013 a 2017, nessa qualidade desempenhei o cargo de Presidente da Assembleia da Comunidade Intermunicipal – CIMBSE. Todavia abandonei a política autárquica e assim pretendo permanecer.
Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.
Como vê, atualmente, a realidade social, económica e cultural do interior?
Vejo com muita dificuldade, a possibilidade de se virar uma página se não se mudar de mentalidades dos agentes políticos, de quem muito depende. O que se verifica é que os governos são cada vez mais centralistas e cada vez menos descentralizadores, o que aumenta as dificuldades dos agentes económicos e culturais da região.
A própria Ministra da Coesão confessou a sua impotência para inverter a situação. Os políticos do Interior que são eleitos para lugares da administração, sobretudo para o Parlamento, terminam todos numa subserviência muito grande à lógica do líder do partido e pouco fiéis às necessidades da região. Assumem um discurso na oposição e outro completamente diferente na governação.
Perante este cenário pouco encorajador, resta aos resistentes que ficam, o redobrar de forças, aumentar entusiasmo e dinamismo para empreender lógicas de desenvolvimento sociais, económicas ou culturais.
O que gostaria de ver concretizado a curto prazo?
A curto prazo, o maior empenhamento vai para a necessidade que tenho de resistir à vontade de partir, como a maioria tem feito ao longo das últimas décadas e continuar o percurso de resiliência, para fazer o que estiver ao meu alcance.
Seja no plano profissional, seja no de cidadania. Enquanto cidadão, estou empenhado em novos projetos da Associação de Beneficência do Sabugueiro, que além do trabalho desenvolvido numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosos, desenvolve atividades no âmbito do Projeto Alavanca, para pessoas com dependências alcoólicas nos concelhos de Seia e Gouveia. Tem ainda o Hostel Criativo, que acolhe Residências artísticas de várias áreas.
O próximo projeto será a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como complemento às atividades do Hostel, para dar resposta ao grande fluxo turístico desta eco aldeia, que tem o seu centro histórico quase todo remodelado e regista mais de 400 camas de alojamento local, hotel e hostel.
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