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Na Galeria de Arte do Paço da Cultura está patente até ao próximo dia 12 de Setembro a exposição Morcela da Guarda – Tradição, saber e sabor.
Esta é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal da Guarda e da Associação Pró-Raia.
Através do registo fotográfico e videográfico pretende guardar-se para memória futura a tradição da matança do porco e do fabrico da morcela, que, apesar de não ter hoje a importância que assumia há algumas décadas, ainda se encontra em muitas aldeias do concelho da Guarda.
A exposição pode ser vista de terça-feira a Sábado, das 14h00 às 20h00.
O prazo de candidaturas à oitava edição do Prémio Eduardo Lourenço decorre até ao próximo dia 30 de Setembro.
Este galardão, instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos, com sede na Guarda, destina-se a premiar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.
O prémio (no montante de dez mil euros), será atribuído por um júri constituído pelos membros da Direcção do Centro de Estudos Ibéricos (Reitor da Universidade de Coimbra, Reitor da Universidade de Salamanca e Presidente da Câmara Municipal da Guarda) e por mais oito personalidades sendo, no presente ano, presidido pelo Reitor da Universidade de Salamanca.
Recorde-se que nas anteriores edições foram distinguidas personalidades como Maria Helena da Rocha Pereira, professora catedrática de cultura greco-latina (2004); Agustín Remesal, jornalista (2006); Maria João Pires, pianista (2007); Ángel Campos Pámpano, poeta (2008); Jorge Figueiredo Dias, professor catedrático de direito penal (2009) e os Escritores César António Molina (2010) e Mia Couto (2011).
Qualquer pessoa ou instituição pode enviar propostas de candidatura para o Centro de Estudos Ibéricos.
O regulamento ser consultado em www.cei.pt
Fonte: CEI
No âmbito da campanha de divulgação do projecto Guarda Prestige, a Associação Comercial da Guarda - ACG colocou, recentemente, um “outdoor” de grandes dimensões na zona da Sé Catedral.
Este painel informativo, criado a pensar especificamente nesta zona da cidade, e com motivos alusivos ao património arquitectónico da cidade, foi pensado também para embelezar aquela zona da cidade, onde se situa há vários anos um imóvel em condições de avançada degradação.
De acordo com a ACG, estão previstos outros suportes de comunicação estáticos, colocados nos principais pontos do Distrito, sendo este o primeiro a ser colocado.
A ACG pretende desenvolver, com este projecto, uma estratégia de promoção das actividades económicas e do tecido empresarial da Guarda, criando factores de competitividade e envolvimento entre os empresários, qualificando-os e sensibilizando-os para a modernização e afirmação dos seus negócios.
O património do distrito nem sempre merece a devida atenção por parte dos seus naturais e residentes que, em muitos casos, procuram lugares distantes na procura de outras realidades.
Aqui, por perto, encontram-se diversos monumentos de arquitetura militar que são testemunhos de épocas passadas e reencontro com a nossa história. Se por um lado o seu conhecimento representará, para os visitantes, um enriquecimento cultural e identitário, por outro fomentará a dinamização das localidades ou sítios onde estão construídos, incrementando o turismo interno, com todas as vantagens daí decorrentes.
Das várias propostas que poderemos formular, acerca do património monumental deste distrito, deixamos, a título de exemplo, a histórica fortaleza de Almeida, assim como algumas breves anotações.
A importância da fortaleza de Almeida cedo foi reconhecida; após o primeiro de Dezembro de 1640, o rei D. João IV ordenou a sua reparação, face aos momentos e às difíceis contendas que se avizinhavam.
Desde logo ficou perceptível o papel preponderante que Almeida ia ter no processo bélico de manutenção da independência. A vila foi transformada em sede do quartel-general do Governador de Armas da Beira, constituindo-se na mais importante praça do reino português.
D. Álvaro de Abranches, um dos conjurados da Revolução de 1640 e membro do Conselho de Guerra de D. João IV, foi o primeiro Governador de Armas de Almeida, empenhando-se, de imediato no seu eficaz guarnecimento, rentabilizado o sistema de fortificações de que estava dotada.
Mais tarde a história de Almeida cruza-se com as célebres, quanto dramáticas, invasões francesas. Destas, a terceira incursão, conduzida por André Massena, foi a que deixou marcas mais profundas na denominada “Estrela de Pedra”.
Após a conquista de Ciudad Rodrigo (Espanha), em 10 de Junho de 1810, pelas tropas francesas o objectivo do exército invasor era o domínio da praça portuguesa, que teria cerca de 2000 habitantes e estava guarnecida com 5 000 soldados e 115 peças de artilharia. Com a aproximação das forças francesas, o comando do exército anglo-luso apelou aos habitantes para abandonarem as suas casas e levarem os seus haveres.
Nos primeiros dias de Agosto de 1810 o Marechal Massena mandou avançar o Oitavo Corpo do exército francês, sob o comando de Junot, dando início ao cerco de Almeida, a 10 de Agosto, cuja guarnição militar era chefiada pelo coronel inglês Guilherme Cox, sendo Tenente-Rei o almeidense Francisco Bernardo da Costa.
O cerco decorria há 17 dias quando, ao cair da noite, uma granada francesa provocou uma explosão em cadeia que destruiu o paiol principal, onde estavam armazenadas 75 toneladas de pólvora; centenas de mortos e enormes danos no interior da fortaleza foi o balanço imediato da tragédia. Na manhã seguinte, 27 de Agosto de 1810, Massena exigiu do comandante inglês a rendição imediata da praça, o que acabou por suceder nessa noite.
A fortaleza de Almeida, em estilo Vauban, tem uma planta em forma de estrela irregular, integrando seis baluartes: o de S. Francisco, São João de Deus, Santa Bárbara (designado também de Praça Alta), do Trem (ou de Nossa Senhora das Brotas), Santo António e São Pedro, articulados com idêntico número de revelins.
O conjunto monumental, deste baluarte beirão, encontra-se rodeada por largos e profundos fossos. Para além das majestosas Portas de Santo António e São Francisco destacam-se no complexo desta fortaleza abaluartada as casamatas, espaços subterrâneos cuja estrutura e solidez os tornava imunes às bombas da época.
No interior do perímetro amuralhado encontra-se o Quartel das Esquadras que ficou a dever-se ao Conde de Lippe (Frederico Guilherme de Schaumburg-Lippe), edifício onde estiveram instaladas forças de infantaria; a antiga Casa dos Governadores da Praça de Almeida; o edifício do Corpo da Guarda Principal (onde funciona a Câmara Municipal), a Igreja da Misericórdia, a Casa dos Vedores Gerais, a Casa da Câmara e o Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto (actual Igreja Matriz) são outros edifícios emblemáticos desta vila do distrito da Guarda. H.S.
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