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Uma data significativa...

por Correio da Guarda, em 29.07.21

ANIV.jpg

Uma simples nota para assinalar 13 anos de edição deste blogue. Continuam presentes os objetivos iniciais e são desenhadas, agora, novas ideias. Bem hajam pela vossa leitura...

 

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publicado às 11:05

Rádio Altitude: 73º aniversário

por Correio da Guarda, em 29.07.21

Edifício da Rádio Altitude - Foto HS.jpg

A Rádio Altitude comemora hoje, dia 29 de julho, o 73º aniversário do início oficial das suas emissões.

Esta é uma emissora de muitas vozes e rostos, de sonhos, de diferenciados contributos, afetos, ideias, de originalidades, de presença e solidariedade. A sua génese, longevidade, o percurso ímpar e a matriz beirã conferem-lhe um estatuto especial.

Recorde-se, e como tivemos já a oportunidade de escrever no livro “O Dever da Memória – Uma Rádio no Sanatório da Montanha”, que esta emissora tem interessantes particularidades, originadas no seio das experiências radiofónicas vividas no Sanatório Sousa Martins (Guarda), cerca de 1946.

Nessa altura, as rudimentares emissões circunscreviam-se ao pavilhão onde estava concentrado o grupo de doentes pioneiros deste projeto; com a posterior utilização de novo emissor a aventura radiofónica foi ganhando, progressivamente, maior dimensão.

A 21 de outubro de 1947, Ladislau Patrício (cunhado do poeta Augusto Gil), o segundo diretor do Sanatório, assinou o primeiro regulamento desta emissora, documento onde estavam definidas orientações objetivas sobre o seu funcionamento.

Em finais desse mesmo ano as emissões da Rádio Altitude eram já escutadas na malha urbana da Guarda, cidade que seguiu, com entusiasmo, o início oficial das emissões regulares, ocorrido a 29 de julho de 1948; um ano depois (1949) foi-lhe atribuído o indicativo CSB 21 (emitindo no comprimento de onda de 212 metros e na frequência de 1496 quilociclos por segundo), identidade difundida por várias décadas a partir do alto da serra, “eterna como o sol que alumia o mundo”, na expressão de Nuno de Montemor.

Este escritor guardense fez parte do grupo inicial de ouvintes da rádio; sobre a estação emissora da cidade mais alta de Portugal deixou, aliás, as suas impressões nas páginas de outro projeto informativo/formativo do Sanatório: o jornal Bola de Neve.

Os programas (no ano de 1948) eram, então, emitidos em horários muito circunscritos; aos domingos entre as 17 e as 19 horas e nos restantes dias oscilavam entre as 18h30/19h30 e depois entre as 21 e as 22 horas; nessa altura apenas aos sábados havia emissões no período da manhã, entre as 11h30 e as 12h30. O primeiro aniversário da Rádio, em 1949, foi assinalado com “emissões especiais e extraordinárias”. A imprensa local, destacando o papel e a importância da emissora, salientava a necessidade de ser aumentada a potência “de forma a ouvirem-se as suas emissões em todo o distrito da Guarda”.

O emissor inicial era propriedade da Caixa Recreativa (CR) do Internados no Sanatório Sousa Martins e mais tarde (com a extinção da CR) passou para a titularidade do Centro Educacional e Recuperador da unidade hospitalar vocacionada para o tratamento da tuberculose. Através da criação do Centro Educacional e Recuperador dos Internados no Sanatório Sousa Martins (CERISSM) pretendeu-se auxiliar os doentes, especialmente no que dizia respeito “à sua promoção social e ocupação dos tempos livres”.

No seio dos sanatórios portugueses surgiram, aliás, interessantes projetos radiofónicos – como sejam a Rádio Pólo Norte, no Sanatório do Caramulo e a Rádio Pinóquio, no Sanatório das Penhas da Saúde (Covilhã), para referirmos apenas os mais próximos da Guarda.

O CERISSM foi uma autêntica instituição de solidariedade; para além de viabilizar a afirmação e implantação da Rádio Altitude desenvolveu uma vasta obra assistencial, sobretudo sob o impulso do médico Martins de Queirós, o quarto e último diretor do Sanatório da Guarda.

