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A Calafrio- Associação Cultural vai organizar hoje, 30 de Maio, a oitava sessão do Ciclo Contradizer.
Esta sessão, que decorrerá a partir das 21h30 no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda, é constituída pela leitura encenada de "Os malefícios do tabaco" de Tchekhov (de quem o Calafrio recentemente apresentou duas peças integradas em "Empresta-me um revólver até amanhã"), por Vasco Queiroz; e pela apresentação e exibição do projecto fotográfico "18 palavras para ti, ou a vida vivida"- uma visão da sociedade actual, por Norberto Rodrigues.
Esta inciativa, de entrada gratuita, tem apoio (cedência de instalações) do Município da Guarda/Teatro Municipal da Guarda
A peça "Os malefícios do tabaco" foi escrita por Anton Tchekhov em 1887; segunda versão em 1904. Constitui uma pequena obra-prima dramatúrgica e possui as marcas típicas da poética tchekhoviana: a brevidade, a economia de procedimentos, a linguagem despojada, a ironia, o humor e o aprofundamento psicológico das personagens.
"Os malefícios do tabaco” retrata a vida de um homem amargo e de aparência gasta que é obrigado pela sua esposa, com quem partilha um casamento há mais de 30 anos, a fazer uma conferência para fins beneficentes acerca dos malefícios do uso e abuso do tabaco. A sua vida privada acaba por ser o tema principal da conferência que está a apresentar. Foca os maus-tratos infligidos pela sua mulher, o desprezo vindo das suas filhas e o trabalho de escravo a que é obrigado.
O intérprete, Vasco Queiroz nasceu em 22/3/56 em Coimbra. Médico, especialista de Medicina Geral e Familiar na Guarda. Integrou o Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, 1977-1983 (Curso de teatro ministrado por Geraldo Tuché; Participação como actor nas peças “O Império do Oriente” de Jorge de Sena com encenação de Geraldo Tuché, “Epimeteu ou o Homem que Pensava Depois” de Jorge de Sena com encenação de Geraldo Tuché, “D Duardos” de Gil Vicente com encenação de Mário Barradas e ainda na peça inacabada e nunca estreada “A Páginas Tantas” de Ricardo Pais com encenação do mesmo; Presidente da Direcção durante dois anos. Participação como “recitador/declamador” , a solo ou em parceria (quase sempre com José Bandeirinha e Helena Gonçalves), em vários recitais de poesia no CITAC, no Circulo de Artes Plásticas da AAC, na Fundação Gulbenkian de Aveiro e em vários espaços académicos ou não, em Coimbra e noutras localidades. É o presidente da Assembleia Geral da Calafrio-Associação Cultural.
O autor, Anton Tchékov, nasceu em Taganrog, no sul da Rússia, no dia 29 de janeiro de 1860, filho de um comerciante. A sua família mudou-se para Moscovo em 1876 devido à falência do pai, mas Anton permanece na sua cidade natal para terminar o liceu. Assim, só três anos mais tarde se juntou à família em Moscovo, onde se matricula na faculdade de Medicina. Para ajudar financeiramente a família, Tchékhov faz pequenos trabalhos jornalísticos e as primeiras tentativas literárias. Termina os estudos de Medicina em 1884 e começa a exercer nos arredores de Moscovo.
A sua primeira narrativa é publicada num jornal humorístico em 1880, desencadeando uma intensa colaboração de Anton com diversas publicações. Os seus primeiros textos dramáticos datam do final da década de 1880 ("Ivánov"). No ano de 1892 compra uma casa no campo, em Mélikhovo, para onde se muda com a família. Três anos mais tarde visita Tolstoi, cujas ideias irão exercer uma forte influência e um grande fascínio sobre Tchékhov. Por motivos de doença, muda-se para Ialta, em Crimée. É no final da sua vida que escreve as três peças que o consagram como grande dramaturgo: "A Gaivota" em 1896, "As Três Irmãs" em 1900 e "O Cerejal" em 1903. Em 1904 parte para a Alemanha com a atriz Olga Knipper, com quem casara em 1901, morrendo no mês de julho em Badenweiler, na Floresta Negra. Hoje é reconhecido como um dos maiores escritores russos.
Projecto fotográfico: Apresentação do projecto fotográfico "18 palavras para ti, ou a vida vivida". Uma visão da sociedade actual, por Norberto Rodrigues. Projecção audiovisual. Música de Lynx Tungur. Debate. O autor: Norberto Rodrigues é natural do Barracão-Guarda, sociólogo e fotógrafo amador. Depois de cerca de 30 anos de trabalho nas áreas da sociologia e da gestão de recursos humanos, como dirigente da Administração Pública e como docente universitário, tem desenvolvido actividade nas áreas da fotografia e da escrita, tendo publicado recentemente um livro de fotografias -"Trajectos" - e um livro de contos - "E dos fracos rezam as histórias".
(Fonte: Calafrio)
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