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Promoção de vinhos na Guarda

por Correio da Guarda, em 28.05.22

 

A Câmara Municipal da Guarda e a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) vão promover, de 15 a 17 de julho, um novo projeto de promoção de vinhos e do território, designado "Guarda Wine Fest".

O evento, a realizar na Alameda de Santo André, reunirá cerca de 40 produtores de vinho da Beira Interior, a que se juntam representações de duas Denominações de Origem (DO) vizinhas – o Douro e o Dão. De recordar que no distrito da Guarda convivem as três DO, que estão na base de muitos dos mais entusiasmantes vinhos portugueses, por entre nomes incontornáveis e novos valores.

Copo com vinho - HS  .jpg

Os produtores representados apresentarão não só as novidades que estão a lançar no mercado, mas também vinhos icónicos, reconhecidos da generalidade dos consumidores. "Uma oportunidade única de interpelar os autores, captando mais facilmente castas e entendimentos de viticultura e de enologia, viajando no copo por uma multiplicidade de paisagens e lugares especiais", como referido a propósito desta iniciativa.

Nas 'Conversas sobre Vinho', especialistas convidados e provadores da Revista de Vinhos conduzirão os participantes pelos segredos de 'terroirs' de altitude, onde o granito, o xisto e até algum quartzo dão chão a grandes vinhos – pelo equilíbrio entre finura e textura, pela boa acidez natural que eleva o potencial de envelhecimento, pela propensão para harmonizações gastronómicas diversificadas.

O evento convidará dois conceituados chefes de cozinha a protagonizar sessões de show cooking, onde a mestria das técnicas culinárias exponenciará a autenticidade ímpar de produtos autóctones. Em simultâneo, três espaços de restauração estarão em funcionamento durante o evento, com propostas pensadas para exponenciar o melhor de dois mundos – vinho e gastronomia.

 

Fonte: CMG

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publicado às 15:44

Finalistas...

por Correio da Guarda, em 22.05.22

Finalistas 2022 HS -2.jpg

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publicado às 23:13

O Poder dos Museus

por Correio da Guarda, em 18.05.22

 

O Dia Internacional dos Museus é hoje assinalado.

Criado em 1977 pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), este dia (18 de maio) pretende promover, junto da sociedade, uma reflexão sobre o papel dos museus no seu desenvolvimento.

Em 2022 o Dia Internacional dos Museus é assinalado sob o tema “O Poder dos Museus”, tendo subjacente a intenção de explorar o potencial dos museus para produzir mudanças positivas nas suas comunidades. Este objetivo desenvolve-se em três vertentes: o poder de alcançar a sustentabilidade; o poder de inovar nas áreas da digitalização e acessibilidade; o poder de reforçar a comunidade através da educação.

Em Portugal, nas últimas décadas, aumentou significativamente, o número de museus; o distrito da Guarda não ficou fora dessa tendência. A pandemia veio, entretanto, a colocar fortes constrangimentos aos museus, que perderam visitantes e receitas, obrigando à adoção de diferenciadas estratégias e planos.

Claro que a designação de museu implica ter em conta o perfil e as características da instituição museológica. De acordo com o ICOM, por museu deve entender-se “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, que adquire, conserva, investiga, comunica e exibe para fins de estudo, educação e lazer, testemunhos materiais do homem e do seu meio”.

É inquestionável que o museu assume, cada vez mais, um eminente papel pedagógico e didático, afirmando-se, simultaneamente, como um eficaz meio de comunicação. Numa sociedade onde, face às transformações económicas, se dá uma maior atenção à ocupação dos tempos livres, ao turismo e à cultura, compreende-se que seja reforçado o papel dos museus como centros de conhecimento e de ofertas plurifacetadas, aproveitadas pela escola.

As conceções hodiernas do museu têm conduzido, nas últimas décadas, à criação de novos e inovadores espaços museológicos, de temáticas diferenciadas, e outrossim a uma nova prática na forma de expor os objetos e de os fazer “falar”. A nova museologia abriu promissores horizontes, mais abrangentes do grande público.

