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“Território, Raia e Fronteira – Sistema de Fortificação” é o tema do seminário internacional que será realizado em Almeida nos próximos dias 30 e 31 de Agosto.
Esta iniciativa decorrerá em simultâneo com as comemorações do cerco daquela vila, ocorrido na terceira invasão francesa; as actividades terão início na sexta-feira e prolongam-se até domingo, 1 de Setembro.
A história de Almeida cruza-se com as célebres, quanto dramáticas, invasões francesas. Destas, a terceira incursão conduzida por André Massena foi a que deixou marcas mais profundas na denominada “Estrela de Pedra”.
Após a conquista de Ciudad Rodrigo (Espanha), em Junho de 1810, pelas tropas francesas o objectivo do exército invasor era o domínio da praça portuguesa, que teria cerca de 2000 habitantes e estava guarnecida com 5 000 soldados e 115 peças de artilharia.
Com a aproximação das forças francesas, o comando do exército anglo-luso apelou aos habitantes para abandonarem as suas casas e levarem os seus haveres.
Nos primeiros dias de Agosto de 1810 o Marechal Massena mandou avançar o Oitavo Corpo do exército francês, sob o comando de Junot, dando início ao cerco de Almeida, a 10 de Agosto, cuja guarnição militar era chefiada pelo coronel inglês Guilherme Cox, sendo Tenente-Rei o almeidense Francisco Bernardo da Costa.
O cerco decorria há 17 dias quando, ao cair da noite, uma granada francesa provocou uma explosão em cadeia que destruiu o paiol principal, onde estavam armazenadas 75 toneladas de pólvora; centenas de mortos e enormes danos no interior da fortaleza foi o balanço imediato da tragédia. Na manhã seguinte, 27 de Agosto de 1810, Massena exigiu do comandante inglês a rendição imediata da praça, o que acabou por suceder nessa noite.
O programa desta recriação histórica integra a realização de um mercado oitocentista (que abrirá ao público a partir das 19 horas de sexta-feira), uma mostra e desfile dos trajos oitocentistas, um acampamento histórico e oficinas pedagógicas, a exposição “Mostra do Espólio das escavações do Castelo de Almeida”, a batalha do assalto a fortaleza (dia 31 de Agosto, a partir das 22 horas) e a recriação de novo episódio bélico ma manhã de domingo, pelas 10 horas (partida do Baluarte de S. Pedro em combate contínuo até ao Baluarte de Santo António), entre outras actividades distribuídas pelos três dias (H.S.).
O património do distrito nem sempre merece a devida atenção por parte dos seus naturais e residentes que, em muitos casos, procuram lugares distantes na procura de outras realidades.
Aqui, por perto, encontram-se diversos monumentos de arquitetura militar que são testemunhos de épocas passadas e reencontro com a nossa história. Se por um lado o seu conhecimento representará, para os visitantes, um enriquecimento cultural e identitário, por outro fomentará a dinamização das localidades ou sítios onde estão construídos, incrementando o turismo interno, com todas as vantagens daí decorrentes.
Das várias propostas que poderemos formular, acerca do património monumental deste distrito, deixamos, a título de exemplo, a histórica fortaleza de Almeida, assim como algumas breves anotações.
A importância da fortaleza de Almeida cedo foi reconhecida; após o primeiro de Dezembro de 1640, o rei D. João IV ordenou a sua reparação, face aos momentos e às difíceis contendas que se avizinhavam.
Desde logo ficou perceptível o papel preponderante que Almeida ia ter no processo bélico de manutenção da independência. A vila foi transformada em sede do quartel-general do Governador de Armas da Beira, constituindo-se na mais importante praça do reino português.
D. Álvaro de Abranches, um dos conjurados da Revolução de 1640 e membro do Conselho de Guerra de D. João IV, foi o primeiro Governador de Armas de Almeida, empenhando-se, de imediato no seu eficaz guarnecimento, rentabilizado o sistema de fortificações de que estava dotada.
Mais tarde a história de Almeida cruza-se com as célebres, quanto dramáticas, invasões francesas. Destas, a terceira incursão, conduzida por André Massena, foi a que deixou marcas mais profundas na denominada “Estrela de Pedra”.
Após a conquista de Ciudad Rodrigo (Espanha), em 10 de Junho de 1810, pelas tropas francesas o objectivo do exército invasor era o domínio da praça portuguesa, que teria cerca de 2000 habitantes e estava guarnecida com 5 000 soldados e 115 peças de artilharia. Com a aproximação das forças francesas, o comando do exército anglo-luso apelou aos habitantes para abandonarem as suas casas e levarem os seus haveres.
Nos primeiros dias de Agosto de 1810 o Marechal Massena mandou avançar o Oitavo Corpo do exército francês, sob o comando de Junot, dando início ao cerco de Almeida, a 10 de Agosto, cuja guarnição militar era chefiada pelo coronel inglês Guilherme Cox, sendo Tenente-Rei o almeidense Francisco Bernardo da Costa.
