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O Instituto Português do Sangues e Transplantações (IPST) alargou o período de colheita no Hospital Sousa Martins, na Guarda. Assim, na terceira segunda-feira do mês de dezembro, dia 16 de dezembro de 2019, as colheitas começam a ser efetuadas às 10 horas e terminam às 18 horas.
Como habitualmente os dadores devem dirigir-se pela entrada da Consulta Externa de Pediatria do Pavilhão 5 e efectuar a sua inscrição junto da equipa multidisciplinar (médico, enfermeiro e administrativo) de Coimbra, que tratará dos procedimentos habituais. A ULS da Guarda disponibiliza estacionamento gratuito no parque subterrâneo aos dadores de sangue nos dias das colheitas mensais.
De referir que Hospital Sousa Martins (Guarda) é uma das unidades de saúde que acolhe mais dadores voluntários todos os meses. Na última recolha inscreveram-se 84 voluntários, tendo 73 efetuada a dádiva e 11 ficaram suspensos, pelo que foi alargado o período da colheita.
Fonte: ULS da Guarda
O Comando Territorial da Guarda da GNR vai comemorar no Sabugal, no próximo dia 1 de dezembro, o Dia da Unidade. O programa que se iniciou ontem, 26 de novembro, integrará a exposição ‘História da GNR’, que vai estar patente na sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal desde esse dia até 8 de dezembro, um mês com particular significado para esta força de segurança.
De facto, e como já tivemos o ensejo de escrever , num anterior apontamento, a chegada dos primeiros elementos da Guarda Republicana à cidade mais alta de Portugal ocorreu em 2 de dezembro de 1914, tendo sido festivamente assinalada pelas entidades locais e população.
O jornal “O Combate” narrou que o dia “estava de rigoroso inverno, caindo uma chuva impertinente” o que não impediu de, à entrada da cidade, afluir “muito povo com a bandeira da Infantaria nº 12, irrompendo em manifestações entusiásticas ao chegar da força”, comandada pelo capitão Cesário de Augusto d’Almeida Viana, tendo como “subalterno o sr. Alferes João Afonso de Miranda, 1º sargento sr. João Batista Cardoso de Brito, 7 segundos sargentos, 126 cabos e soldados e 1 corneteiro”.
Recriação da chegada da GNR à Guarda, na passagem do 100º aniversário. Arquivo.
Os elementos desta companhia (4ª de Infantaria), e de acordo com o que divulgou a imprensa citadina, foram, depois, distribuídos por “Aguiar da Beira 5 praças, Almeida 7, Celorico da Beira 5, Figueira de Castelo Rodrigo 5, Fornos de Algodres 5, Foz Côa 9, Gouveia 9, Guarda 12 de cavalaria e 22 de Infantaria, Manteigas 5, Meda 7, Pinhel 6 de cavalaria e 8 de infantaria, Sabugal 9, Seia 10, Trancoso 7”.
Na cidade da Guarda parte dos elementos da força ficaram no edifício da Câmara da Guarda (onde funciona atualmente a Escola de Santa Clara) e os restantes nas instalações do antigo “colégio jesuítico”, hoje Paço Episcopal da Diocese da Guarda, na Rua do Encontro.
A 31 de Outubro de 1914 tinha sido pedida, à “Comissão de Execução da Lei de Separação do Estado das Igrejas, a cedência da casa onde esteve o colégio das Irmãs Doroteias”, na altura desabitada, “para instalar provisoriamente a Guarda Republicana” até que fossem concluídas as obras de adaptação que a autarquia estava a realizar.
Nessa época, a cidade era uma “aldeia grande, com as mil deficiências que caracterizavam os pequenos burgos do interior: seriam pouco mais de seis mil os seus habitantes, acantonados no velho bairro de São Vicente, com a cidade nova a querer romper pelo Campo de S. Francisco, Bonfim e Arrabalde” como escreveu José Maria de Almeida. Descrevendo, depois, o quadro citadino, o articulista refere-se a uma terra quase parada no tempo. “Sem água canalizada, sem esgotos, com os deficientes hotéis de Abel Ferreira de Abreu (Hotel Central) e de José António dos Santos (Hotel Santos), a luz elétrica de fraca potência, escasso policiamento, sem cafés modernos, apenas com a recriação oferecida pelo Teatro dos Bombeiros, pelo Club Egitaniense, frequentado pela alta burguesia, e o Grémio Sande e Castro pelos caixeiros, pequenos comerciantes e funcionários públicos, a Guarda era, tinha de ser mesmo, uma cidade morta, polvilhada de tuberculosos, espalhados pelas casas de doentes, como a da Tamanqueira, da Etelvina ou da Chica, modestas e deficientes pensões, situadas à ilharga da cidade”.
A esta realidade acresciam o clima político e social subsequente à implantação da República, numa cidade onde se desenrolaram, ao longo dos anos seguintes vários episódios que testemunharam múltiplos antagonismos.
A vinda da GNR para a Guarda assumiu grande importância. No texto a propósito da chegada desta força de segurança, o jornal O Combate acentuava acrescentava que “obrigados somos a constatar que a instalação da Guarda Republicana entre nós representa um valioso benefício regional, por ele merecendo os mais calorosos louvores a Comissão Executiva da Câmara e o ex.mo Governador Civil do Distrito, que se esforçaram, com vigor e tenacidade pela sua realização”.
