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Uma noite na Cidade Natal...

por Correio da Guarda, em 27.12.23

Cidade Natal 2023_Guarda_foto HS.jpg

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publicado às 21:46

Madeiro de Natal vai arder na Guarda

por Correio da Guarda, em 24.12.23
 
Hoje, pelas 16 horas, o Madeiro de Natal vai ser o centro das atenções na Praça Luís de Camões, na Guarda.
Como tem acontecido nos últimos anos, a queima do Madeiro de Natal dá o mote para um brinde natalício e desejos de Boas Festas, por parte de quem se associar a esta iniciativa integrada no programa da Cidade Natal.
Na Praça Luís de Camões haverá animação musical (com a Jingle Band) e bebidas e doces regionais típicos desta quadra natalícia.

Madeiro de Natal_Guarda_HS_2023.jpg

 
 
 

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publicado às 00:15

Um território sob o signo da oliveira...

por Correio da Guarda, em 21.12.23

 

A valorização da oliveira e do azeite de territórios como o do Vale da Teixeira, nas proximidades da Guarda, tem sido defendida em diversas iniciativas, algumas das quais recentemente realizadas.

Como foi sublinhado, nomeadamente nas Jornadas do Azeite que no passado mês foram realizadas na Vela (Guarda), a riqueza desta zona continua a estar nas suas terras, no fruto das suas oliveiras de onde é extraído o “ouro líquido”, cartaz de outras freguesias do Vale da Teixeira.

A oliveira, que tem já um dia no calendário, é indiscutivelmente, um ex-libris deste território do interior. O Dia Internacional da Oliveira foi assinalado a 26 de novembro, na sequência da recomendação da UNESCO (organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), na sua 206ª sessão realizada em Paris, no ano de 2020.

Azeitonas_oliveira_HS_.JPG

A importância do Dia Internacional da Oliveira vai muito para além do aspeto cultural, acentuando também o papel desempenhado por essa árvore na proteção ambiental; a sua presença no solo evita a desertificação, protege contra a erosão e aumenta a fixação do dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para proteção da camada de ozono.

É uma árvore cultivada em vários continentes e contribui, diretamente, para o desenvolvimento económico de 57 países, assim como para preservação de recursos naturais. De recordar que os ramos da oliveira estão presentes na bandeira da ONU, como simbolismo da união das nações.

Na Grécia antiga, a oliveira era respeitada como árvore sagrada, carregando significados como paz, sabedoria, abundância e glória dos povos. Em Portugal a oliveira mais antiga do país está situada em Mouchão, Mouriscas, perto de Abrantes; calcula-se que tenha cerca de 3350 anos.

A oliveira é uma árvore com história, marca de uma zona onde se cruzaram vários povos e civilizações, estando mesmo presente na heráldica, nomeadamente da Ramela, uma das freguesias envolvidas nas recentes atividades da sua evocação e do azeite.

Riqueza de um território onde podemos aliar a história, a tradição, uma cultura secular que encontra aqui novos desafios e caminhos. Estudos recentes indicam que Portugal pode ser uma referência na “olivicultura moderna”, estimando-se também que possa alcançar dentro de uma década o estatuto de terceiro maior produtor mundial de azeite. Importa, pois, ganhar o futuro e trabalhar em cooperação, sem adiamentos. “As pessoas e as ideias, como as árvores, são uma harmonia com a hora e o lugar”, como escrevia Vergílio Ferreira.

Dar continuidade a iniciativas como as que decorreram sob o signo da oliveira e do azeite, ampliando outras ações embrionárias e materializar projetos que não tiveram a desejada aplicação prática, mormente na área da olivicultura, é fundamental; sensibilizando proprietários, produtores, populações, instituições, associações com vista à valorização da origem do azeite, da salvaguarda e reforço da tradição, da defesa da qualidade e autenticidade, estimulando a produtividade, implementando plataformas e circuitos de comercialização. Estas iniciativas podem e devem articular-se com as outras atividades (aliadas a uma multiplicidade de ações culturais que se podem juntar, convocando os vários escalões etários e instituições públicas ou privadas), sempre num trabalho em rede. Há que ter determinação. “Tudo é ousado para quem a nada se atreve”, como escreveu Pessoa.