Em 1961, mediante autorização oficial, a RA passou a ter como suporte económico-financeiro as receitas publicitárias que em muito contribuiriam para o auxílio dos doentes mais carenciados. As emissões evoluíram, ao longo das primeiras décadas em função das disponibilidades técnicas, dos recursos humanos e financeiros, mas encontrando sempre no, crescente auditório, uma grande simpatia e um apoio incondicional.

Emílio Aragonez no Estúdio da RA - decada de 70-

A Rádio Altitude rapidamente alargou a sua área de influência, cativou colaborações, ultrapassou dificuldades, assumiu desafios, enriqueceu a sua programação, protagonizou criatividade, inovou e afirmou decisivas linhas de intervenção formativa e cultural.

Até 1980, a Rádio Altitude emitiu em onda média na frequência de 1495 Khz (abrangendo não só o distrito da Guarda, mas igualmente os distritos de Viseu e Castelo Branco e algumas das suas áreas limítrofes); nesse ano a sintonia da RA passou a ser feita no quadrante dos 1584 Khz.

Rádio Altitude (1978), Guarda, Portugal.jpg

Depois de 1986, e com a liberalização do espectro radioelétrico, passou também a operar as suas emissões em frequência modulada (FM), em 107.7 Mhz, que seria alterada (em 1991) para os 90.9 Mhz, na qual continua a emitir.

No ano de 1998, e depois de ter sido determinada a extinção do Centro Educacional e Recuperador dos Internados no Sanatório Sousa Martins, foi decidida a realização de uma consulta pública, com vista à “transmissão da universalidade designada Rádio Altitude”, considerada a “única estrutura em funcionamento do ex-CERISSM”.

A estação emissora entrou assim, com a sua aquisição por parte da Radialtitude–Sociedade de Comunicação da Guarda, num capítulo novo da sua existência, mantendo a ligação física ao antigo espaço sanatorial (tem os seus estúdios no edifício, onde está ainda hoje, desde o ano de 1953), mas desenvolvendo, desde então, todo um projeto de modernização e linhas programáticas pensadas em função das exigências da sociedade hodierna.

Contudo, não se pode olvidar que esta é uma rádio distinta, de memórias, vivências, amizades, dedicação, de serviço público, de criatividade, de formação; hoje uma rádio global, de futuro.

As emissões radiofónicas passam nos nossos dias, em larga medida, pelo meio digital, num recurso cada vez mais ligado às modernas aplicações e tecnologias. A rádio, a sua forma de estar e responder evoluiu e, felizmente, acaba por estar ainda mais perto, envolvendo o nosso quotidiano; a sua presença pode ser avaliada como plena confirmação de que o meio rádio não pereceu perante o digital e as novas tecnologias. A rádio encontrou novos pilares de sustentabilidade e de maior interação com o seu público.

A generalidade dos equipamentos que usamos no dia-a-dia, desde logo o telemóvel, o tablet ou outras expressões da materialização do progresso tecnológico, facilitam-nos e proporcionam o encontro com a rádio, mas para além das emissões em direto não se podem esquecer as vantagens proporcionadas pelo podcast. Neste contexto, para além de evidenciarmos que esta é uma das novas virtualidades exploradas pela rádio, convém anotar a mudança de paradigma do perfil da rádio local.

Ainda neste ponto, não será despropositado afirmar que a Rádio Altitude nunca esteve confinada a um figurino de rádio local. Recordemos que, enquanto existiram as emissões em onda média (até finais da década de 90 do século passado) – e mercê das condições de rentabilização do seu emissor, face à localização geográfica – o raio de abrangência englobou zonas muito diferenciadas e mais ou menos distantes desta cidade.

Posteriormente, e uma vez mais potencializando as vantagens de emitir a partir da cidade mais alta do país, a rádio projetou as suas emissões muito para além das fronteiras estipuladas nas páginas dos diplomas regulamentadores da atividade radiofónica; ou seja, a identificação como rádio local nunca foi a mais justa, e a dimensão de regional será, em qualquer análise, sempre mais adequada quando se escreve sobre a história da radiodifusão.

