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Atualização
A Câmara Municipal da Guarda procedeu hoje ao corte de trânsito na Estrada Nacional nº 18, entre os cruzamentos da Benespera e de Gonçalo. Contrariamente ao que estava inicialmente previsto, foi possível remover ainda hoje as árvores que estavam a colocar em perigo aquele troço rodoviário.
Assim, de acordo com a autarquia guardense, a estrada reabrirá ainda hoje, sábado, dia 30 de janeiro, a partir das 23h00.
Esta interrupção no trânsito automóvel ficou a dever-se ao risco eminente da queda de árvores, havendo assim a necessidade da sua para remoção.
As deslocações dos cidadãos portugueses para fora do território nacional estão proibidas a partir da meia-noite do próximo domingo, 31 de janeiro. Esta proibição está contemplada nas normas que vão estar em vigor no decorrer do novo estado de emergência.
Contudo há algumas exceções, que poderá verificar aqui.
Por outro lado, a partir do dia 8 de fevereiro as atividades educativas e letivas dos estabelecimentos de ensino públicos, particulares e cooperativos e do setor social e solidário, de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário são suspensas em regime presencial.
Na Guarda vai decorrer no próximo dia 8 de fevereiro mais uma recolha de sangue que será feita por uma equipa de profissionais do Instituto Português do Sangue e Transplantação.
A recolha terá lugar no edifício da Escola Superior de Educação da Guarda/IPG, das 10h às 19h com intervalo para almoço entre as 13h e as 14h 30 e conta com a colaboração da ULS da Guarda e do Instituto Politécnico.
Na última ação realizada, no mesmo local, inscreveram-se 105 dadores, efetuaram dádiva 92 voluntários.
Os funcionários do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) realizaram uma ação solidária, no período de 14 de dezembro de 2020 a 8 de janeiro de 2021, tendo conseguido reunir 300 sacos de alimentos, roupa e brinquedos.
O objetivo desta iniciativa foi, precisamente, angariar alimentos, roupa e brinquedos para doar a várias instituições e projetos de solidariedade.
“O momento é difícil e só todos unidos o conseguiremos superar”, é referido numa nota informativa a propósito desta ação que sublinhou o “conhecimento das várias dificuldades que atravessam algumas pessoas, famílias e instituições”.
Em pleno momento de pandemia por COVID-19, “a comunidade do Politécnico da Guarda, em especial os funcionários da Instituição, demonstraram uma enorme solidariedade e união em prol de uma causa”, pode ler-se na informação divulgada.
Assim, foram angariados mais de 300 sacos de alimentos, roupa e brinquedos distribuídos pela ReFood, projeto Dou-te se Vieres Buscar, Caixas Solidárias, ULS-Guarda (para distribuição por utentes carenciados), Aldeia SOS e Cáritas da Guarda.
Segundo o que foi revelado por algumas instituições, aquando da entrega dos bens, os pedidos de ajuda têm aumentado exponencialmente e “é fundamental que todos estejamos atentos às dificuldades de quem nos rodeia.”
Pedro Pinto, um dos responsáveis pela iniciativa, agradeceu o “envolvimento da comunidade do Politécnico da Guarda, mas também de todas as pessoas da região que amavelmente se quiseram juntar e contribuir para o sucesso” desta atividade. “Os efeitos da pandemia têm sido muitos e devastadores e só a solidariedade de todos contribuirá para um mundo melhor”. Acrescentou.
A Câmara Municipal da Guarda deu a conhecer que a escola de Santa Clara, do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, é o estabelecimento concelhio de acolhimento de crianças do pré-escolar ao 6º ano de escolaridade, filhos ou outros dependentes a cargo dos trabalhadores de serviços essenciais.
Fazendo parte deste acompanhamento, a disponibilização das refeições necessárias aos alunos beneficiários dos escalões A e B da ação social escolar, com o envolvimento da autarquia, sempre que necessário.
foto: Helder Sequeira
Esta informação surge na sequência encerramento das atividades letivas e educativas, até ao dia 5 de fevereiro, conforme decidido no Conselho de Ministros do passado dia 21 de janeiro, em virtude da evolução pandémica.
