Alojamento: SAPO Blogs
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Notícias da Guarda e região | Reportagem | Crónicas | Entrevistas | Apontamentos | Registos
Em Aldeias, no concelho de Gouveia, vai decorrer nos dias 5 e 6 de julho o Festival da Água. Esta iniciativa vai celebrar a água e a biodiversidade num evento voltado para sustentabilidade, com várias propostas culturais e de lazer para os visitantes.
No decorrer do Festival a rua principal da localidade terá uma instalação artística em crochê realizada pela comunidade ao longo de vários meses. “Este será o ponto alto da celebração, unindo a comunidade em torno da importância deste elemento vital para a vida”, refere a organização. Este evento é organizado pela Liga Humanitária Social e Cultural de Aldeias, em parceria com a União de Freguesias de Aldeias e Mangualde da Serra, Associação Cultural e Desportiva Aldeense, Clube Desportivo Aldeense, Comunidade Local dos Baldios de Aldeias, Restaurante a Sandra; GAF, com o apoio do Município de Gouveia e da rede de Aldeias de Montanha, no âmbito do Programa Transformar Turismo.
Créditos: Aldeias de Montanha
“Ao calcorrear as suas ruelas ouve-se o som da água, algo raro e verdadeiramente precioso que as gentes da terra aprenderam a valorizar e a junto das gerações vindouras. Foi em comunidade que nasceu o Festival da Água em Aldeias. Há já vários meses que a população, juntamente com os utentes do centro de dia, resolveram celebrar a água, perpetuar as suas histórias e a herança da água na aldeia onde vivem com uma instalação artística em crochê, feita com a colaboração de todos e sob a mentoria de Susana António, criativa e designer.” Acrescenta a organização, numa nota informativa distribuída a propósito deste festival que tem uma programação variada com música, mercadinho de produtos regionais, workshops de crochê, jantar solidário confecionado por oito chefs e muito mais
No primeiro dia, na sexta-feira, 5 de julho, além de jogos gigantes em madeira, workshops de crochê e tricot na aldeia, haverá um cantinho da história na biblioteca municipal de Gouveia, uma observação da biodiversidade das ribeiras, uma rega na horta e concertos à noite com o Grupo de Concertinas de Gouveia e Joana Almeida.
No sábado, 6 de julho, há workshop de construção de barquinhos com corcódea, de libélulas e libelinhas, prova de águas comentada, demonstração e prova de granizados e ainda um jantar solidário a favor da Liga Humanitária Social Cultural de Aldeias que contará com a colaboração de oito chefs (Óscar Cabral, Rui Cerveira, Tony Granadeiro, Vanderson, Isabel Patriarca, Sandra Pimenta e Paulo Silva e um Chef surpresa). À noite há animação musical com o Grupo de Fados e baile na aldeia.
No âmbito do Festival da Água decorrerá um jantar solidário no dia 6 de julho, pelas 20h00. “Um momento de convívio e partilha, onde poderemos saborear os deliciosos pratos típicos da região, confecionados com produtos frescos e locais. A totalidade da receita do jantar reverterá para a Liga Humanitária Social e Cultural de Aldeias. As inscrições para o jantar podem ser feitas aqui.
Na Guarda vai decorrer, hoje e amanhã. a XVII Concentração Motard. Trata-se de uma iniciativa do Moto Clube da Guarda.
A Rewilding Portugal acaba de lançar cabazes para apoiar desenvolvimento económico de produtores locais sustentáveis no distrito da Guarda
A Rewilding Portugal lançou dez cabazes diferentes para apoiar o desenvolvimento económico de produtores locais sustentáveis no distrito da Guarda e os fazer chegar a novos mercados.
A Rewilding Portugal continua a dinamizar a sua Rede Côa Selvagem, uma rede de empresas turísticas e de produção alimentar na região do Grande Vale do Côa que apoiam a conservação da natureza e o trabalho de renaturalização da organização.
Os cabazes chegam ao mercado com a premissa de proporcionar aos clientes “o melhor que o Grande Vale do Côa e os seus produtores locais têm para oferecer” , refere a Rewilding Portugal em comunicado.
Tratam-se de dez cabazes diferentes, que combinam diferentes produtos de membros da Rede Côa Selvagem, todos eles pequenos negócios que estão a desenvolver produtos biológicos e/ou de produção sustentável, apostando em produtos naturais e apoiando ativamente o trabalho da Rewilding Portugal no terreno, nomeadamente através da disseminação dos seus projetos e missão, assim como sendo verdadeiros embaixadores da organização junto das comunidades locais.
