A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, vai iniciar 2017 dedicando o destaque do mês ao poeta Eugénio de Andrade.
Nesse âmbito, a BMEL programou duas exposições, uma conferência, uma oficina de expressividade discursiva, uma conversa com Arnaldo Saraiva sobre o documentário "Coração habitado", a exibir na altura, e sessões de contos para os mais novos a partir da obra Aquela nuvem e outras.

Eugénio de Andrade, natural da Póvoa da Atalaia, Fundão, foi um dos maiores poetas portugueses contemporâneos, tendo obras publicadas em várias línguas.
A sua vida literária teve inicio em 1939, ao publicar Narciso, o seu primeiro poema. Em 1942 lança o primeiro de muitos dos seus livros, que valeram ao poeta diversas distinções entre as quais o Grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito), bem como o Grande Prémio da Poesia da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Camões.
As iniciativas iniciam-se a 5 de janeiro com a abertura ao público das exposições Eugénio de Andrade: a raiz das palavras (mostra bibliográfica composta por algumas das obras mais marcantes do autor, por referências na imprensa, em enciclopédias e noutras publicações) e Variações sobre o corpo: homenagem de José Rodrigues a Eugénio de Andrade (composta por 26 desenhos do artista plástico José Rodrigues).
Coração habitado é o nome do documentário sobre Eugénio de Andrade, a exibir no dia 6, às 18h00, após uma introdução ao mesmo por Arnaldo Saraiva.
Neste documentário, feito por Arnaldo Saraiva e pela Fábrica das Imagens para o Instituto Português do Livro e da Leitura, são exibidos depoimentos e contributos de poetas e ensaístas, acompanhando ainda o poeta num roteiro de memórias e locais marcantes na sua vida.
Já no dia 19, pelas 18h00, o professor da Universidade do Minho e autor da obra A metáfora em Eugénio de Andrade, Carlos Mendes de Sousa, estará na BMEL para proferir a conferência Eugénio de Andrade: no prato da balança um verso basta, tema inspirado, segundo o conferencista, nos dois versos que abrem o livro com o título Ofício de Paciência: No prato da balança um verso basta / para pesar no outro a minha vida.
Ainda no âmbito do ciclo dedicado a Eugénio de Andrade, realiza-se no dia 21 de janeiro, das 9h00 às 17h00, uma oficina sobre expressividade discursiva, destinada a atores, declamadores, professores e locutores.
A oficina será orientada pelo ator residente do Teatro Nacional D. Maria II, encenador e professor de voz e dicção João Grosso, que fará, às 18h00, uma apresentação pública do trabalho desenvolvido, à volta de poemas de Eugénio de Andrade. Mas os mais novos também terão a oportunidade de contactar com a obra do poeta. Aquela nuvem e outras de Eugénio de Andrade é o livro escolhido para dar a conhecer às crianças dos Jardins de Infância, das escolas do 1º CEB e das ATL’s, nas sessões da Quinta dos Contos de janeiro, nos dias 12 e 26.
Fonte: BMEL