Hoje, para além do estatuto conseguido por mérito próprio – e pela sua ímpar longevidade, enquanto rádio que se afirmou a partir do denominado interior do país – a RA atingiu uma nova escala, mercê da realidade tecnológica. Mesmo assim, a Rádio continua a ter um relevante papel como consciência regional; tem, decorrente da sua função social, uma missão importante na gestão da mudança de mentalidades, do esclarecimento do público, do confronto de ideias e da salvaguarda da memória.

Esta função social da rádio deve continuar a prevalecer, mesmo face ao desenvolvimento das tecnologias da informação. A pluralidade de novos canais de informação criou cenários completamente novos, onde se torna fundamental uma atitude de inequívoco profissionalismo, objetivos claros, estratégias adequadas e uma atenção permanente aos desafios tecnológicos.

Esgotados muitos dos modelos tradicionais e modificados os graus de exigência por parte dos ouvintes, torna-se necessário aferir constantemente os projetos e acentuar o espírito criativo, empreendedor.

Os desafios da Rádio são imensos; hoje não é apenas no plano das ondas hertzianas que tem de ser posicionada a proposta radiofónica; a rádio tem de assegurar uma estratégia rigorosa e clara no vasto horizonte da emissão online.

O fortalecimento da sua presença será sustentado, em larga medida, pela atenção à realidade social, económica, cultural e política da região onde a Rádio está sediada. As pessoas, para além do entretenimento ou companhia que a rádio lhes proporciona, querem boas condições de audição, uma informação rápida, em cima da hora ou do acontecimento de proximidade; querem igualmente um interlocutor atento, objetivo e credível, uma rádio com gente dentro, de entrega a um serviço público, solidário, afetivo. Uma rádio que questione, esclareça, atue pedagogicamente, aponte erros, noticie triunfos, sinta e transmita o pulsar da região, chame a si novos públicos.

Sabemos que não é um trabalho fácil, mas o êxito constrói-se com competência, perseverança, humildade, diálogo, criatividade e sentido de responsabilidade.

logo ra.jpg

Ao sublinharmos, hoje, os 73 anos da Rádio Altitude estamos também a evocar e homenagear os múltiplos os contributos pessoais e coletivos que guindaram a RA a uma posição de destaque no panorama radiofónico português e, diríamos, mesmo europeu (pelas décadas de emissões contínuas, pela sua originalidade, subsistência e consciência da sua função social).

Esta é uma marca informativa e cultural da nossa região e da cidade que não a deve esquecer, antes valorizar pela sua história, pelo seu papel, pela sua presença quotidiana. A Rádio será aquilo que quiserem os seus profissionais, se os sonhos forem arrojados, consistentes, capazes de garantirem uma apaixonante continuidade e deixarem uma marca polifacetada e perene.

Parabéns à Rádio Altitude!

                                                                                                                           Hélder Sequeira 

 

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publicado às 00:01

Castelo de Pinhel

por Correio da Guarda, em 25.07.21

Castelo de Pinhel - fot HS.jpg

 

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publicado às 12:55

Pedro Carvalho: na Guarda da Fotografia

por Correio da Guarda, em 23.07.21

 

Pedro Carvalho é um apaixonado pela fotografia e igualmente pela Guarda, onde nasceu.

Como nos referiu, o pai fez despertar nele o gosto por esta cidade e em contribuir para a sua valorização. A fotografia a preto e branco aparece na sua vida em 1990 na Associação Distrital de Jogos Tradicionais da Guarda (ADJTG), no decorrer da IV Festa Internacional dos Jogos, altura em que teve a “oportunidade de aprender a fotografar e a revelar”.

Ao CORREIO DA GUARDA disse que “só mais tarde, com aparecimento das tecnologias digitais” retomou a fotografia “pela necessidade de compartilhar com as pessoas os magníficos espaços” existentes na cidade mais alta de Portugal. E ao longo dos anos, Pedro Carvalho tem feito belíssimos e artísticos registos fotográficos que têm despertado inequívoco apreço.