Para a Rewilding Portugal, este novo passo procura “apoiar o desenvolvimento económico destes pequenos produtores pró-rewilding, garantindo-lhes o acesso a novos mercados, já que a grande maioria das encomendas que a Rewilding Portugal recebe são do estrangeiro e de outras áreas portuguesas longe desta região, e também demonstrar que apoiar em produtos naturais e em soluções baseadas na natureza pode representar um nicho de mercado e uma nova oportunidade de negócio que aproveite as condições atuais desta região que é o Grande Vale do Côa”.
Os cabazes estão à venda na loja online da Rewilding Portugal, podem ser acedidos aqui; têm combinações de produtos alimentares e cosméticos que vão desde os 3 aos 7 produtos por cabaz, com preços por cabaz que rondam entre os 15 e os 55 euros. Todos os produtos são certificados pela organização como sendo pertencentes a esta rede e cumprindo todos os seus pressupostos de sustentabilidade e amigos da natureza.
Em Manteigas vai decorrer, de 29 de junho a 7 de julho, uma semana dedicada à inovação e reinvenção da lã, com várias iniciativas associadas.
O programa inclui oficinas de ilustração têxtil coletivas, sessões de cocriação com as comunidades locais, exposições de trabalhos que reinventam esta matéria-prima local e sustentável, visitas guiadas a fábricas, concertos e um jantar comunitário na rua principal da vila.
“Esta semana da inovação em torno da lã acontecerá em Manteigas e um pouco por todo o lado – viverá nas ruas, nas unidades fabris como a Burel Factory e a Ecolã, nas pastagens onde as ovelhas das raças Bordaleira e Churra Mondegueira da Serra da Estrela habitam. Por toda a vila será possível sentir o pulsar da tradição e da contemporaneidade que a lã poderá aportar a este território. O Lãnd Innovation Week pretende ser um laboratório vivo para a aprendizagem conjunta, valorizando as práticas ancestrais, acrescentando novos leituras a todo um sector que urge preservar e desvendando a ciência por trás deste recurso endógeno.” É referido numa nota informativa divulgada pela organização, a cargo da Câmara Municipal de Manteigas e da Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM).
Este ano, o Lãnd começou mais cedo, em maio e junho, “com as residências de cocriação em pleno coreto de São Pedro, envolvendo de forma ativa a comunidade local com a designer e thinker de comunidades, Susana António. Os manteiguenses foram desafiados a bordar pequenos tecidos e roupa em fim de ciclo, transformados em pequenas bandeirolas coloridas e bordadas a lã. Todos os bordados estão a ser transformados em bandeiras festivas que irão enfeitar as ruas da vila durante o Lãnd, criando assim uma enorme instalação comunitária e criativa ao ar livre, num ambiente vibrante e acolhedor nas ruas de Manteigas.”
O evento é aberto à participação da comunidade, visitantes e turistas. O Lãnd Innovation Week é um evento anual que integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha.
Nestas colunas escrevemos, por várias vezes, sobre a importância da toponímia, em cujo âmbito cabem múltiplos contributos e ações que podem suscitar uma ampla diversidade de estudos.
Se a investigação que pode ser desencadeada permitirá, por um lado, um enriquecimento cultural e o reforço da identidade local, por outro, irá identificar situações que exigem uma adequada e correta intervenção.
Independentemente das conjunturas ou das agendas político-partidárias, deve mover-nos uma Guarda da memória, a preocupação por uma cidade que preserve a sua história, dignifique os seus valores, honre os seus pergaminhos, mas saiba construir pontes sólidas para o futuro, envolver colaborações qualificadas, motivar o empenho dos seus habitantes, conquistar quem nos visita. “As cidades são como os homens; têm ou não carácter – e a tê-lo importa preservá-lo”, como escreveu Eugénio de Andrade.
A Guarda é muito mais que o património edificado; é memória, é somatório de vidas, experiências, é (deve ser) um pulsar coletivo, permanente. A Guarda, ciclicamente, tem-se esquecido de si; muita gente tem esquecido a Guarda.
É imperativo de consciência e cidadania assumir-se uma consciência crítica, uma intervenção constante em prol do nosso espaço coletivo, de referência e de vivências. “O passado é, por definição, um dado que coisa alguma pode modificar. Mas o conhecimento do passado é coisa em progresso, que ininterruptamente se transforma e se aperfeiçoa” e, como acrescentava Marc Bloch, “a incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado”.
Através da toponímia – tema que dá o mote para estas anotações – podemos abrir portas para o conhecimento do passado. Assim, poderemos começar por nos interrogar acerca da atenção que damos à toponímia guardense, aos suportes físicos dos topónimos que condensam em si informação preciosa. Para além da necessidade de substituição de muitas placas, de forma a ser viabilizada uma clara identificação, importa lembrar a importância em associar anteriores denominações toponímicas. Sabemos que foram muitas as alterações toponímicas introduzidas ao longo do tempo.
