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Dia de neve

por Correio da Guarda, em 29.01.23

Dia de Neve _Guarda_fot Helder Sequeira .JPG

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publicado às 22:55

Intervenção florestal no Curral do Negro

por Correio da Guarda, em 27.01.23

 

O Movimento Estrela Viva e a GO Romaria - Associação Cultural Gouveense vão organizar no dia 4 de fevereiro, pelas 10h00, uma intervenção florestal e cultural no Curral do Negro, em Gouveia, Serra da Estrela.

A componente florestal desta ação conjunta visa recuperar uma das áreas afetadas pelo Grande Incêndio da Serra da Estrela, ocorrido no passado Verão e que destruiu, recorde-se, mais de um quarto do Parque Natural da Serra da Estrela. A área a intervencionar situa-se em encosta que drena para uma ribeira que fornece água para abastecimento público de uma das maiores aldeias da região, São Paio, e para rega de uma vasta zona agro-pastoril, antes de desaguar no Rio Mondego.

Curral do Verde.png

Por essa razão, a intervenção florestal, que será realizada com o apoio técnico do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Gouveia e da URZE - Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela, centrar-se-á fundamentalmente na limpeza da área ardida e no aproveitamento de sobrantes para a construção de barreiras naturais que travem a força das águas em caso de chuva forte e impeçam o arrastamento de solo fértil. Desta forma, será possível reter água e matéria orgânica na encosta, o que permitirá: o crescimento futuro de um coberto vegetal nestas zonas, a infiltração destas águas em aquíferos subterrâneos, o não assoreamento de uma ribeira crítica para as populações locais e a minimização do risco de enxurradas nessa mesma ribeira.

O  Parque de Campismo Curral do Negro será, posteriormente, "palco" de uma intervenção eco-cultural, que contempla a devolução de uma ave selvagem à natureza pelo CERVAS - Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, um lanche-convívio para partilha de experiências proporcionado pela Junta de Freguesia de Gouveia e um momento musical com a curadoria da GO Romaria, para terminar o dia em beleza, em plena floresta.

A iniciativa é gratuita e aberta à comunidade, mediante pré-inscrição obrigatória.

 

 

 

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publicado às 12:43

Pela cidade...

por Correio da Guarda, em 22.01.23

Avenida da Guarda _HS.jpg

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publicado às 22:26

Para além do sonho interrompido…

por Correio da Guarda, em 21.01.23

 

É como um Santuário, a Guarda. Vêm aí acolher-se milhares de crentes da Religião da Esperança, pedindo o restabelecimento da saúde e da vida; a volta do seu sonho interrompido”. Escrevia José Augusto de Castro, no início do século passado, a propósito desta cidade e do seu Sanatório, que foi uma referência nacional.

A história, as sucessivas reivindicações de salvaguarda de um património ímpar têm merecido um impressionante alheamento ao longo de décadas; no passado ano foi dado a conhecer que os investimentos a realizar no Hospital Sousa Martins estavam centrados nas obras mais urgentes; na mesma altura a autarquia guardense mostrou a disponibilidade de colaboração com o objetivo de se conseguir-se a recuperação dos centenários pavilhões do Sanatório. Ao longo dos meses outras intenções, governamentais ou de responsáveis hospitalares, têm sido expressas, balizando promessas…

Os referidos pavilhões são símbolos de um período difícil em que se travou a luta contra a tuberculose. “Foram anos de luta pavorosa, /porém um dia o triunfo canta e reza”, anotou José Augusto de Castro num dos seus poemas.

Evocamos esta personalidade a propósito da passagem, amanhã (22 de janeiro) do 161º aniversário do seu nascimento.

Natural do concelho da Meda, concretamente da freguesia da Prova, José Augusto de Castro nasceu em1862; foi uma das principais figuras republicanas da Guarda

Durante a meninice aprendeu com o seu progenitor o ofício de alfaiate, profissão que lhe granjeou o sustento, a par do apoio à família, quando – com apenas 14 anos – foi para o Porto. Nessa cidade, fruto dos contactos que manteve, e do ambiente político que se vivia, foi crescendo a sua simpatia e interesse pela causa republicana.

José Augusto de Castro_GRD_1.png

Em 1886 José Augusto de Castro voltou para junto da família, que residia, então, na aldeia do Vale (Meda), mas ali ficou por pouco tempo; decidiu partir para o Brasil, onde estava estabelecido o seu irmão mais velho. Os seus primeiros trabalhos jornalísticos são escritos na Baía, cidade onde singrou no ramo comercial.