De um modo geral, as comunidades locais não geram mecanismo e atitudes de salvaguarda dos seus valores patrimoniais, já que do texto legal à atuação prática medeia, como sabemos, uma enorme distância. É que, muitas vezes, falta o primeiro impulso ou a consciência clara do caminho a seguir. É fundamental, neste contexto, desenvolver uma forte sensibilização, das pessoas e entidades, para que não se percam os valores existentes, assegurando a sua transmissão e conhecimento às gerações futuras.

O Museu está no centro deste processo e daí que o seu desenvolvimento tem de passar pelo apoio do público, do cidadão. O empenho e envolvimento dos amigos dos museus assegurará uma imagem diferente destas instituições junto da comunidade. O museu não é, hoje, “um mercado do tempo livre”, na elucidativa expressão de Francisca Hernández Hernández, mas um lugar de convivência e de encontro, na aceção mais lata da palavra. Assim, é fundamental que se amplie o número dos amigos dos museus e se valorizem, cada vez mais, estas instituições.

Nunca será demais sublinhar que “os museus são um importante meio de intercâmbio cultural, enriquecimento de culturas e desenvolvimento de compreensão mútua, cooperação e paz entre os povos”. Hoje, mais do que nunca, importa destacar a cooperação e a paz.

O Dia Internacional dos Museus é celebrado numa data particularmente importante para a Guarda; tenhamos em conta a inauguração do Sanatório Sousa Martins, em 18 de maio em 1907. Uma efeméride de que falamos já neste jornal e a qual gostaríamos de articular com a temática que temos estado a abordar. É que a ideia e a proposta de um Museu do Sanatório Sousa Martins parecem ter ficado pelo caminho…pesem os esforços e a investigação desenvolvida, mormente por Dulce Helena Borges (cujo trabalho é de toda a justiça relembrar).

Exposição sobre o Sanatório .JPG Exposição sobre o Sanatório, realizada no Museu da Guarda (1994), dirigido, então, por Dulce Helena Borges.

 

Será oportuno recordar que, no ano 2000, uma comissão mandatada pela Administração do Hospital da Guarda efetuou o levantamento do espólio que seria destinado a um Museu do Sanatório Sousa. O que seria, desde logo, instituição única, com estas características, a nível nacional.

O trabalho desenvolvido, nessa altura, nos vários edifícios permitiu identificar e inventariar muitos objetos e equipamentos que pertenceram à antiga unidade de tratamento da tuberculose. A relação do material identificado, bem como as atas das reuniões da referida comissão foram oportunamente entregues à direção da unidade hospitalar em referência. Há anos, chegou a ser anunciada, na Guarda a criação do Museu da Saúde, que teria um âmbito nacional. Tempo depois, em Lisboa, foi assinado um protocolo entre o Instituto Nacional de Saúde “Doutor Ricardo Jorge” e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica com vista à implementação de um Museu da Saúde.

Face às mudanças físicas e estruturais operadas nos vários edifícios existentes no Parque da Saúde (e nas intenções que têm sido anunciadas, mas como intenções valem o que valem…), urge acautelar, salvaguardar, o espólio ainda existente, definindo séria e responsavelmente um espaço condizente; honrando também a memória de clínicos cuja atividade profissional engrandeceu a Guarda.

Por várias vezes aqui acentuámos a importância que tem o conhecimento de personalidades ligadas à Guarda, quer pelo nascimento, quer por laços afetivos ou profissionais. O reencontro com essas pessoas e a salvaguarda da sua memória e obra, viabiliza uma valorização citadina, numa simultânea homenagem a quem protagonizou a afirmação e o engrandecimento da cidade.

Fará, assim, todo o sentido recordar médico Lopo José de Figueiredo de Carvalho, a propósito do aniversário do seu nascimento, ocorrido no passado dia 3 de maio; um distinto clínico que está ligada à cidade da Guarda e ao Sanatório Sousa Martins, de que foi o primeiro diretor. Ainda no Parque da Saúde, o outrora denominado pavilhão novo, que ladeia atualmente a Av. Rainha D. Amélia, completa o 69º aniversário; foi inaugurado, a 31 de maio de 1953, ainda com Ladislau Patrício a dirigir o Sanatório.