Como escreveu Pinharanda Gomes, “na Guarda, e no decurso do nosso século [vinte], tem-se cometido, repetidas vezes, aleatórias modificações de toponímicos, dificultando ainda mais as tarefas dos que, por exemplo, dedicados a pesquisas arqueológicas, poderiam atacar desde logo o sítio exato, caso a memória do nome se mantivesse”.
Em vários casos, a designação atual de artérias citadinas é preterida, mercê do enraizamento de hábitos, ao antigo topónimo. Como exemplo, na Guarda, poderemos evocar a Rua Francisco de Passos que continua a ser designada, pela generalidade dos guardenses, como Rua Direita. O seu nome evoca o Governador Civil da Guarda que desempenhou funções entre 11 de junho de 1926 e 25 de agosto do ano seguinte. Esta rua, recorde-se, constituiu a principal ligação da urbe medieval, unindo a cidadela do Torreão (também conhecida por Torre Velha da fortaleza, edificada provavelmente no século XII) à Alcáçova existente junto às portas da Covilhã (na zona em frente da Escola de Santa Clara).
As alterações de nomes podem ser minimizadas, nestes como noutros casos, com a referência à anterior designação; aliás as novas placas toponímicas da Guarda, que estão a ser progressivamente introduzidas, já contemplam essa informação, quando é caso disso; essas placas, equipadas com “QRCode”, permitem aos transeuntes obter indicações sobre o nome ou facto referenciados. “Restaurar é restituir. A restituição da toponímia é um ato de honestidade cultural, de devolução do património à comunidade, de abandono de opções adventícias, por vezes decorrentes das situações políticas, e, por fim, de entrega aos arqueólogos e aos historiadores, de uma nova fonte documental para historiografia a fazer”, tal como anotou Pinharanda Gomes, num dos seus livros.
A toponímia da Guarda é um vasto campo para estudo e investigação e pode levar-nos à (re)descoberta de múltiplas facetas do seu passado, validado por mais de oito séculos de história, enquanto urbe. Neste contexto, justifica-se a edição de um trabalho atualizado, com informação documental pertinente para simples consultas ou para subsequentes investigações.
Recorde-se que a “Toponímia Histórica da Guarda”, da autoria de Vergílio Afonso, foi editada em 1984. Desde essa altura a cidade cresceu, foram criadas novas ruas e urbanizações, atribuídos muito novos topónimos. É certo que têm sido publicados alguns artigos e livros sobre toponímia, como é o caso de “A Toponímia da cidade da Guarda e a construção da memória pública no século XX”, da autoria de Maria José Neto, editado em 2013. Uma obra com o propósito de esclarecer como “as alterações de ordem política interferem na actualização e construção da memória pública”, através da qual foi feito “o levantamento dos topónimos existentes no início do século XX para (…) se identificarem, nas nomeações e renomeações das vias, os topónimos de continuidade e de ruptura com a conjuntura vigente. Caracterizado o espaço do centro histórico no início do século XX, acompanhou-se a expansão da urbe até ao ano de 1980, identificaram-se os protagonistas e os ritos usados na criação da memória pública.” Como escreveu, então, a autora.
Em 2015, o Politécnico da Guarda publicou o livro "Desafios e Constrangimentos do Estudo da Toponímia – intervenções e contributos”, na sequência de um fórum, com várias edições, sobre a mesma temática. Nos últimos anos, com maior ou menor regularidade, têm sido publicados alguns trabalhos na revista “Praça Velha”, incidindo sobre diferentes personalidades consagradas na toponímia guardense.
Ainda que as novas tecnologias e os equipamentos de comunicação hodiernos facilitem o acesso a muitos dados, isso não exclui a importância – para o presente e para o futuro – de uma publicação, abrangente e com múltiplos contributos interdisciplinares, sobre a Toponímia da Guarda; com rigor, ilustrada, de consulta fácil, acessível e útil à generalidade dos cidadãos, residentes ou visitantes.
Saibamos, pois, assumir a nossa responsabilidade coletiva, privilegiando todos os contributos idóneos em prol do conhecimento da toponímia da Guarda, de modo a incrementar a valorização desta terra, reconhecendo o seu espírito e magia.
Hélder Sequeira
No próximo dia 24 de junho vão ser inauguradas em Sortelha (Sabugal) 17 unidades de alojamento turístico eco-friendly, com capacidade para 56 hóspedes.