“Como fotógrafo amador, a fotografia tornou-se uma paixão que me move a continuar a aprender, a evoluir todos os dias.” Afirmou-nos Pedro Carvalho.

 

pedro.jpg

 

Quando surgiu o interesse pela fotografia?

Durante a 4ª Festa Internacional dos Jogos na Guarda, atividade desenvolvida pela A.J.T.G. em 1990, realizava a reportagem fotográfica durante as atividades e à noite, na “camara escura” (uma sala para o efeito), revelava a preto e branco as fotos dos acontecimentos do dia.

Guardabw002pb.jpg

Que géneros de fotos prefere?

Gosto de vários, fotografia de paisagem é a minha preferida, mas gosto de fotografia noturna, de desporto, urbana, etc.

 

Fotografia de rua, paisagem, retrato…?

Paisagem

 

Fotografia a cores ou a preto e branco?

Ambas, acho que se pode transmitir diferentes sentimentos tirando proveito da cor ou da ausência dela

 

Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias?

Sim. No entanto tento cada vez mais trabalhar a imagem na câmara.

 

É um trabalho moroso?

Tudo depende do empenho que pomos no momento da captura, quanto mais trabalharmos os elementos no momento da captura, menos tempo necessitamos da edição.

 

A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos?

Sim, a zona da Guarda é-me particularmente querida. O meu pai ensinou-me a gostar da nossa terra.

Praça VELHA - Pedro Carvalho.jpg

Que outras zonas em especial?

Todas. Em qualquer sítio podemos encontrar imagens que nos transmitem sentimentos.

 

O que gosta mais de fotografar na Guarda?

Símbolos da cidade e o amanhecer.

 

vialacteatorre.jpg

Como têm reagido as pessoas à suas fotos?

Das mais variadas maneiras sendo que a maioria das pessoas costuma gostar.

Se a foto for sobre a cidade as pessoas identificam-se de uma maneira mais expressiva.

 

O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?

Diria que sim, hoje fazem-se muitos clicks, tudo é motivo para tirar uma foto; no entanto a “fotografia” deve ser um pouco mais que um click.

 

Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?

Depende, esta é uma questão antiga. Não precisamos de equipamentos topo de gama para fazer boas fotografias. Existe um infindável leque de conhecimentos que junto com o equipamento fazem uma boa foto.

Costumo fazer esta comparação: um grande piloto corre melhor com um grande carro?...

 

Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?

Sim, hoje existem equipamentos para todos os preços, mas a diferença está no custo para visualizar a fotografia. Antes o preço do rolo e da revelação era bastante caro.

 

Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?

Exposições, workshops e uma maior dinamização dos grupos locais de fotografia.

 

Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?

Vários, mas sem dúvida o conhecer pessoas.

Tenho criado boas amizades através da fotografia.

Trovoada - Pedro Carvalho.jpg

E episódio menos agradável?

Também, principalmente quando uso o drone. Há pessoas que por desconhecimento podem ser deselegantes.

 

Que projetos tem no campo da fotografia?

Estudar sobre pintura dos mestres e suas técnicas, os conceitos por trás da Arte. Se conseguir aprender estes conceitos, tenho a certeza que eles podem melhorar a minha fotografia.

 

 

 

 

 

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publicado às 00:02

Dia Mundial do Cérebro

por Correio da Guarda, em 22.07.21

cerebro.jpg

Foto: DR

 

O Dia Mundial do Cérebro, uma iniciativa da Federação Mundial de Neurologia, comemora-se anualmente no dia 22 de Julho.

Este ano é dedicado a Esclerose Múltipla, doença inflamatória do sistema nervoso central, que afeta mais de 2.8 milhões de pessoas a nível mundial. O contributo dos fatores de risco cerebrovascular no prognóstico da esclerose múltipla vem sendo progressivamente demonstrado.

