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Em Manteigas vai decorrer de 22 a 24 de novembro o VI Festival de Fotografia de Paisagem – Imaginature 2019, organizado pelo município local.
Neste ano, o festival – que se destina a todos quantos gostam ou se dedicam à fotografia de paisagem – tem como fio condutor o tema “Imagens (que) marcam o lugar”. Como refere a organização, a paisagem “é uma criação social. Apenas existe quando cada um de nós a contempla, quando cada ser humano a aprecia, quando a sociedade a defende como sendo a sua casa e a sua identidade. A paisagem será sempre o lugar que habitamos.”
Na informação divulgada a propósito desta iniciativa é acentuado depois que a fotografia, “veículo por excelência da representação visual, desde cedo abraçou a paisagem como um dos seus sujeitos preferidos. O fotógrafo de paisagem produz imagens que revelam mais do que a representação gráfica do lugar para onde aponta a sua objetiva. Cada vez que faz uma fotografia articula a memória subjetiva e cultural da sua paixão pela terra que pisa. Ao mostrar a paisagem da forma mais efetiva que consegue contribui para a divulgação e a preservação dos lugares e da sua identidade, incitando à sua visita.”
Este festival, através de um leque multifacetado de fotógrafos, vai apresentar diferentes abordagens à promoção da paisagem e à utilização da fotografia como meio privilegiado na difusão da identidade cultural dos lugares que habitamos e visitamos.
Os interessados podem obter mais informações, conhecer o programa e fazer a inscrição, aqui.
A Câmara Municipal de Manteigas vai promover, de 8 a 10 de novembro, o Festival de Outono.
Esta iniciativa tem por objetivo a promoção e divulgação da gastronomia local e de todas as potencialidades naturais, “numa estação do ano onde as cores douradas dão outro colorido às encostas e vales”, como foi referido pela autarquia.
O desfile de moda «Manteigas Dourada», centrado nas cores do Outono, promete ser arrojado e inovador, logo na primeira noite do certame, dia 8 de novembro. Nessa mesma noite, o espetáculo do Rouxinol Faduncho garante animação e muita gargalhada.
O dia 9 de novembro será marcado pela realização do Trail «Trilhos do Burel», que irá percorrer veredas e caminhos do Concelho em três diferentes distâncias (36km, 25km e 13km), bem como uma caminha de 13km, cujo evento conta com a parceria da Associação Desportiva de Manteigas e do Grupo BTT de Manteigas.
A Prova das Sopas de Outono encerra a tarde do dia 09 de novembro, um concurso que irá levar à mesa os melhores sabores locais da época, numa iniciativa conjunta com o Agrupamento 232 São Pedro - Manteigas - Corpo Nacional de Escutas.
O dia 10 de novembro inicia-se com a saída de campo «Conhecer e Reconhecer Cogumelos Silvestres e Plantas Aromáticas e Medicinais», com recolha e exposição posterior dos exemplares no recinto do Festival. Para o início da tarde está agendado um showcooking promovido pela Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas.
No final da tarde do último dia do evento, o público será convidado a participar no Concurso «Doce e Salgado de Outono» e no «Magusto e Prova de Jeropiga Caseira».
Uma das novidades da edição do Festival de Outono deste ano é a implementação do Cantinho do Chefe, onde os mais novos vão ter oportunidade de assistir a um espetáculo de magia temática de comida, ateliers de showcooking, experiências na cozinha e caça ao tesouro.
Fonte: Câmara Municipal de Manteigas
De entre as figuras que se destacaram na Guarda, da primeira metade do século XX, sobressai o médico Ladislau Fernando Patrício, nascido, nesta cidade, a 7 de dezembro de 1883 (faleceu em Lisboa na noite de Natal de 1967).
Ladislau Patrício, depois de concluídos os estudos secundários na Guarda, frequentou o ensino superior em Coimbra, onde conviveu com alunos das diversas Faculdades, alguns dos quais se distinguiram mais tarde, “pela vida fora, no campo das ciências, das artes, das letras e da política: António Sardinha, Alfredo Pimenta, Hipólito Raposo, Veiga Simões, Alfredo Monsaraz, Vicente Arnoso, Carlos Amaro, Cândido Guerreiro, Ramada Curto, João de Barros e outros”.
Concluiu a formatura em Medicina a 30 de setembro de 1908. Depois de uma passagem por Loulé, no ano seguinte regressou à Guarda. Em 1910 desempenhou as funções de Vice-Presidente da Comissão Executiva do Centro Republicano da Guarda, presidida por seu cunhado, o poeta Augusto Gil. Em vários artigos publicados na imprensa, sobretudo no jornal Actualidade, Ladislau Patrício denotava o seu ideal republicano e alertava para algumas dificuldades ao nível da consolidação do novo regime.
