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"Evidências coloniais ou sinais de Abril ?" é o tema da tertúlia que terá hoje lugar, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, Guarda.
Esta tertúlia contará com a presença do sacerdote Joaquim Teles Sampaio, pároco (em 1973) em Macuti, Moçambique, que irá falr da sua vivência em terras africanas no período colonial pré 25 de Abril de 1974.
Recorde-se que Teles Sampaio e Ferrnando Mendes foram alvos da PIDE e presos na sequência da denúncia dos massacres contra populações nativas, mormente em Mucumbura.
A tertúlia é aberta a todas as pessoas interessadas.
A recente visita do Presidente da República a Espanha, e porque estamos a poucos dias de ser assinalado mais um aniversário do 25 de Abril, remeteu-nos para a recordação de que a Guarda constitui um marco de referência no processo de normalização das relações luso-espanholas, após a revolução portuguesa.
A realização da Cimeira entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Espanha, respetivamente Melo Antunes e José Maria Areílza colocou a Guarda, em 1976, no centro das atenções informativas, nacionais e internacionais. A destruição da Embaixada espanhola em Lisboa, no ano anterior, tinha gerado um período de tensão entre os dois países ibéricos.
Havia a necessidade de reativar as relações entre Portugal e Espanha e daí que a diplomacia tenha trabalhado nesse sentido, programando um encontro entre os ministros do Negócios Estrangeiros, para 12 de fevereiro de 1976.
Como noticiou a imprensa, “o encontro na Guarda fora mantido secreto até à meia-noite anterior. Até à tarde da véspera, nas duas capitais ibéricas constava que a reunião teria lugar em Estremoz. A Guarda escolhida para palco deste encontro, após os acontecimentos que toldaram as relações luso-espanholas, situa-se assim no ponto de partida de uma nova era de convivência peninsular. Já se fala, e com toda a razão, no “espírito da Guarda”. Afinal é desde há muito o “espírito” que domina as relações entre guardenses e espanhóis; espírito de concórdia e entendimento, de amizade, de compreensão mútua.”
Ainda segundo o relato do jornal citadino, numa manhã de sol claro e vento muito frio “o ministro espanhol foi aguardado em Vilar Formoso pelo ministro português. Eram 9,30 horas. Os dois diplomatas viajaram até à Guarda num helicóptero português que sobrevoou a cidade para logo em seguida aterrar na parada do R.I. 12. Os jornalistas não foram autorizados a entrar no quartel, aguardando à porta de armas onde estava montado um dispositivo de segurança, a saída das comitivas.”
(D.R)
De acordo com o comunicado conjunto, divulgado após esta cimeira, “os dois ministros assinaram um acordo sobre a delimitação da plataforma continental, um acordo sobre a delimitação do mar territorial e da zona contínua, e, ainda, um Protocolo adicionado ao acordo sobre o aproveitamento do troço internacional do Rio Minho. No decurso das conversações caracterizadas pelo espírito de amizade e boa vizinhança que os dois governos desejam dar às suas relações, foi passado em revista o estado das relações culturais entre os dois países (...).
No domínio das questões fronteiriças, examinou-se, de modo especial o projecto de construção de uma ponte internacional sobre o Rio Guadiana entre Vila Real de Santo António e Ayamonte (...). Exprimiu-se o desejo mútuo de uma maior colaboração técnica e administrativa em matéria aduaneira, com o objectivo de facilitar o tráfego internacional entre os dois países (…)”.
Os pontos acordados, e constante do comunicado final, foram, contudo, secundários dado que o essencial foi garantir um clima de entendimento e a afirmação de pontes para um novo ciclo de relações entre Portugal e Espanha.
Como escreveu César Oliveira, “o espírito da Guarda mais não foi do que o esforço luso-espanhol para ultrapassar as tensões e a carga de potenciais conflitos entre os dois Estados, na segurança de que em Espanha parecia ser irreversível o caminho para a democracia (…)”.
Na Guarda da memória, esta cimeira assume um relevo especial e enriquece a história da mais alta cidade de Portugal. (H.S.)
(in O Interior, 19 de Abril de 2018)
Guarda. Parque urbano do Rio Diz
(Foto: Município de Figueira de Caselo Rodrigo)
A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo deu início às obras de requalificação da Torre de Almofala onde será também edificado o Centro de Interpretação responsável pelo acolhimento, receção e informação do visitante deste Monumento Nacional.
A intervenção contemplará uma sala de exposição e apresentação de conteúdos explicativos e interpretativos assim como elucidativos dos vastos valores patrimoniais, culturais e ambientais de Figueira de Castelo Rodrigo e Vale do Côa, bem como os melhoramentos das suas acessibilidades.
Janela interior da Sé Catedral da Guarda.
A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo vai assinalar, a 18 de abril, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítio.
A referida autarquia vai organizar visitas guiadas, com personagens históricos, a Castelo Rodrigo, mediante inscrição prévia.
Por sua vez, a Associação Ribacudana irá associar-se a esta data, realizando no dia 15 de abril, uma visita guiada às ruínas do Castelo de Monforte (Bizarril).
A UTC de Desporto e Expressões do Politécnico da Guarda está a promover um ciclo de tertúlias, dedicadas ao tema da empregabilidade e procura do primeiro emprego na área do Desporto.
A primeira sessão decorreu dia 3 de abril e as próximas vão ter lugar a 7 de maio e 4 de junho, pelas 21 horas, no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão.
Estão confirmadas as presenças de Bruno Rosa, da Faculdade Motricidade Humana de Lisboa e Assessor do Programa Nacional de Promoção da Atividade Física, Ricardo Oliveira, da Escola Superior de Educação de Viseu e Pedro Pinto (Instituto Politécnico da Guarda).
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