Atingido pela tuberculose veio para a Guarda. “A crueldade do Destino não impediu que me envolvesse a bondade de amigos de nobilíssimo coração, a começar pelo Dr. Lopo de Carvalho, o ilustre médico, especialista da tuberculose, que tomou a peito arrancar-me da garra dilaceradora doença temerosa”. Grato ficou também ao Dr. Amândio Paul, segundo diretor do Sanatório Sousa Martins.

Este foi um período que o marcou profundamente, dele tendo ficado numerosas referências na sua produção literária. Na Guarda fundou, em 1904, “O Combate”; este jornal (que dirigiu até 1931) consubstancia a sua personalidade, o ideal republicano, o espírito combativo e a expressividade da sua escrita.

Tendo desempenhado as funções de Secretário da Câmara Municipal da Guarda (a par de outras atividades nesta cidade), José Augusto de Castro, após deixar de dirigir aquela publicação periódica, foi viver mais tarde para Coimbra, onde morreu a 13 de maio de 1942. Os seus restos mortais foram transladados, em setembro do ano seguinte, para a Guarda, a cidade que ele sempre distinguiu. “Outras terras mais lindas há, de certo…/Porém nenhuma fica assim tão perto/ do puro azul do céu de Portugal”.

Anotando, assim, uma efeméride, concluiremos dizendo que mesmo em tempo de céu cinzento e de enormes preocupações não devemos perder a serenidade, capacidade reivindicativa e o sentido das nossas responsabilidades, consentâneas com a gratidão para quantos pensaram, executaram e fizeram da Guarda a cidade da saúde.

É importante a salvaguarda da memória dos profissionais de saúde que ali trabalharam, mas também é justo honrar e valorizar – pensando o futuro, melhores condições, a preservação e o aproveitamento adequado das estruturas físicas, a fixação de clínicos – os atuais.

Hoje, mais do que nunca, é fundamental a cooperação de todos, para ultrapassarmos os problemas do presente, prepararmos (sem demagogia) o futuro da Guarda, recuperarmos o “sonho interrompido”.

 

Hélder Sequeira

 

 

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publicado às 12:00

Rádio em altitude...

por Correio da Guarda, em 18.01.23

 

O papel da Rádio como meio de comunicação, consciência e memória regional não deve ser esquecido, especialmente quando há uma inquestionável ligação afetiva entre as gentes beirãs e uma emissora – Rádio Altitude (RA) – com uma identidade distinta. Este é um ano particularmente importante numa imprescindível reflexão sobre passado, presente e futuro.

Em 2023 completam-se 75 anos após a inauguração oficial da RA, ainda com o indicativo CS2XT. Também este ano, e concretamente a 1 de fevereiro, passa o septuagésimo quinto aniversário da criação do jornal Bola de Neve. Dois projetos informativos e culturais que surgiram no seio do Sanatório Sousa Martins,

O Boletim Bola de Neve (como se definia inicialmente) surgiu a 1 de fevereiro de 1948, tendo como primeiro diretor o Engº Agrónomo Álvaro Martins da Silva. O periódico contou com a colaboração de diversas e eminentes figuras, nomeadamente Amorim Girão, Damião Peres, Nuno de Montemor, Miguel Torga, Joaquim Veríssimo Serrão, Gen. João de Almeida e Ladislau Patrício, entre outros.

Por outro lado, a atividade radiofónica desenvolvida, a partir de 1947, no Sanatório suscitou a preferência de muitos doentes. A rádio era – e é – um fascínio contagiante, acrescido pelo facto de não ser normal a possibilidade de contactar, de perto, com uma emissora de radiodifusão sonora.

A maior parte dos internados, no Sanatório Sousa Martins, que eram admitidos na rádio, designada de “Altitude”, ocupavam-se quer na manutenção técnica dos equipamentos de emissão ou de estúdio, quer no apoio administrativo ou no arquivo de discos e registos magnéticos. Setor onde se podia verificar uma irrepreensível catalogação; apenas os doentes com melhores condições de saúde, e outras características exigidas, eram escolhidos para efetuarem locução ou apresentação de programas.