O Azeite é um elemento fundamental na “Dieta Mediterrânica” que recuperou as tradições alimentares dos habitantes da bacia do Mediterrâneo (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia, entre outros). A investigação feita aponta para as vantagens de uma dieta rica em azeite, que pode explicar os baixos níveis de colesterol no sangue e reduzidos índices de doenças cardiovasculares dos povos mediterrânicos, comparativamente aos habitantes da América do Norte e da Europa Central. O azeite atua positivamente contra a gordura, diminui o risco de enfarte cardíaco, contribui para a prevenção de doenças cancerígenas; é importante para um bom equilíbrio alimentar.

Neste território de proximidade vivemos sob o signo da oliveira, árvore sobre a qual António Manuel Gomes escreveu um belíssimo texto, dado a conhecer num espetáculo integrado nas Jornadas do Azeite, realizadas na Vela. “Venho dos lugares mais distantes da memória. Agarrei-me à terra com uma esperança sem fim (…). Seguro uma identidade sábia e serena que retira a pressa ao tempo.” Uma localidade que teve e tem o seu tempo, páginas de história para conhecer.

A Vela já foi uma vila, ainda que por escasso tempo. Fez história, é história. Sucintamente, anotamos que em 2 de janeiro de 1459, D. Afonso V outorgou a jurisdição civil e criminal da Vela a Álvaro de Sousa, mordomo-mor do rei, como já o fora seu pai (Diogo Lopes de Sousa), e elevou esta localidade à categoria de vila. 

“Esta prerrogativa concedia-lhe o direito de a ter a “per si forca, picota como villa per si issemtamente a nenhu luguar sobieita”. Determinava o monarca que Álvaro de Sousa poderia colocar na nova vila os tabeliães que lhe aprouvesse e “que eles se chamem seus”, apesar de existirem algumas ordenações do reino que afirmassem encontrarem-se esses funcionários dependentes directamente da coroa. Este privilégio tinha apenas um carácter vitalício (…)”, como descreveu o historiador Humberto Baquero Moreno. “(…) A reação da cidade da Guarda à elevação da Vela à categoria de vila e à perca da jurisdição sobre a mesma, não se fez esperar por muito tempo. Representou uma viva e imediata contestação à deliberação tomada pela coroa (…)”, acrescentava num trabalho publicado sobre esta aldeia do concelho da Guarda.

Em 6 de junho de 1459 o Rei promulgou um diploma que anulou o documento assinado em 2 de janeiro de 1459. “Ficava assim a Vela privada da sua categoria de vila, situação em que permaneceu teoricamente durante uns escassos seis meses (…)”. E o referido investigador evidenciava que a reação das gentes da Guarda muito tinha a ver com a “riqueza do solo da aldeia (…). A emancipação da Vela conduziria inevitavelmente a um despovoamento da Guarda, na medida em que a maior parte dos residentes desta cidade possuía os seus bens nessa aldeia, sem os quais não poderia subsistir.”

Retomando as palavras iniciais, acrescentaremos que na zona referenciada, há vários caminhos para o desenvolvimento económico e social deste nosso território, onde existem potencialidades, condições climatológicas privilegiadas, campo para linhas de investigação histórica, sociológica e cultural.