Pavilhão D. António de Lencastre HS  .JPG Pavilhão D. António de Lencastre, um dos edifícios do Sanatório Sousa Martins (Guarda)

 

Neste Dia Internacional dos Museus, que evoca o poder da instituição museológica, não será despropositado desafiar entidades, investigadores e cidadãos a refletirem e agirem no sentido de não ser apagada uma importante página da história da Guarda do passado século, bem como da história da saúde e da tuberculose em particular.

 

Hélder Sequeira 

 

 

 

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publicado às 12:00

 

Sanatório da Guarda - Pavilhão D.António de Len

O centésimo décimo quinto aniversário da inauguração do Sanatório da Guarda ocorre hoje, dia 18 de maio.

Esta instituição, recorde-se, foi uma das principais instituições de combate e tratamento da tuberculose em Portugal.

A designação de “Cidade da Saúde”, atribuída à Guarda, em muito se fica a dever à instituição que a marcou indelevelmente, ao longo de sete décadas, no século passado.

A Guarda foi, nessa época, uma das cidades mais procuradas do nosso país; a afluência de pessoas deixou inúmeros reflexos na sua vida económica, social e cultural.

A sua apologia como localidade “eficaz no tratamento da doença” foi feita por distintas figuras, pois era “a montanha mágica” junto à Serra. Muitas pessoas (provenientes de todo o país e mesmo do estrangeiro) subiam à cidade mais alta de Portugal com o objetivo de usufruírem do clima de montanha, praticando, assim, uma cura livre, não sendo seguidas ou apoiadas em cuidados médicos.

As deslocações para zonas propícias à terapêutica “de ares”, e a consequente permanência, contribuíram para o aparecimento de hotéis e pensões. Isto porque não havia, no início, as indispensáveis e adequadas unidades de tratamento; uma situação que originou fortes preocupações nas entidades oficiais.

No primeiro Congresso Português sobre Tuberculose, o médico Lopo de Carvalho tinha já destacado os processos profiláticos usados na Guarda.

Este médico foi um dos mais empenhados defensores da criação do Sanatório guardense (do qual viria a ser o primeiro direto), que seria inaugurado, a 18 de maio de 1907, com a presença do rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia.

O fluxo de tuberculosos superou, largamente, as previsões, fazendo com que os pavilhões construídos se tornassem insuficientes perante a procura. O Pavilhão 1 teve de ser aumentado um ano depois, duplicando a sua capacidade.

Um novo pavilhão foi acrescentado, em 1953, aos três já existentes. O Sanatório Sousa Martins ganhou, consequentemente, maior dimensão e capacidade de tratamento dos tuberculosos.

Anotar a vergonhosa realidade dos antigos pavilhões e a passagem dos 115 anos após a inauguração deste Sanatório, não é um mero exercício de memória ritualista. É evidenciar o estado lastimoso em que se encontra o património físico de uma instituição com merecido relevo na história da saúde em Portugal.

Um Santório ligada à solidariedade, à cultura e à história da radiodifusão sonora portuguesa, mercê da emissora aqui criada (Rádio Altitude).

Como já tínhamos escrito, é mais do que tempo para soluções e iniciativas concretas, em prol da reabilitação e aproveitamento desta memória, agonizante, no centro da cidade mais alta de Portugal.

 

Hélder Sequeira

 

 

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publicado às 08:36

"Ruralidades" no Museu da Guarda

por Correio da Guarda, em 08.05.22
 
 
No Museu da Guarda continua patente, até ao próximo dia 22 de maio, a exposição fotográfica "Ruralidades", de Jorge Bacelar.
O foco desta exposição de Jorge Bacelar centra-se nos homens e mulheres do mundo rural que, nos dias de hoje, ainda dedicam as suas vidas a cultivar a terra e a tratar do gado.
Profundo conhecedor deste mundo onde convive com pessoas que muito admira, encontrou na fotografia uma forma de enaltecer e perpetuar a imagem dos agricultores, com quem tem uma relação familiar, de grande amizade e respeito.

