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“I Am Greta” tem estreia nacional marcada na edição 2021 do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que acontece de 9 a 16 de outubro na Casa Municipal da Cultura de Seia.
“La Croisade”, que integrou a categoria “Cinema for the Climate” do Festival de Cannes deste ano, tem também estreia nacional agendada no CineEco. A 27ª edição do Festival conta ainda e, pela primeira vez, com a exibição em simultâneo dos documentários “Une Fois que tu Sais”, “Ophir” e “Arica” no Festival Internacional de Ciência, em Oeiras.
A 27ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela regressa este ano com duas grandes novidades há muito esperadas no mercado cinematográfico nacional.
“I Am Greta” de Nathan Grossman, tem estreia nacional agendada para 13 de outubro, às 21h30, na Casa Municipal da Cultura em Seia. Neste documentário, o realizador acompanha a vida da jovem Greta Thunberg desde o início da greve escolar em 2018, antes mesmo da explosão mediática de que atualmente é alvo. O filme acompanha-a até setembro de 2019 durante a travessia do Atlântico num veleiro que a levou à sede das Nações Unidas para discursar frente a uma plateia de líderes mundiais. Este documentário retrata a luta pessoal de Greta para encontrar um equilíbrio entre a sua adolescência e a exposição mediática. Pode ser, finalmente, visto nas salas de cinema e em estreia absoluta no CineEco.
Outra ante-estreia em território nacional é “La Croisade” filme do realizador e ator Louis Garrel, que integrou o novo departamento do Festival de Cannes deste ano, denominado "Cinema for the Climate”. O documentário é exibido no último dia do Festival, a 16 de outubro, pelas 21h30, depois da atribuição dos vencedores da 27ª edição do CineEco 2021. O filme retrata a história de Abel (Louis Garrel) e Marianne (Laetitia Casta), um casal que descobre que o seu filho de 13 anos vende secretamente bens preciosos para financiar um projeto ambiental ambicioso.
Extra concurso serão, ainda, exibidos os filmes “O Lago Sagrado – Uma viagem por uma estrada profunda e gelada” de Carla Varanda (realizadora) e Mário Lisboa (fotógrafo), dia 9, na sessão inaugural do Festival; e o documentário de Inês Gil, “Curtir a Pele” a 15 de outubro.
“O Lago Sagrado – Uma viagem por uma estrada profunda e gelada” transporta-nos numa viagem pela maior massa gelada de água doce existente no mundo, na Rússia, um local que tem tanto de belo como de potencial em conhecimento científico, atualmente ameaçado pelas mudanças climáticas. Mário Lisboa fotografou o lago Baikal, viajando cerca de 300 quilómetros ao longo da superfície gelada, enfrentando temperaturas entre -15º C e -30º C. As suas fotografias podem também ser apreciadas na mostra que estará patente nas galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia, de 9 de outubro a 30 de novembro.
Já no filme “Curtir a Pele”, Inês Gil revela um retrato de uma fábrica de curtume de pele na Beira Alta e dos seus trabalhadores. O “desaparecimento” de uma trabalhadora causa perplexidade e serve de metáfora sobre o futuro na unidade fabril após a crise económica que assolou o país.
De salientar, ainda, que a 27ª edição do Festival terá pela primeira vez, a exibição em simultâneo dos documentários “Une Fois que tu Sais” de Emmanuel Cappellin (França), “Ophir” de Alexandre Berman e Olivier Pollet (França e UK) e Arica, de Lars Edman e William Johansson (Suécia, Chile, Noruega, Bélgica e UK), no FIC.A, Festival Internacional de Ciência, em Oeiras, que acontece no Palácio do Marquês do Pombal, entre os dias 12 e 17 de outubro.
O CineEco 2021 começa dia 9 de outubro e termina a 16, com um número recorde de filmes de mais de 20 países em exibição e que versam sobre temáticas multidisciplinares como a atual situação climática, colonialismo tóxico, pandemia e outras doenças, a luta de comunidades pela defesa dos ecossistemas regionais, futuro sustentável, poluição marítima, justiça ambiental, entre outras abordagens. Na Competição Internacional de Longas-Metragens, uma das mais relevantes do CineEco, entram a concurso 10 documentários.
Na Competição Internacional Curtas-Metragens do CineEco concorrem 45 documentários de vários países, sendo 7 destes filmes produções nacionais. Este ano, o cinema ambiental em língua portuguesa volta também a estar em grande destaque na Competição Séries e Reportagens Televisivas que, à semelhança da edição passada, representa mais de metade das obras em competição nesta categoria específica. No total dos filmes em Competição na 27ª edição do CineEco, 39 são documentários portugueses produzidos em 2020 e 2021.
Sobre o CineEco
O CineEco é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental.
O CineEco 2021 é organizado há 26 anos pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.
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