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Mateus Miragaia é o convidado para a conversa “A Minha Vida dava um livro” que terá lugar a 20 de Setembro, pelas 18, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda.
Nascido em 25 de Outubro de 1941, em Donfins do Jarmelo, Mateus Filipe Miragaia é, atualmente, o único a fazer tesouras de tosquia no país, arte que começou a aprender com cerca de 15 anos.
A entrada, para esta iniciativa promovida pela BMEL, é livre.
Foto: Telma Miragaia
Ao longo das últimas décadas, e como consequência dos inúmeros fogos florestais, têm desaparecido, importantes parcelas de manchas verdes e outrossim de espécies autóctones.
Na ausência ou a lenta resposta em termos de reflorestação – pelo menos de forma eficaz, sustentada e gradual – aumenta, anualmente, a extensão do território com um desolador panorama de áreas enegrecidas e agrestes, erguendo os gestos trágicos de uma floresta extinta.
Os recentes incêndios ocorridos, por todo o país – alguns com dimensão assustadora que exigiram, uma vez mais, um esforço hercúleo por parte dos nossos bombeiros – sublinharam a tragédia, a par de levantarem múltiplas questões, sistemática e teimosamente reeditadas…
As outrora anunciadas, e rapidamente esquecidas, medidas de reflorestação mostraram, na prática, a inconsistente persistência das intenções oficiais, relegando sempre para os períodos do martírio das florestas e haveres das populações a retórica circunstancial das boas e pragmáticas medidas; as palavras e o propalado empenho, fenecem logo após se apagarem as chamas e se afastarem as televisões do “teatro das operações”…terminologia que já aborrece, de tanta utilização e perante o ar teatral de alguns protagonistas…
Fazer o confronto entre o património florestal de ontem e a realidade de hoje não é tarefa difícil, pois as evidências estão ao alcance dos nossos olhares, por mais restritos que sejam alguns horizontes.
É trágica esta falta de intervenção, real e sistemática, neste sector, como se a floresta e o ambiente não fossem duas importantes e insubstituíveis riquezas do nosso País, onde parece haver, por parte de muitas entidades e departamentos oficiais um incrível alheamento pela preservação e aumento das zonas verdes, numa contínua cedência aos interesses económicos.
Em contrapartida, aumenta a mancha de desertificação e perecem muitas das peculiaridades e belezas paisagísticas, resumidas à fotografia de arquivo ou às memórias individuais, impotentes perante a evolução dos tempos; não podemos ficar presos aos mais mediáticos (mas inconsequentes) projetos de reflorestação mas interessa ir mais além, desenvolver uma ação quotidiana, sistemática e global.
Repensar o nosso património florestal e construir novos horizontes – onde o verde seja uma cor associada a montes e vales desta terra, em que alguns continuam a acreditar, mesmo com a apatia de muitos poderes – é uma tarefa urgente; caso contrário, estaremos a progredir para o fatal desaparecimento das nossas aldeias e vilas, perdendo, gradualmente, um dos poucos bens que alguns ainda nos reconhecem: a qualidade do ambiente... Neste, como noutros assuntos, importa reavivar as memórias.
E por falarmos em memória, é importante que não se esqueçam as imagens do trabalho e esforço dos nossos bombeiros, a sua abnegação, o risco permanente em que colocam as suas vidas…
Os nossos Bombeiros, pelo seu exemplo, pelo seu papel em prol da sociedade, pela sua coragem não devem apenas ser enaltecidos e apoiados apenas nestes períodos de horror e tragédia; devem ter sempre o nosso profundo respeito, apreço, apoio e gratidão!... (H.S.)
In O Interior, 18|Agosto|2016
Em Sortelha vai decorrer, de 23 a 25 de Setembro, o evento temático denominado “Muralhas com História”, promovido pela Câmara Municipal do Sabugal.
A edição deste ano evocará o espírito trovadoresco do séc. XIII-XIV, proporcionando uma viagem ao quotidiano medieval, complementada com mercado de época, tabernas, ofícios ao vivo, teatralizações contínuas, música ao vivo e espetáculos.
Organizado pelo Centro Cultural da Guarda vai realizar-se, nesta cidade, no próximo dia 13 de Agosto, o 36º Festival de Folclore da Guarda.
Esta iniciativa, integrada no programa do "Verão em Alta", decorrerá na Alameda de Santo André, a partir das 21h30.
Foto: Artur Lópel Llana
Arturo López Illana (Madrid/Espanha) é o autor do portefólio vencedor da quinta edição do Transversalidades – Fotografia sem Fronteiras, promovido pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
Este concurso decorreu entre 11 de março e 31 de maio de 2016, e, segundo a organização “alcançou resultados quantitativos e qualitativos que atestam a maturidade e valia da iniciativa: foram submetidas cerca de 700 candidaturas (mais do dobro do ano passado) e a sua penetração aumentou ao atingir mais de 30 países representados.”
No tema “Património natural, paisagens e biodiversidade” foi vencedor o portefólio apresentado por João Pedro Costa (Portimão), enquanto na categoria “Espaços rurais: povoamento, atividade, modos de vida” o vencedor foi Teo Liak Song (Johor Bahri / Malásia). No tema “Cidade e processos de urbanização” o portefólio vencedor é da autoria de Luz (Madrid/Espanha); na temática “Cultura e sociedade: diversidade cultural e social” o destaque foi para Arez Ghaderi (Sanandaj /Irão)
Este foi um concurso predominantemente jovem (mais de 40% dos concorrentes tem menos de 30 anos), equilibrado em termos de género (mais de 40% dos concorrentes são do sexo feminino), com elevada participação de profissionais (fotógrafos, fotojornalistas, jornalistas, designers e ligados às artes, etc.).
De acordo com a organização deste concurso, “é de sublinhar que, embora predominem concorrentes de Portugal (30%) e do Brasil (28%), é relevante a presença da América Latina (16%), sobretudo a Argentina com 7%, e dos Países de Língua Portuguesa (especialmente Moçambique)”.
No Museu de Vilar Maior (Sabugal) vai ser inaugurada no próximo dia 10, pelas 18 horas, a exposição permanente daquela unidade museológica.
"A criação do Museu de Vilar Maior surgiu da necessidade de expor condignamente o espólio recolhido ao longo dos anos pela professora Maria Delfina Marques, tendo sido inaugurado a 22 de agosto de 1998, sob a tutela da Associação Cultural, Desportiva e Social de Vilar Maior", de acordo com informação divulgada pela Câmara Municipal do Sabugal.
A partir do espólio existente e do objetivo definido no Projeto Museológico criado, foram traçadas as linhas condutoras da nova exposição permanente tendo dois fulcros principais: o edifício e as peças.
A história do edifício é contada através de algumas peças pertencentes ao conjunto, e o restante espólio (etnográfico, documental e religioso) foi dividido por vários núcleos, através da conjugação de objetos e grafismos, criados para o efeito, resultando em diversas áreas: a casa rural, o trabalho do campo, o ciclo do linho, os ofícios (barbeiro, alfaiate/costureira, carpinteiro), o rito litúrgico, a Misericórdia de Vilar Maior, enquadrados pela documentação gráfica e fotográfica (também pertencentes ao acervo) que revelam os traços da história da localidade.
Fonte: CM Sabugal
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