O cerco decorria há 17 dias quando, ao cair da noite, uma granada francesa provocou uma explosão em cadeia que destruiu o paiol principal, onde estavam armazenadas 75 toneladas de pólvora; centenas de mortos e enormes danos no interior da fortaleza foi o balanço imediato da tragédia. Na manhã seguinte, 27 de Agosto de 1810, Massena exigiu do comandante inglês a rendição imediata da praça, o que acabou por suceder nessa noite.
A fortaleza de Almeida, em estilo Vauban, tem uma planta em forma de estrela irregular, integrando seis baluartes: o de S. Francisco, São João de Deus, Santa Bárbara (designado também de Praça Alta), do Trem (ou de Nossa Senhora das Brotas), Santo António e São Pedro, articulados com idêntico número de revelins.
O conjunto monumental, deste baluarte beirão, encontra-se rodeada por largos e profundos fossos. Para além das majestosas Portas de Santo António e São Francisco destacam-se no complexo desta fortaleza abaluartada as casamatas, espaços subterrâneos cuja estrutura e solidez os tornava imunes às bombas da época.
No interior do perímetro amuralhado encontra-se o Quartel das Esquadras que ficou a dever-se ao Conde de Lippe (Frederico Guilherme de Schaumburg-Lippe), edifício onde estiveram instaladas forças de infantaria; a antiga Casa dos Governadores da Praça de Almeida; o edifício do Corpo da Guarda Principal (onde funciona a Câmara Municipal), a Igreja da Misericórdia, a Casa dos Vedores Gerais, a Casa da Câmara e o Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto (actual Igreja Matriz) são outros edifícios emblemáticos desta vila do distrito da Guarda. H.S.
A VIII Recriação Histórica do Cerco de Almeida vai decorrer, naquela vila, de 24 a 26 de Agosto.
O programa inclui, no primeiro dia, uma “Ceia de Milicianos e Guerrilheiros”, colocação de rondas e sentinelas nas portas da vila, uma homenagem a Beresford (dia 25), acampamento histórico, assalto à fortaleza, concurso “Trapos com Memória” e um seminário internacional sobre “Edifícios Militares”.
Este ano decorrerá também um “Mercado Oitocentista”, integrado nas Comemorações do Cerco de Almeida – Recriação Histórica, que pretende ser uma actividade de animação, convívio; foi concebido com o objectivo de dar a conhecer ao público residente e visitante, os hábitos alimentares característicos da Época Moderna (séc. XVIII, XIX), através de venda de artesanatos típicos, refeições rápidas e ligeiras, com enquadramento oitocentista.
Pretende-se, ainda, que este espaço se constitua um local privilegiado de negócio, de encontro e de lazer, à semelhança dos antigos mercados onde acorriam centenas de pessoas, bem como artesãos, mercadores, regateiros e artífices, provenientes dos quatro cantos do reino de Portugal.
De 26 a 28 de Agosto vai decorrer em Almeida a VII Recriação Histórica do cerco daquela vila.
O programa integra um seminário internacional subordinado ao tema “As novas da modernização e fortificação abaluartada”, a instalação do acampamento histórico, rondas das sentinelas no perímetro das muralhas (dia 26); cerimónia evocativa, assalto à fortaleza (dia 27); retirada e perseguição das tropas de Brennier, combate na aldeia de Malpartida (dia 28).
A importância da fortaleza de Almeida cedo foi acentuada; após o primeiro de Dezembro de 1640, o rei D. João IV ordenou a sua reparação, face aos momentos e às difíceis contendas que se avizinhavam.
Desde logo ficou perceptível o papel preponderante que Almeida ia ter no processo bélico de manutenção da independência. A vila foi transformada em sede do quartel-general do Governador de Armas da Beira, constituindo-se na mais importante praça do reino português.
D. Álvaro de Abranches, um dos conjurados da Revolução de 1640 e membro do Conselho de Guerra de D. João IV, foi o primeiro Governador de Armas de Almeida, empenhando-se, de imediato no seu eficaz guarnecimento, rentabilizado o sistema de fortificações de que estava dotada.
Mais tarde a história de Almeida cruza-se com as célebres, quanto dramáticas, invasões francesas.
Destas, a terceira incursão conduzida por André Massena foi a que deixou marcas mais profundas na denominada “Estrela de Pedra”.
Após a conquista de Ciudad Rodrigo (Espanha), em 10 de Junho de 1810, pelas tropas francesas o objectivo do exército invasor era o domínio da praça portuguesa, que teria cerca de 2000 habitantes e estava guarnecida com 5 000 soldados e 115 peças de artilharia.
Com a aproximação das forças francesas, o comando do exército anglo-luso apelou aos habitantes para abandonarem as suas casas e levarem os seus haveres.