Tal como para a prevenção primária ou secundária do AVC, o tratamento adequado da hipertensão arterial, diabetes, a redução do peso, o exercício físico adequado e a cessação tabágica são de importância determinante para os doentes com esclerose múltipla. Um bom controlo destes fatores de risco está associado a redução da inflamação e da ocorrência de surtos ou agudizações nos doentes com esclerose múltipla.

Contudo, importa realçar que, independentemente da presença dos tradicionais fatores de risco vascular, em indivíduos com mais de 40 anos, a esclerose múltipla está associada a um risco maior de ocorrência do AVC. Numa meta-análise de 9 estudos com cerca de 380 mil participantes, concluiu-se que em comparação com adultos do mesmo grupo etário, os doentes com esclerose múltipla tinham pelo menos o dobro do risco de sofrer um AVC num ano.

Assim, sendo verdade que a promoção de estilos de vida saudáveis é uma arma universal para promoção da saúde do cérebro, pelo crescente aumento da sobrevida em qualidade dos doentes com esclerose múltipla, é fundamental uma atenção maior na prevenção primária de complicações vasculares, com particular enfase no AVC.

Entre outros, os doentes com esclerose múltipla devem avaliar regularmente a sua tensão arterial, ter pelo menos 150 minutos de atividade física moderada semanal, adotar uma alimentação equilibrada e, quando indicado, cumprir com o tratamento da hipertensão, diabetes ou dislipidémia. O cérebro agradece, contribui para o controlo da esclerose múltipla e ajuda a prevenir o AVC.

 

Hipólito Nzwalo

(Membro da Comissão Científica da Sociedade Portuguesa de AVC)

 

 

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publicado às 08:00

Castelo de Trancoso

por Correio da Guarda, em 21.07.21

Trancoso - Castelo - foto HS.jpg

 

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publicado às 13:00

Consultas online em tempos de pandemia

por Correio da Guarda, em 20.07.21

 

Os Portugueses estão mais recetivos à realização de consultas médicas online do que qualquer um dos outros países na Europa. Contudo, são também os que revelam uma maior necessidade de apoio para gerir sentimentos de ansiedade durante a pandemia, e muitos estão preocupados com as suas profissões e prosperidade futura, de acordo com os resultados do STADA Health Report 2021 – um inquérito, que incluiu 30.000 Europeus presentes em 15 países, sobre um vasto leque de questões relacionadas com a saúde.   

De acordo com a pesquisa promovida pela STADA, aproximadamente 4 em cada 5 pessoas em Portugal (79%) conseguem imaginar-se a serem tratadas por um médico através de teleconsulta, em caso de determinadas doenças menores ou secundárias; mais nenhum país se aproximou deste nível de aceitação. A média europeia foi apenas de 57%.

STADA Health Report 2021 _ Resultados Portugal (1)

Cerca de metade dos inquiridos em Portugal referiram a vantagem da redução do tempo de viagem e espera, aproximando-se do dobro do valor médio do inquérito (25%). Outro terço dos Portugueses revelou-se preparado para dar uma oportunidade a esta dinâmica, dependendo da sua condição de saúde, número este um pouco acima da média (32%) dos outros países. Menos de 1 em cada 10 pessoas em Portugal rejeitaria uma consulta online, pois consideram a interação pessoal com o médico muito importante – este é um resultado muito mais baixo que o encontrado em qualquer outro país.

De facto, nas atuais desafiantes circunstâncias, os Portugueses revelam-se atentos e disponíveis às novas possibilidades tecnológicas.

Utilização das opções online para o aconselhamento médico

 

Mais de um quinto (21%) dos Portugueses afirma ter participado nos últimos meses em algumas consultas médicas, não pessoalmente, mas sim via telefone ou virtualmente. Esta percentagem revelou-se entre as mais altas dos 15 países participantes no STADA Health Report 2021, no qual a média foi 14%; apenas em Espanha e na Polónia se revelou mais prevalente o recurso à teleconsulta.

Simultaneamente, perto de um quarto dos Portugueses (23%) revelou ter cancelado ou adiado nos últimos meses check-ups médicos devido a restrições de contacto ou medo de infeção. A média global do report foi mais baixa apresentando um valor de 18%. Além disso, 1 em cada 10 (10%) em Portugal revelou ter faltado a consultas de rotina para controlo de doenças crónicas.