Trata-se de um projeto da Story Studio materializado na remodelação dos studios (com tipologias T0, T1 e T2) através da fusão da traça original com novos conceitos arquitetónicos, mantendo-se a sua identidade distintiva, num investimento total que ultrapassou os 2 milhões de euros.
Assinada pelo Arquiteto Gonçalo Louro, com decoração da Arquiteta de Interiores Teresa Pinto Ribeiro, esta reabilitação assegura diferentes soluções de arquitetura, ecoeficiência e ecodesign, valorizando recursos e materiais endógenos e as atividades económicas locais.
“Assim, reforça-se o compromisso da Story Studio com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em linha com os requisitos da ‘Biosphere’ e com o reconhecimento enquanto marca ‘Sustainable Engaged’”, como é referido numa nota informativa enviada para o Correio da Guarda.
O conceito de arquitetura adotado estabelece “o compromisso entre o respeito integral da identidade arquitetónica dos imóveis no espaço em que se inserem e a sua adaptação à finalidade turística”. Por outro lado, o processo de reabilitação das casas assegurou a preservação das características arquitetónicas e ambientais, para salvaguarda do património cultural e histórico coletivo desta vila medieval.
Os Story Studio Sortelha são o terceiro ‘capítulo’ desta marca de turismo eco-friendly, depois de Coimbra (centro histórico) e Piódão. Márcia Vilar, promotora do projeto, afirmou que “esta abertura em Sortelha é mais um passo firme da empresa no sentido de concretizar a estratégia de expansão da marca.”
Esta nova rede de alojamento turístico, através de uma identidade própria e de um perfil exclusivo, é também o reflexo da evolução do turismo em Portugal e das, cada vez mais frequentes, preocupações ambientais deste setor, procurando manter e reabilitar o património histórico-cultural milenar português.
Luís Celínio foi nomeado Comendador em Portugal da Ordem do Caminho de Santiago, com responsabilidades no centro do país. Recorde-se que o Presidente do Clube Escape Livre, com sede na Guarda, tinha sido investido em julho de 2022 como Cavaleiro da Ordem do Caminho de Santiago, no decorrer do XXVI Capítulo Geral realizado em Santiago de Compostela.
Assim, no próximo Capítulo Geral daquela Ordem, que terá lugar a 20 e 21 de julho, naquela cidade espanhola, Luís Celínio será confirmado como Comendador para o Centro de Portugal, recebendo do Grão-Mestre da ordem o diploma oficial.
Questionado sobre o que representa para ele esta nomeação, Luís Celínio disse ao Correio da Guarda que “sempre que o trabalho que cada um realiza é reconhecido, há naturalmente motivos de satisfação e orgulho.
Neste caso – acrescentou Luís Celínio – há mesmo entusiasmo por não se tratar de um trabalho, mas sim da paixão pelos automóveis e pelo todo o terreno que me levou a descobrir o Caminho de Santiago e os seus inúmeros atributos.”
Instado pelo CG, a comentar que alcance tem esta nomeação para a Guarda e região, Luís Celínio respondeu que “em termos da Guarda e região o meu compromisso é tornar o Caminho ainda mais visível e interessante para todos com a realização de diversas atividades na região Centro.
E, em Santiago de Compostela a 20 e 21 de julho, no Capítulo Geral da Ordem terei oportunidade de avançar com uma proposta em relação á qual estou a reunir o apoio das entidades civis e religiosas da Guarda.”.
De referir que o Caminho de Santiago foi o primeiro itinerário europeu criado pelo Conselho da Europa em 1987 e reclassificado em 2004 com a categoria de grande itinerário cultural europeu.
O Clube Escape Livre promove e percorre o Caminho de Santiago nas suas iniciativas desde 2010.
Luís Celínio, referência inquestionável na área da informação automóvel, é há 50 anos o produtor do programa radiofónico “Escape Livre”, original exemplo de longevidade no panorama da radiodifusão sonora portuguesa.
Entre 21 e 23 de junho vai decorrer em Alvoco da Serra a Festa do Solstício, considerada a celebração do verão mais autêntica e genuína do país. Caminhada do Lampião, oficinas criativas e sustentáveis, prova de iguarias tradicionais, música e animação prometem animar as ruas engalanadas da aldeia serrana.
A comunidade local e as coletividades preparam-se para dar a conhecer aos turistas e visitantes as melhores iguarias da freguesia "como o arroz doce, porco no espeto, enchidos tradicionais e as sopas".
