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O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, tem levantado a sua voz contra várias realidades e situações que merecem o seu repúdio, a par da condenação por parte da sociedade.
Na quadra natalícia não deixou de afirmar que uma das causas da crise está relacionada com “os jogos de interesse que continuam a fazer-se nas costas do povo, envolvendo sobretudo decisões políticas, económicas e financeiras”.
Na sua recente mensagem, o prelado egitaniense apontou as “atitudes egoístas de muitos que só procuram defender os seus interesses e do seu grupo, sem respeito pelo bem comum e pelos direitos de todos”.
Para o Bispo da Guarda há a necessidade de ser denunciada a “falsidade do princípio, para muitos indiscutível, de que o bem-estar das pessoas coincide com o elevado consumo de bens materiais” salientando, por outro lado, que se nota uma grande falta de sentido de responsabilidade “relativamente ao uso dos recursos materiais que se têm e mesmo que se não têm, o que está a provocar níveis desastrosos de endividamento das pessoas, das famílias e mesmo do país.”
D. Manuel Felício evidenciou ainda a existência de “baixos níveis de educação para a cidadania” bem como o facto de as iniciativas de participação no desenvolvimento pelo trabalho não serem elevadas”. Apontou, também, que as escolas “ainda conseguem transmitir alguns bons níveis de informação, mas quando se trata de ajudar os alunos a elaborar boas decisões e levarem-nas à prática, com eficácia, revelam muita dificuldade.”
Na perspectiva do Bispo da Guarda, o facto de sermos o país da Europa “em que a percentagem de jovens licenciados à procura de emprego é das mais elevadas, se não mesmo a mais elevada”, em nada ajuda.
O factor mais decisivo para o desenvolvimento das sociedades continuam a ser, afirmou, as “pessoas bem preparadas e com carácter, capazes de estabelecerem objectivos bem definidos e procurarem os meios indispensáveis para os atingir, incluindo a capacidade de sacrifício”.
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