Por altura da primeira guerra mundial, o médico guardense foi nomeado diretor de um sanatório para soldados tuberculosos, instalado no antigo colégio dos Jesuítas, em S. Fiel, nas proximidades de Louriçal do Campo, onde esteve entre 1917 e 1919. Regressando à sua terra natal e à atividade clínica, começou a trabalhar, três anos depois no Sanatório Sousa Martin, instituição de que foi diretor, a partir de 1932 e até 1953.
Neste Sanatório, para além da atividade como clínico e diretor, mostrou o seu empenhado em apoiar e desenvolver, em finais da década de quarenta, a radiodifusão sonora no seio daquela unidade de tratamento da tuberculose. As experiências radiofónicas que se desenharam a partir de 1946 foram ganhando nova forma, consistência, despertando interesse e apoios. A necessidade de comunicar, de partilhar o tempo e de o tornar menos cruel naquele ambiente da doença, era cada vez mais acentuada.
No ano seguinte, com data de 21 de outubro, foi estabelecido um regulamento para a estação emissora da Caixa Recreativa do Sanatório Sousa Martins, onde estavam contempladas regras precisas para as emissões radiofónicas.
É Ladislau Patrício que aprova, enquanto diretor do Sanatório, esse documento, que publicámos no livro “O Dever da Memória – uma Rádio no Sanatório da Montanha” (2003). A “estação emissora da Caixa Recreativa denomina-se Rádio Altitude e destina-se a proporcionar aos doentes do Sanatório certas distracções compatíveis com a disciplina do tratamento.” Definia esse documento, de grande significado para essa estação emissora que passou a funcionar “sob administração directa da Comissão Administrativa, que nomeará um dos seus membros para Director dos respectivos serviços.”
De acordo com o referido regulamento, fundamental para o desenvolvimento de emissões regulares (a inauguração oficial da Rádio Altitude ocorreu a 29 de julho de 1948), “os produtores, locutores e operadores serão pessoas em condições suficientes de saúde para exercerem as respectivas funções e os nomes serão apresentados à Direcção do Sanatório para aprovação”.
Numa grelha que, à época, tinha como principal programa o “Simpatia”, preenchido “com os discos pedidos pelos radiouvintes” era regulamentado que “não deve exceder metade da emissão total, enquanto for organizado diariamente. (…) As dedicatórias que acompanhem os pedidos devem ser escritas por forma a facilitar a locução e não poderão ir além de 50 palavras, tratando-se de prosa, ou de 16 versos, se os solicitantes adoptarem poesia. (…) As dedicatórias deverão ser correctas e de harmonia com o carácter de relações existentes entre pessoas decentes e serão apresentadas até às 14 horas (…)”.
O médico Ladislau Patrício, que se afirmou também como como ensaísta e escritor, está indissocialvelmente ligado à história da radiodifusão em Portugal e da Rádio Altitude em particular. Recordar este documento, setenta e dois anos depois, é lembrar um distinto guardense e o apoio que deu a um projeto radiofónico que continua a dar voz à Guarda e região…
(Hélder Sequeira)
No Sabugal vai decorrer nos próximos dias 2 e 3 de Novembro o Naturcôa, um evento dedicado à fotografia e centrado nas riquezas naturais e culturais daquele concelho.
O programa integra comunicações de Anabela Paula (bióloga), Domingo Lopes (engenheiro florestal e arquiteto paisagista), Kitato (jornalista do Público e instagramer), Luís Quinta (fotógrafo e realizador de história natural), Ricardo Guerreiro (fotógrafo e realizador de documentários sobre natureza) e Rui Gaiola (fotógrafo).
Os interessados podem obter mais informações aqui.
Guarda. Alameda de Santo André.
Na Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai decorrer, nos próximos dias 25 e 26 de outubro, o I Congresso sobre Gestão e Inovação em Saúde Escolar.
Este congresso, organizado pela ESS e coordenação do curso de mestrado em Enfermagem Comunitária, tem como objetivos fundamentais facilitar o conhecimento e intercâmbio internacional de experiências entre agentes do espectro da Saúde Escolar; divulgar modelos de intervenção em Saúde Escolar e promover a partilha e reflexão de práticas em Saúde Escolar.
Por outro lado, pretende divulgar também divulgar, maioritariamente, projetos desenvolvidos no âmbito da Saúde Escolar em Portugal e em Cabo Verde, bem como retratar a Realidade da Saúde na Região Autónoma da Madeira e do Açores, e promover a partilha de experiências relevantes em diferentes Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) portuguesas.
O Congresso contará com um vasto leque de palestrantes, oriundos de diferentes organismos nacionais e internacionais, de entre Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) portuguesas, de profissionais da ULS da Guarda, do Ministério da Educação de Cabo Verde, do Governo Regional da Madeira e dos Açores e da Ordem dos Enfermeiros.
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