Este é um território de esperança em que devemos acreditar, que devemos valorizar, que devemos viver e fruir sob o signo da oliveira, num cenário de harmonia entre passado, presente e futuro…

 

Hélder Sequeira

 

In O Interior | 20 dez 2023

 

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publicado às 22:27

Feliz Natal

por Correio da Guarda, em 20.12.23

Figura1.png

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publicado às 10:00

O papel das mulheres na Imprensa Regional

por Correio da Guarda, em 14.12.23

 

A feminização do jornalismo regional em contexto português: o caso dos jornais centenários” é o título da tese de doutoramento que a jornalista Liliana Carona defendeu recentemente na universidade de Coimbra. A investigação contemplou a análise documental dos 40 jornais regionais centenários (localizados maioritariamente no norte do país) a aplicação de um inquérito a profissionais da imprensa regional, e a realização de entrevistas em profundidade.

Este trabalho permitiu concluir que a composição destes jornais reflete “uma evidente desigualdade de género, nomeadamente no que diz respeito ao número de mulheres a desempenhar cargos de chefia”.

Como foi sublinhado, “apenas 6 jornais têm diretoras mulheres (15%); 40% dos jornais são editados unicamente em papel, ou seja, a maioria tem presença no digital, mas com evidentes dificuldades de modernização tecnológica. Plataformas obsoletas ou não atualizadas”. De referir que 40% destes jornais são semanários e 11 (27,5%) são associados da AIC - Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.

No que diz respeito aos resultados do Inquérito feito a profissionais da imprensa regional, “olhando ao total de respostas do inquérito realizado a profissionais da imprensa regional, concluímos que cerca de metade da amostra (44,3%) em análise, é a favor da inclusão de uma alínea/diretriz, dedicada exclusivamente à igualdade de género, no Código Deontológico dos jornalistas”, adiantou Liliana Carona.

Relativamente aos profissionais da imprensa regional, verifica-se uma população maioritariamente feminina (58,8%), com predomínio dos que possuem 41-50 anos (36,1%), havendo mais mulheres com grau de escolaridade de ensino superior (licenciatura, mestrado, doutoramento): 48,3% homens com licenciatura, 66,1% mulheres.

Jornalista_foto Helder Sequeira_ .JPG

A autora desta tese de doutoramento destaca ainda que “em comparação com as mulheres, um maior número de homens afirma refletir sobre igualdade de género no jornalismo, sendo que do total de respostas, 7% admite nunca ter pensado no tema. 6,7% de homens garantem pensar ‘sempre’ sobre o tema, por oposto a 6,3% de mulheres a indicarem a mesma resposta”.

Os homens ‘concordam totalmente’ (8%) que jornalistas mulheres, em geral, têm mais aptidão para escrever assuntos relacionados com mulheres. As mulheres ‘concordam totalmente’ nessa afirmação, numa percentagem inferior (7%); já 28% dos homens desempenham o cargo de direção editorial, número superior às profissionais do género feminino na função de diretora da publicação (16% de mulheres).

A propósito desta investigação, Liliana Carona acrescentou que as mulheres consideram ter sido mais vezes alvo de discriminação de género, constatando-se uma média mais elevada para as mulheres. Nenhum homem referiu ter sido ‘muitas vezes’ alvo de discriminação por causa do género. 5% das mulheres indica ter sido alvo de discriminação ‘muitas vezes’. De salientar, e de acordo com o estudo em referência, que as mulheres são mais afetadas pela precariedade no jornalismo (24,2% das mulheres afirma ter contrato temporário de trabalho, face a 7% de homens).

Nesta tese é recomendada a definição, no âmbito da Carteira Profissional de Jornalista, do título de jornalista de imprensa regional, apresentando-se também a necessidade de inclusão de alínea específica e exclusiva, no Código Deontológico dos Jornalistas, dedicada à igualdade de género, no que diz respeito às fontes ouvidas.

Nas sugestões apresentadas pela jornalista autora deste trabalho académico, está ainda acentuada a necessidade urgente de “debater e analisar o tratamento desigual nas redações da imprensa regional, que é ocultado e negado”, bem como a importância da aposta na formação e redefinição e clarificação das normas de acesso à profissão.

A implementação de planos para a igualdade de género adaptados ao contexto dos media e jornalismo e o investimento na digitalização dos arquivos dos jornais centenários são outras medidas defendidas.