O jornal descrevia, depois, que à estação de caminho-de-ferro da cidade foi, pelas 11 horas e 30 minutos “a Comissão Executiva e ali o ilustre Presidente, nosso amigo sr. César Paul, fez ao ex.mo Comandante da Guarda as apresentações, depois de estralejarem no ar inúmeros foguetes”. A partir da entrada da cidade, onde como já dissemos estava uma enorme multidão, organizou-se um cortejo que seguiu até aos “Paços da Câmara onde se instalava parte da Guarda Republicana, indo a outra parte para o edifício que foi colégio jesuítico. Pelas 15 horas foi servido jantar aos sargentos e todas as praças, oferecido pela Câmara. O ex.mo Governador Civil ofereceu jantar aos oficiais, tendo como representantes da Câmara o ilustre Presidente da Comissão Executiva sr. César Paul, e o vereador sr. tenente Francisco Esteves da Fonseca”.
A partir desta histórica data, a Guarda Republicana abriu um novo ciclo no policiamento e segurança do distrito, mais tarde com novos postos e seções. Em 1917 a 4ª Companhia passou a integrar as seções da Guarda, Pinhel e Gouveia; a partir de 1920, e já integrada no Batalhão nº 5, com sede em Coimbra, foram sendo instalados novos postos. Em 1993, com a reorganização implementada no seio da GNR, a 4ª Companhia passou a ser designada por Grupo Territorial da Guarda (passando as secções a Grupos Territoriais)
A reestruturação resultante do novo quadro legal definido em 2007 implicou a passagem do Grupo Territorial para Comando Territorial da Guarda, a quem foram atribuídas novas e acrescidas responsabilidades, reatando, por assim dizer, o papel que teve a 4ª Companhia da GNR.
Ao evocarmos esta efeméride estamos a recordar algumas das páginas da história da Guarda, cidade e corporação, destacando a necessidade de um amplo estudo sobre a génese dos postos que existiram no nosso território, a sua evolução, o papel desempenhado na segurança das populações, a origem e mobilidade dos seus efetivos, os percursos das patrulhas nos mais recônditos lugares, os fardamentos, as condições de trabalho e uma multiplicidade de episódios resultantes da sua atividade operacional. (Hélder Sequeira)
“Fotografia Documental” é o tema da conferência a proferir na Guarda, no próximo dia 7 de dezembro, pelas 14h30, por Daniel Rodrigues.
Este fotojornalista, vencedor do World Press Photo, falará do seu trabalho, das suas viagens e histórias por trás de algumas das suas imagens e reportagens.
Daniel Rodrigues, tornou-se fotógrafo profissional após passagem pelo Instituto Português de Fotografia (2010), iniciando a carreira no jornal Correio da Manhã.
Em 2013 venceu o primeiro prémio do World Press Photo, na categoria Daily Life; posteriormente ganhou dois terceiros prémios como Fotógrafo do Ano, um em 2015 e outro em 2017. Neste mesmo ano foi também distinguido como Fotógrafo Iberoamericano do Ano pelo POY-Latam, entre outros. Atualmente, colabora com o New York Times, onde publica regularmente desde 2015.
Esta conferência integra-se no programa do III Encontro “Imagem & Território – Fotografia Sem Fronteiras”, organizado pelo Centro de Estudos Ibéricos.
A VII Feira Ibérica do Turismo (FIT) vai realizar-se na Guarda de 30 de abril a 3 de maio de 2020. O período para inscrição dos expositores está já a decorrer, terminando a 30 de março.
Este ano a FIT tem Cuba como país convidado.
Na Guarda termina hoje o IX Encontro Nacional de Produtores de Mirtilos, que está a decorrer, desde ontem, no Teatro Municipal desta cidade.
Esta iniciativa, organizada pela Cooperativa Agroguarda, juntou na Guarda reúne na Guarda os profissionais do setor e integra ciclos de palestras sobre a produção, comercialização e distribuição de mirtilos no panorama nacional e internacional.
Foto: Pedro Pinheiro
Foto: António Tedim
No Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda (TMG) vai estar patente, de 6 de dezembro a 3 de janeiro, uma exposição de fotografias de António Tedim, organizada pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
“20 olhares, 20 fotografias, 20 concurso e 20 prémios” é o tema desta exposição de António Tedim, para que a fotografia “é liberdade, é um testemunho e um modo de ver a vida”.
António Tedim tem como temas preferidos o fotojornalismo, “é um fotógrafo de rua, da cidade, mas que também gosta de se perder na natureza e nas paisagens”.
O interesse pela fotografia surgiu tarde, mas rapidamente se tornou uma paixão feita com arte. Amador, tem dedicado uma boa parte do seu tempo à fotografia, quer fotografando, quer no estudo da técnica.
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai promover na Guarda, nos dias 6 e 7 de dezembro, a terceira edição do Encontro “Imagem & Território: Fotografia sem Fronteiras”.
Este encontro conjuga diversas atividades em torno da temática da fotografia e do território, desmultiplicadas por várias iniciativas, nomeadamente exposições, debates, mostras e apresentação de publicações.
De acordo com a informação divulgada pelo CEI, o envolvimento ativo na cooperação territorial, o seu comprometimento com os territórios de baixa densidade, particularmente os mais periféricos e de fronteira, conjugado com a importância que a imagem assume nas sociedades contemporâneas, levou-o a assumir o projeto Transversalidades - Fotografias Sem Fronteiras.
O projeto tem por objetivo “dinamizar a cooperação e a inclusão dos territórios, romper com a exclusão e invisibilidade a que estão votadas vastas regiões do país e do mundo”.
O programa pode ser consultado aqui.
Guarda. Rua do Comércio.
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