“Apesar de ser notável o facto dos Portugueses estarem predispostos a experimentar novas abordagens de serviços de saúde, como consultas online, o aconselhamento pessoal por parte de profissionais de saúde, nomeadamente médicos e farmacêuticos, prevalece como essencial para enfrentar as limitações de diagnósticos e tratamentos que se evidenciam no período pós pandemia” comentou Tiago Baleizão, o Diretor Geral da STADA em Portugal. “Através do seu vasto portfolio de produtos farmacêuticos, onde se incluem genéricos, terapias inovadoras e marcas que detêm a confiança dos utentes, a STADA está totalmente empenhada em trabalhar com os seus parceiros para elevar a capacidade de resposta às necessidades atuais e futuras dos doentes portugueses, promovendo o acesso a terapêuticas de qualidade e contribuindo para a sustentabilidade do Sistema de Saúde em Portugal”, reforça Tiago Baleizão.           

No que diz respeito ao Sistema Nacional de Saúde, a população Portuguesa assume-se moderadamente satisfeita. Cerca de três quartos dos cidadãos Portugueses (74%) declarou estar muito satisfeito ou satisfeito com o sistema de saúde do país, colocando Portugal no 10º lugar do ranking dos 15 países que fizeram parte do STADA Health Report 2021, no que se refere a esta temática.

Contudo, os Portugueses estão convictos da resiliência do Sistema Nacional de Saúde. Mais de três quartos da população Portuguesa (76%) acredita que o Sistema de Saúde estaria melhor preparado para uma pandemia semelhante à atual, no futuro. Este foi o resultado mais destacado de confiança entre os 15 países, para os quais a média foi 59%. Apenas 9% dos Portugueses não acredita que seja possível o país preparar-se para uma nova pandemia. Outros 12% dos Portugueses acredita que o Sistema Nacional de Saúde falharia face a uma nova pandemia.

Quando questionados sobre a contribuição dos diversos profissionais de saúde na luta contra a pandemia da Covid-19, 9 em cada 10 pessoas em Portugal (90%) elogiou os médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar; esta foi a proporção mais elevada do inquérito. Numa escala de 1 a 5, três quintos da população Portuguesa (59%) atribuiu a segunda melhor pontuação à Indústria Farmacêutica, tendo apenas os cidadãos do Reino Unido com uma apreciação mais positiva. Mais de metade da população Portuguesa (52%) destacou a importância dos farmacêuticos, resultado acima da média do inquérito que foi cerca de 49%.

Em termos dos efeitos da pandemia na saúde e bem-estar da população, os Portugueses estão entre as nacionalidades que se sentiram mais afetadas.

 

Elevado nível de ansiedade durante a pandemia

 

Em Portugal, aproximadamente metade dos Portugueses (45%) confessou que a pandemia os tornou mais ansiosos do que antes, muito superior à média do inquérito que foi cerca de 29%. Este nível de ansiedade foi apenas coincidente com o da Ucrânia (também de 45%). Além disso, 21% dos adultos Portugueses inquiridos revelaram problemas de sono, resultado também superior à média do inquérito de 15%.

A pandemia causou, claramente, mais preocupações aos Portugueses do que aos outros países da Europa. Quando questionados sobre o que mais os preocupou durante a pandemia, cerca de 3 em cada 5 Portugueses (59%) referiu sentir falta de estar com os familiares e amigos. A média do inquérito para esta questão foi 52%.

Mais de metade da população Portuguesa (53%) mencionou ter medo da doença da Covid-19, bem acima da média do inquérito que foi de 42%. Apenas a Espanha (54%) revelou um valor superior. Além disso, os Portugueses estiveram entre os mais preocupados com o futuro mais concretamente no que se relaciona com o desemprego; mais de 2 em cada 5 (43%) referiu este receio, sendo esta proporção mais elevada do que em todos os outros países, à exceção de Espanha (44%).

Este medo de infeção parece estar refletido naquele que é o plano da população Portuguesa de continuar com as medidas de higienização pós-pandemia.