Liliana Carona, integra o grupo R/COM (Renascença) há 13 anos, enquanto jornalista correspondente na região interior centro, sendo também diretora do jornal Notícias de Gouveia (desde 2015); exerce ainda funções docentes Escola Superior de Educação de Viseu e na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda.

 

HS/CGuarda

 

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publicado às 10:57

Fotografia sem fronteiras

por Correio da Guarda, em 13.12.23

 

Na sexta, 15 de dezembro, vai ser inaugurada na  Galeria do Teatro Municipal da Guarda a edição de 2023 da exposição “Transversalidades – Fotografia sem fronteiras”, promovida pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).

Esta exposição é o resultado do concurso de fotografia com o mesmo nome, promovido todos os anos pelo CEI. Nesta edição contou com mais de 600 concorrentes de 70 países.

Recorde-se que o grande vencedor da edição 2023 foi o fotógrafo alemão Arez Ghaderi, com o portfolio intitulado “On the way to Italy”, um conjunto de imagens que ilustram a saga da travessia marítima de imigrantes africanos rumo à Europa.

Durante a sessão inaugural será também apresentado o catálogo da exposição.

Transversalidades_n.jpg 

 

 

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publicado às 00:26

Registo fotográfico...

por Correio da Guarda, em 12.12.23

Welcome Center_HS -2.JPG

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publicado às 23:50

Guarda: cidade Natal

por Correio da Guarda, em 02.12.23

 

A Cidade Natal é o cartaz da Guarda até ao próximo dia 25 de dezembro com o principal cenário na Praça Luís de Camões.

A abertura oficial ocorreu ontem, pelas 17 horas, seguindo-se a ligação da iluminação natalícia naquele espaço citadino onde, pelas 18 horas,  a Associação Sou Só e o Saint Dominic Gospel Choir apresentaram o espetáculo de multimédia 'aGuarda-me o Natal'.

Cidade Natal_2023_fot Helder Sequeira_.JPG

Para além da Praça Luís de Camões, outros locais da cidade vão ter referências natalícias. Pelas freguesias do concelho da Guarda, e até 17 de dezembro, haverá "Concertos de Natal na Aldeia". "O espírito natalício vai chegar a todas as freguesias do concelho da Guarda, através das músicas de Natal com a colaboração dos grupos de cantares das Associações Culturais do Concelho da Guarda, difundindo os cantares tradicionais da quadra natalícia", refere uma nota informativa divulgada pela autarquia.

De 2 a 17 de dezembro as Igrejas da cidade (Misericórdia, S. Vicente, S. Miguel, S. Pedro, Bonfim, Mileu e Sequeira) recebem os Concertos de Natal na Cidade, com atuações de Angelicus Duo; Duo Contrasti; Diamar; Cláudia Vaz; Alma Mater; Grupo de Coral de Maçainhas; Casa do Povo do Paúl e o Orfeão do Centro Cultural da Guarda.

Cidade Natal_GRD2023_Helder Sequeira.jpg

O tradicional Madeiro de Natal voltará a arder na Praça Luís de Camões na tarde de consoada, 24 de dezembro. No dia 26 de dezembro a povoação de Aldeia Viçosa volta a cumprir a tradição secular do Magusto da Velha, com as castanhas a serem lançadas do cimo da torre da igreja em honra de uma benemérita da freguesia.

Desde de ontem e até 31 de dezembro decorre  o Concurso de Montras de Natal, organizado pela Câmara Municipal da Guarda. "O objetivo da iniciativa é contribuir para a dinamização, promoção, atratividade e divulgação do comércio de proximidade." 

Nos dias 3 e 4 de janeiro, o espetáculo 'O Principezinho' sobe ao palco do Grande Auditório do TMG, especialmente dirigida ao público infantojuvenil do concelho. O programa encerra no Dia de Reis, 6 de janeiro, com o espetáculo 'Vamos Cantar as Janeiras!'

 

 

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publicado às 22:00


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