Nos primeiros dias de Agosto de 1810 o Marechal Massena mandou avançar o Oitavo Corpo do exército francês, sob o comando de Junot, dando início ao cerco de Almeida, a 10 de Agosto, cuja guarnição militar era chefiada pelo coronel inglês Guilherme Cox, sendo Tenente-Rei o almeidense Francisco Bernardo da Costa.
O cerco decorria há 17 dias quando, ao cair da noite, uma granada francesa provocou uma explosão em cadeia que destruiu o paiol principal, onde estavam armazenadas 75 toneladas de pólvora; centenas de mortos e enormes danos no interior da fortaleza foi o balanço imediato da tragédia.
Na manhã seguinte, 27 de Agosto de 1810, Massena exigiu do comandante inglês a rendição imediata da praça, o que acabou por suceder nessa noite.
A fortaleza de Almeida, em estilo Vauban, tem uma planta em forma de estrela irregular, integrando seis baluartes: o de S. Francisco, São João de Deus, Santa Bárbara (designado também de Praça Alta), do Trem (ou de Nossa Senhora das Brotas), Santo António e São Pedro, articulados com idêntico número de revelins.
O conjunto monumental deste baluarte beirão encontra-se rodeada por largos e profundos fossos.
Para além das majestosas Portas de Santo António e São Francisco destacam-se no complexo desta fortaleza abaluartada as casamatas, espaços subterrâneos cuja estrutura e solidez os tornava imunes às bombas da época.
No interior do perímetro amuralhado encontra-se o Quartel das Esquadras que ficou a dever-se ao Conde de Lippe (Frederico Guilherme de Schaumburg-Lippe), edifício onde estiveram instaladas forças de infantaria; a antiga Casa dos Governadores da Praça de Almeida; o edifício do Corpo da Guarda Principal (onde funciona a Câmara Municipal), a Igreja da Misericórdia, a Casa dos Vedores Gerais, a Casa da Câmara e o Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto (actual Igreja Matriz) são outros edifícios emblemáticos desta vila do distrito da Guarda.
Helder Sequeira
Em Almeida decorreu de 26 a 29 de Agosto, um conjunto de iniciativas que assinalaram o bi-centenário da Batalha do Côa e do cerco daquela histórica vila.
Amanhã, dia 24 de Julho, vai realizar-se em Almeida uma cerimónia evocativa da Batalha do Côa, no âmbito do Programa do Exército para as comemorações do Bicentenário da Guerra Peninsular.
A inauguração de um memorial aos mortos no combate do Côa e uma cerimónia militar são os principais momentos do programa elaborado, em que participarão elementos do Regimento de Infantaria 14.
Forças daquela unidade vão executar a guarda de honra ao General CEME, na Praça da Liberdade, em Almeida, pelas 10h30, juntamente com uma banda militar e a Fanfarra do Regimento de Artilharia 5.
Seguir-se-á, pelas 11h15, a cerimónia, propriamente dita, junto à Ponte do Côa, a escassa distância da vila de Almeida.
Nessa altura, o Pelotão 1810 (soldados do RI 14 fardados à época) vai prestar as devidas honras militares, juntamente com a Fanfarra do Regimento de Artilharia Antiaérea 1 e de duas secções de artilharia da mesma unidade, as quais executarão tiros de salva com canhões da época.
Estas forças vão utilizar os uniformes de 1810.
A cerimónia contará com as presenças do Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho e do Secretário de Estado da Cultura (SEC), Elísio Summavielle.
O programa desta jornada comemorativa da Batalha do Côa inclui a inauguração de uma exposição no Museu Histórico-militar de Almeida, subordinada ao tema “As linhas de defesa de Lisboa”, acto que antecede um colóquio alusivo ao referido combate e o lançamento do livro “A Divisão de Infantaria Ligeira no Combate do Côa”, da autoria do General Gabriel Augusto do Espírito Santo.
O concelho de Almeida é atravessado pelo Rio Côa, um dos poucos a correr de sul para norte; até 1297 foi o limite da fronteira entre os territórios dos reinos de Portugal e Castela.
Com a assinatura do Tratado de Alcanices, por D. Fernando de Castela e D. Dinis de Portugal, o castelo de Almeida – entre outras fortalezas – passou para o domínio da coroa portuguesa.
Esta zona teve uma grande importância estratégica, do ponto de vista militar; aqui se travaram, ao longo dos séculos, várias batalhas.
Um dos prélios mais violentos ocorreu a 24 de Julho de 1810, no decurso da terceira invasão francesa.
As tropas anglo-lusas lutaram contra as forças do exército francês do Marechal Ney, no local do Cabeço Negro, junto às margens do Rio.
A batalha antecedeu a queda da fortaleza de Almeida e a sua ocupação pelas tropas que entraram em Portugal, sob o comando de Massena.
Em Almeida (distrito da Guarda) decorreu, de 22 a 24 de Agosto, a quarta recriação histórica do cerco daquela vila, ocorrido em 1810 aquando das invasões francesas.
Uma iniciativa digna de registo e aplauso. Espera-se a sua continuidade.
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