Mais de um quarto dos Portugueses (27%) planeiam continuar a usar máscara em locais públicos e movimentados após o fim da pandemia – um pouco acima da média do inquérito (22%), embora atrás do Reino Unido, Espanha e Itália. Perto de 2 em cada 5 Portugueses (38%) pretendem manter o distanciamento social, resultado este acima da média de 33%.   

 

 

 

 

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publicado às 22:21

Linhares da Beira

por Correio da Guarda, em 17.07.21

Linhares da Beira - PT - hs.jpg

 

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publicado às 00:02

 
 
A Associação para o Desenvolvimento da Cooperação em Arqueologia Peninsular (ADECAP) vai promover no próximo dia 29 de julho, pelas 21 horas, a conferência "Perspetivas da investigação arqueológica no (/a partir do) Vale do Côa".
Com intervenções de Thierry Aubry, André Santos, Miguel Almeida, Luís Luís, Fernando Barbosa e Marcelo Silvestre, esta conferência será online, aberta, através da plataforma Zoom, podendo os interessados aceder aqui.

Gravuras rupestres - Vale do Côa.jpg

Foto: Museu do Côa

 
Enquadrando esta iniciativa, é referido que "em 1970, o comandante de artilharia Francisco Gozalo Quintanilla publicou o decalque de um cavalo do Cierro de San Isidro que “pudiera ser magdaleniense”.
Foi preciso, no entanto, passar mais de uma década para que Mazouco encetasse a série de novidades que transformaria o panorama da arte paleolítica da bacia do Médio Douro ibérico, culminando, em 1991, na publicação de Siega Verde e com a descoberta dos primeiros motivos gravados no Vale do Côa, cuja cronologia pleistocénica seria ferozmente questionada aquando da sua posterior revelação pública em 1994.
A ausência de evidências arqueológicas do Pleistocénico superior na região (interpretada como evidência de ausência!) enquadrava objeções à atribuição das gravuras ao Paleolítico reveladoras de uma estranha inércia científica e incompreensível confusão acerca das metodologias de datação.
As descobertas do Vale do Côa, porém, viriam revolucionar a compreensão da produção artística das comunidades finipleistocénicas europeias, revelando a existência de sítios arqueológicos coevos e demonstrando estratigraficamente a antiguidade das gravuras.
Por força do próprio objetivo assumido da prospeção (a contextualização da arte rupestre) os primeiros sítios arqueológicos identificados no Côa localizavam-se em terraços aluviais do Côa, indiciando uma preferência pela ocupação dos fundos de vale que a descoberta da Olga Grande 4 e 14 cedo matizaria.
Com efeito, a acumulação de indícios de deslocações importantes, resultando da presença de matérias-primas alóctones, similitudes conceptuais e estilísticas com grupos artísticos distantes e progressiva compreensão da evolução paleoambiental da região viriam a justificar um reforço da prospeção em ambientes topográficos e unidades geomorfológicas distintas, abrindo o caminho para uma perceção global do vasto território do Médio Douro, delimitado por Mazouco, Siega Verde, Côa e Sabor.
Nesta estratégia de investigação, a reconstituição paleogeográfica e ambiental precede metodologicamente a análise paletnológica dos grupos de caçadores-recolectores que ocuparam a região.
Este programa de investigação visa perceber o ciclo anual de exploração deste território amplo, mas também a sua integração em redes socioculturais mais vastas que se estendem pelo menos desde a Estremadura ao centro da Meseta, como denunciado pela origem das matérias-primas líticas identificadas no Vale do Côa e comparações estilísticas inter-regionais das manifestações gráficas.
É no quadro desta abordagem holística que deverá entender-se o carácter estruturante das produções visuais registadas nas rochas como elementos estruturantes destas sociedades pleistocénicas"
 
 
 
 
 
 
 

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publicado às 08:38

Chafariz de Santo André

por Correio da Guarda, em 13.07.21

Chafariz de St. André - HS.jpg

Chafariz de Santo André. Guarda. 

 

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publicado às 22:06

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