Exposição RURALIDADES.jpg

Sem iluminação e sem artifícios, usa a sua lente – a proximidade com as pessoas – para obter as imagens, num cenário tão realista quanto o possível. “Além do rosto, tento captar as mãos, porque elas também falam e contam muito sobre as pessoas, e também o fruto do seu trabalho e os animais com os quais eles convivem diariamente”. Referiu algures que “é neste ambiente que eu encontro a luz que quero, que tenho as pessoas que eu sinto como família”. As imagens expostas mostram uma obra de rara e de singela beleza captada por um olhar único, pleno de humanismo, em permanente e fraterno diálogo com os retratados.
Esta é a forma encontrada pelo autor não só para os homenagear como de dar voz, visibilidade e retirar do anonimato os homens e mulheres simples que teimam em permanecer no campo. Jorge Bacelar nasceu em Figueira de Castelo Rodrigo. É médico veterinário há mais de 20 anos, exercendo a sua profissão na região de Aveiro. Despertou para a fotografia há oito anos. Começou pelas paisagens e depois mergulhou no mundo rural, fotografando a gente que vive da terra, no seu próprio meio, principalmente oriunda da Murtosa, de Estarreja, de Albergaria-a-Velha e de Figueira de Castelo Rodrigo.
Rostos, expressões e poses, com os animais e os produtos da terra a completarem o retrato. Pessoas que já o conhecem por causa do seu trabalho como médico veterinário, facilitando e confiando na sua missão de fotografar: “Gostam do resultado final, sentem-se felizes ao ver as fotos”. Tem recebido importantes prémios e distinções pelo seu trabalho fotográfico, destacando-se, entre muitos outros: Nomination Award HPA 2015, World Photographic Cup 2016, Documentary Award HPA 2017, Concurso Transversalidades 2017, Singapura Photo Cup 2017, Photographic Society of America 2017, Travel Photographer of the Year 2020.
 
Fonte e foto: Museu da Guarda/CMG
 
 
 

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publicado às 22:34

Rua da Torre...

por Correio da Guarda, em 07.05.22

 Porta Torre de Ferreiros GRD .jpg 

 

 

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publicado às 23:10

No aniversário de Lopo de Carvalho...

por Correio da Guarda, em 03.05.22

Lopo de Carvalho - primeiro diretor do Sanatório

Por várias vezes acentuámos a importância que tem o conhecimento de personalidades ligadas à Guarda, quer pelo nascimento, quer por laços afetivos ou profissionais.

Como escrevemos, uma cidade, para além dos seus cartazes monumentais e artísticos mais emblemáticos, pode projetar-se por múltiplas referências a pessoas, que mercê das suas qualidades ou trabalho, nos mais variados campos, devem figurar da galeria de figuras ilustres.

O reencontro com essas personalidades e a salvaguarda da sua memória e obra, viabiliza uma valorização citadina, numa simultânea homenagem a quem protagonizou a afirmação e o engrandecimento da cidade.

Fará, assim, todo o sentido recordar – no dia do aniversário do seu nascimento   -   o médico Lopo José de Figueiredo de Carvalho; uma personalidade que está indissociavelmente ligada à cidade da Guarda e ao Sanatório Sousa Martins, de que foi o primeiro diretor.

Natural de localidade de Tojal (concelho do Satão), onde nasceu a 3 de maio de 1857, Lopo de Carvalho frequentou a Universidade de Coimbra e licenciou-se em Medicina no ano de 1883. Aluno brilhante, no final do curso foi convidado, pela sua Faculdade, a iniciar o doutoramento, proposta que declinou.

Nesse mesmo ano foi trabalhar para a Meda, como médico municipal; aí exerceu a sua atividade profissional, durante dois anos, prosseguida mais tarde na Guarda, passando ainda o seu percurso como clínico pelos Açores (Graciosa) e por Lisboa.

Com a fixação na Guarda (onde residiu até à sua morte) passou também a exercer as funções de professor do Liceu, à semelhança do que aconteceu com outras conhecidas figuras guardenses da época; cedo dedicou à causa da luta contra a tuberculose e a empenhar-se, ativamente, na criação de estruturas vocacionadas para o tratamento daquela doença, assim como no estabelecimento de normas e regulamentos sanitários.