O Bola de Neve noticiava, na edição de 1 de abril de 1948, que a Caixa Recreativa do Sanatório Sousa Martins tinha adquirido um aparelho emissor. “Poderemos escutar dos nossos quartos as festas realizadas e deliciarmo-nos com música do nosso agrado direto e recrearmo-nos com crónicas de são oportunismo de propósitos inofensivos. Além de que a organização dos programas distrai e desperta curiosidade, Rádio Altitude é mais um elemento de fraternidade entre os doentes do Sanatório – e, em destaque, uma nova regalia da Caixa Recreativa”.

No longínquo ano de 1948 a Rádio Altitude apresentava-se como “Posto Emissor CS2XT” (mais tarde foi-lhe atribuído o indicativo CSB-21), emitindo no comprimento de onda dos 212,5 m e na frequência de 1495 Kc/s.

Rádio Altitude - Microfone antigo - HS.jpg

Frequência na qual começou a ser emitido o mais antigo programa de rádio dedicado ao mundo automóvel, e outrossim à segurança rodoviária.O “Escape Livre” – iniciado em 13 de fevereiro de 1973 – sendo um espaço emblemático da Rádio Altitude é também um original exemplo de longevidade no panorama da radiodifusão sonora portuguesa.

Idealizado por Luís Celínio, este programa surgiu, curiosamente, num ano em que, face à crise energética verificada nessa época, foram proibidas as provas automobilísticas. Ainda estudante do então Liceu Nacional da Guarda, Luís Celínio era já um fervoroso adepto do desporto automóvel; a idade impedia-o, contudo, de conduzir e mesmo a sua pretensão a um veículo de duas rodas foi, pedagogicamente, convertida a favor de uma máquina de filmar, como prémio pelos bons resultados escolares. Este equipamento, que lhe permitiu o registo de inúmeras provas automobilísticas, acabou por constituir o ponto de partida para alguns projetos na área da comunicação social.

No Liceu da Guarda conheceu outro jovem entusiasta pelos automóveis, Francisco Carvalho, que estivera ligado em Trancoso (onde residia com os pais) a uma rádio-pirata local; para a qual idealizara um programa sobre desporto automóvel a que pretendia atribuir o nome de Escape Livre. O plano não foi concretizado e sugeriu esse nome a Luís Celínio, para o projeto deste, a concretizar na Rádio Altitude.

Após algum tempo, depois dos indispensáveis contactos, com a direção (liderada pelo Dr. Martins de Queirós, igualmente diretor do Sanatório Sousa Martins) e com o encarregado geral da Rádio, o programa começou a ser emitido – em onda média – às terças e quintas-feiras, com uma duração de 13 minutos; dois anos depois passou a ocupar sessenta minutos semanais da emissão da rádio, inicialmente às quartas-feiras (entre as 18 e as 19 horas), depois às quintas-feiras entre as 11 e as 12h e, posteriormente, nesse mesmo dia no horário das 18 às 19 horas.

Certamente que estas e outras memórias vão ser evocadas no próximo mês, aquando da passagem de meio século após a primeira emissão do programa Escape Livre, a partir da cidade da Guarda de onde continua a irradiar semanalmente.

Nestas despretensiosas notas quisemos sublinhar três gratas efemérides e, de forma especial, a longevidade de uma estação de Rádio que não pode esquecer os seus novos desafios e desígnios. Em especial num ano que merece ser evidenciado, enquanto marco importante na história de uma das rádios pioneiras em Portugal. Facto que a Guarda não deve esquecer…

 

Hélder Sequeira

 

in O INTERIOR, 18_jan_2023

 

 

 

 

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publicado às 22:52

Uma conhecida referência citadina...

por Correio da Guarda, em 06.01.23

 

Na Guarda faleceu hoje Joaquina Escada, uma conhecida figura da cidade e de inúmeras pessoas que a contactaram mercê  da sua atividade comercial.

Durante 36 anos geriu um negócio que funcionou no Quiosque situado junto à atual Rotunda dos “Efes”, o qual foi demolido em outubro de 2012.

Ti Jaquina _n.jpg

Joaquina Escada era natural do Marmeleiro, freguesia do concelho da Guarda, onde nasceu em 1929, localidade onde terá lugar amanhã o seu funeral. O velório decorre hoje na capela da Casa de Saúde Bento Menni, nesta cidade.

Norberto Gonçalves evocou, em 2011, a figura e o trabalho de Joaquina Escada na publicação “Até a rotunda é da Ti Jaquina”, no âmbito da coleção “O Fio da Memória”.

Quiosque_n.jpg

 

 

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publicado às 11:48

Feliz 2023

por Correio da Guarda, em 01.01.23

Correio da Guarda_ 2023_.jpg

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