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Luís Coutinho figurará na história da Rádio Altitude como um dos seus eminentes pioneiros e dedicado obreiro do conteúdo programático – mormente desportivo – de algumas décadas…
Surgem estas palavras a propósito da sua morte, hoje na Guarda, na cidade onde se afirmou profissionalmente, onde desempenhou funções autárquicas, onde viveu de forma empenhada a Rádio, o desporto, a Amizade…
Luís Coutinho captava facilmente a estima de todos quantos com ele contactavam, era uma personalidade afável, atenta, subtil…até nas observações certeiras que não criavam atritos antes estabeleciam pontes, geravam laços de aproximação, desafiavam a uma cooperação, incentivavam projetos…
Foi assim na sua vida, foi assim na Rádio onde nos conhecemos…e já lá vão uns anos…perdurou, ao longo do tempo, uma estima profunda e a Amizade…Não esqueço o seu sorriso sincero e as palavras do nosso último encontro. O Luís Coutinho era assim: sincero, amigo, atento, dialogante.
Para além do Desporto, que Luís Coutinho privilegiou na atividade radiofónica, recordo sobretudo os “Programas da Noite” (que começaram a ser emitidos, entre as 20 e as 23 horas, e mais tarde até às 24 horas, na Rádio Altitude), os quais constituíram interessantes experiências radiofónicas e, mercê do horário, registavam uma enorme audição, variando as suas características em função das respetivas equipas de produção; esta diferenciação, contrariamente ao que seria de supor, não afastava o auditório mas, pelo contrário, estimulava, o interesse, mesmo dos responsáveis pelos outros programas emitidos, constituindo, com frequência, motivo de interessantes comentários e diálogos, sempre com a preocupação de cada um chamar a si um maior número de ouvintes.
Foi um tempo de grande azáfama e camaradagem, que muitos dos protagonistas deste período podem confirmar; as décadas de setenta e oitenta (do século passado…) foram, aliás, ricas em termos da variedade de programas, desde os culturais, informativos, desportivos ou musicais e recreativos.
Luís Coutinho, ao lidar com os mais jovens colaboradores, sabia ter a palavra certa na hora certa e conquistá-los para a Rádio e os seus desafios quotidianos. Daí o apreço de todos, e certamente, neste momento triste, o profundo pesar pela sua partida…contudo a sua imagem, a sua forma de estar e ser não se apagará da nossa memória e outrossim de de companheiros e ouvintes da Rádio F, onde também colaborou.
Até sempre, Luís Coutinho!...
Helder Sequeira
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