“A defesa contra a tuberculose está regulamentada convenientemente, há muito tempo, na cidade da Guarda e em todo o distrito; o essencial é cumprir-se a lei e isso é da exclusiva competência das autoridades (…). É esta cidade a única no país que regulamentou a sua defesa contra a tuberculose. Os primeiros aparelhos de Trillat (pelo formol sobre pressão), para a desinfecção das casas e das roupas, que vieram para o nosso país foram adquiridos pela Câmara da Guarda por proposta minha”, escreveu aquele médico na resposta a acusações que lhe foram dirigidas por alguns articulistas da imprensa local, cujo entendimento sobre a importância do Sanatório divergia das ideias de Lopo de Carvalho e de quantos o acompanhavam na afirmação e desenvolvimento daquela unidade de saúde.

O primeiro diretor do Sanatório respondia aos seus críticos dizendo que “a higiene não se pode fazer somente em artigos de jornais e ofícios burocráticos. Para se fazer higiene é preciso gastar-se muita água e dinheiro”.

A “Curabilidade da Tuberculose Pulmonar”, trabalho apresentado no Congresso de Medicina de Lisboa, foi uma das suas mais aplaudidas intervenções em reuniões científicas, na maioria das quais levantou a bandeira das potencialidades da Guarda como cidade da saúde. Aquando do “Congresso de Tuberculose” realizado em Londres, em 1901, foi convidado por Sir William Broadbent para a vice-presidência honorária daquele evento científico.

Os seus esforços, conjugados com o apoio recebido da Assistência Nacional aos Tuberculosos, a que presidia a Rainha D. Amélia, conduziram à construção do Sanatório da Guarda, inaugurado em 18 de Maio de 1907.

Lopo de Carvalho seria agraciado, pelo Rei D. Carlos, com a Comenda de S. Tiago. “É de todo o ponto merecida a distinção, que recai sobre um verdadeiro homem de ciência, tisiólogo eminente, que tem sido, no nosso país, um dos mais denodados combatentes contra a tuberculose”, noticiou o Diário Ilustrado. Redator do jornal “Estudos Médicos”, assim como de “Coimbra Médica”, Lopo de Carvalho colaborou também com as publicações “Movimento Médico”, “Revista de Medicina e Cirurgia” e “Medicina Contemporânea”.

O seu consultório funcionou no edifício conhecido (na atual Rua Vasco da Gama) por Dispensário o qual doou, em 1932, ao Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos; na rua que ostenta o seu nome existe uma casa que Leopoldina Lopo de Carvalho (a esposa deste médico) doou à cidade, com finalidades específicas; destinado, inicialmente a Arquivo Distrital nela funcionou um Jardim Infantil com o nome da benemérita senhora; hoje, o edifício ameaça ruína…

Lopo José de Carvalho (pai de outro conceituado clínico e professor universitário, Fausto Lopo de Carvalho) faleceu na Guarda a 6 de julho de 1922.

O jornal Distrito da Guarda, a propósito do seu falecimento, escreveu que “o nome do Dr. Lopo de Carvalho não se perde no passado; o que se perde é a sua inteligência e os seus vastos conhecimentos científicos”. O mesmo periódico, passados alguns anos, destacava os serviços “prestados a esta terra” pelo referido clínico. “E no estrangeiro, onde foi por várias vezes, tomando parte de congressos, ou em viagens de estudo, conhecia-se o seu nome em todas as estâncias de cura de tuberculose. Conhecia-se e admirava-se porque, nesta especialidade, o médico distinto pairava muito acima do normal”.

De entre os trabalhos publicados refiram-se “Seroterapia na Tuberculose Pulmonar”, “Uma Epidemia da Febre Tifóide”, “As causa da Febre Tifóide em Portugal” e “Tuberculosos Curados”, este em co-autoria com Amândio Paul, que lhe sucedeu na direção do Sanatório Sousa Martins.

Relembrar Lopo de Carvalho é reler uma importante página da história da Guarda do passado século, bem como da história da saúde e da tuberculose em particular.

 

Hélder Sequeira

 

 

 

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publicado às 08:30


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