A Festa do Solstício em Alvoco da Serra tem um vasto programa cultural associado no qual se destaca a Caminhada do Lampião, que acontece na noite de 22 para 23 de junho, o pontoalto da Festa do Solstício. Tal como outrora, os participantes irão percorrer os campos junto à ribeira de Alvoco, pela noite fora, em homenagem aos agricultores, hoje em menor número, que no passado regavam os campos com recurso aos “giros de água” e eram iluminados pela luz de um lampião. Para os habitantes - e em particular para as crianças da aldeia - o verão começava com esta atividade que enche a montanha de pequenos pontos de luz a cirandar.
Foto: Aldeias de Montanha
Para participar na caminhada, o lampião (sem fogo) continua a ser obrigatório, mas já não é necessário ter campo de cultivo em Alvoco. Ao longo dos três dias de festa, à caminhada juntam-se outras tantas atividades, como oficinas criativas e sustentáveis, animação infantil, baile fado mandado, música, palestras e arte de rua.
Decoradas e engalanadas, as ruas da aldeia vão ser pontos de convívio entre todos, habitantes locais e turistas, e onde é possível provar os sabores mais genuínos da região. Nas ruas, a decoração será responsável e sustentável, aproveitando recursos e materiais em fim de ciclo, reutilizando, reciclando e respeitando a Natureza.
A Festa do Solstício e a Caminhada do Lampião é promovida pela Junta de Freguesia de Alvoco da Serra em parceria com todas as coletividades da freguesia. Esta Festa integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha.
Na Guarda foi apresentada ontem a curta-metragem “Discos Pedidos”, realizada por Luís Sequeira. Este trabalho revela a realidade de um dos mais carismáticos programas da Rádio Altitude, nas décadas que antecederam a revolução de 25 de Abril de 1974.
O realizador referiu que o filme “aborda o contexto dos programas de discos pedidos e da forma como eram feitos os pedidos”, por parte dos ouvintes que escolhiam as músicas da sua preferência para ouvirem na rádio.
No filme/ documentário é também evocado o contexto político e social, bem como referidas algumas das músicas que eram alvo da censura e a formas como eram contornados os obstáculos para a sua difusão, por parte dos locutores/animadores de emissão.
A curta-metragem (que contou com a participação de antigos colaboradores e profissionais da Rádio Altitude, como é o caso de Emílio Aragonez) tem exteriores gravados no Parque da Saúde da Guarda, onde funcionou o antigo Sanatório Sousa Martins, e filmagens nas instalações da estação emissora guardense.
Luís Sequeira esclareceu que foram muitas as horas de gravação e as imagens recolhidas só na conversa gravada entre Emílio Aragonez e Albino Bárbara têm cerca de duas horas de duração; tiveram de ser objeto de “muita triagem”, pois tratou-se de um projeto académico, com as exigências daí resultantes.
Contudo, o realizador guardense não exclui a possibilidade de que a informação e as imagens recolhidas possam ser aproveitadas no futuro, ampliando o trabalho em torno desta temática e no contexto da história da Rádio Altitude, que emite, oficialmente, desde 29 de julho de 1948.
Para além de Luís Sequeira na realização, o filme/ documentário contou com participação de Beatriz Lourenço (como assistente de realização), Miguel Rebelo (diretor de imagem), Hugo Marques (montador) e Mariana Sobral (diretora de produção).
“Educar: o futuro nas nossas mãos - Que mudanças?” é o tema das II Jornadas de Educação da Guarda que vão decorrer, nesta cidade, nos dias 8 e 9 de novembro de 2024, organizadas pelo Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque.
“O sucesso da primeira edição é um precioso incentivo para darmos continuidade a este momento privilegiado de partilha e intercâmbio de boas práticas”, refere uma nota informativa da direção do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque a propósito deste evento.
As jornadas destinam-se a professores, educadores, professores estagiários, pais e encarregados de educação, estudantes do ensino superior, pessoal não docente, psicólogos escolares, técnicos superiores de educação, decisores políticos na área da educação, responsáveis de CFAEs e público em geral.
“Apaixonados pela Educação, pretendemos contribuir para um serviço público de educação, inclusivo, diferenciador e de qualidade. Atentos às mudanças no sector da Educação, temos como missão formar cidadãos conhecedores e competentes, detentores de habilidades e atitudes que lhes permitam enfrentar os desafios da vida de forma consciente, crítica, reflexiva e criativa na construção de uma sociedade justa, equilibrada e sustentável”, sustenta a organização das II Jornadas de Educação da Guarda.
“Queremos, desta forma, contribuir para uma abordagem colaborativa da educação, com a finalidade de promover valores, estimular a inovação, melhorar a autoconsciência e a aprendizagem ao longo da vida.” É acrescentado na informação divulgada a propósito desta iniciativa.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.