A autarquia guardense informa aindaque a escola de acolhimento está também disponível para receber as crianças e jovens em risco sinalizados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens - CPCJ. De salientar que, sempre que necessário, são também assegurados os apoios terapêuticos aos alunos para quem foram mobilizadas medidas adicionais, salvaguardando-se as orientações das autoridades de saúde. Os interessados podem obter mais informações através dos números telefónicos.
Porta da Torre dos Ferreiros. Guarda.
Serra da Estrela.
“É como um Santuário, a Guarda. Vêm aí acolher-se milhares de crentes da Religião da Esperança, pedindo o restabelecimento da saúde e da vida; a volta do seu sonho interrompido”. Escrevia José Augusto de Castro, no início do século passado, a propósito desta cidade e do seu Sanatório, que foi uma referência nacional.
Evocamos esta figura guardense a propósito da passagem do 159º aniversário do seu nascimento, a 22 de janeiro. Natural do concelho da Meda, concretamente da freguesia da Prova, José Augusto de Castro nasceu em1862 e foi a uma das principais figuras republicanas da Guarda
Durante a meninice aprendeu com o seu progenitor o ofício de alfaiate, profissão que lhe granjeou o sustento, a par do apoio à família, quando – com apenas 14 anos – foi para o Porto. Nessa cidade, fruto dos contactos que manteve, e do ambiente político que se vivia, foi crescendo a sua simpatia e interesse pela causa republicana.
Em 1886 José Augusto de Castro voltou para junto da família, que residia, então, na aldeia do Vale (Meda), mas ali ficou por pouco tempo; decidiu partir para o Brasil, onde estava estabelecido o seu irmão mais velho. Os seus primeiros trabalhos jornalísticos são escritos na Baía, cidade onde singrou no ramo comercial.
Atingido pela tuberculose veio para a Guarda. “A crueldade do Destino não impediu que me envolvesse a bondade de amigos de nobilíssimo coração, a começar pelo Dr. Lopo de Carvalho, o ilustre médico, especialista da tuberculose, que tomou a peito arrancar-me da garra dilaceradora doença temerosa”. Grato ficou também ao Dr. Amândio Paul, segundo diretor do Sanatório Sousa Martins.
Este foi um período que o marcou profundamente, dele tendo ficado numerosas referências na sua produção literária. Na Guarda fundou, em 1904, “O Combate”; este jornal (que dirigiu até 1931) consubstancia a sua personalidade, o ideal republicano, o espírito combativo e a expressividade da sua escrita.
Tendo desempenhado as funções de Secretário da Câmara Municipal da Guarda (a par de outras atividades nesta cidade), José Augusto de Castro, após deixar de dirigir aquela publicação periódica, foi viver mais tarde para Coimbra, onde morreu a 13 de maio de 1942. Os seus restos mortais foram transladados, em setembro do ano seguinte, para a Guarda, a cidade que ele sempre distinguiu. “Outras terras mais lindas há, de certo…/Porém nenhuma fica assim tão perto/ do puro azul do céu de Portugal”.
Anotando, assim, uma efeméride, concluiremos dizendo que mesmo em tempo de céu cinzento e de enormes preocupações não devemos perder a serenidade, capacidade reivindicativa e o sentido das nossas responsabilidades, consentâneas com a gratidão para quantos pensaram, executaram e fizeram da Guarda a cidade da saúde.
É importante a salvaguarda da memória dos profissionais de saúde que trabalharam no Sanatório Sousa Martins, mas também é justo honrar e homenagear – pensando o futuro, melhores condições, a preservação e o aproveitamento adequado das estruturas físicas – todos quantos hoje estão na linha da frente na atual luta contra a pandemia, trabalhando até à exaustão…
Hoje mais do que nunca é fundamental a cooperação de todos, para ultrapassarmos os problemas do presente, prepararmos (sem demagogia) o futuro da Guarda, recuperarmos o “sonho interrompido”. (Hélder Sequeira)
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