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“A importância do fotojornalismo na democracia” é o tema da palestra de Alfredo Cunha agendada para o dia 26 de abril, na Biblioteca Municipal de Celorico da Beira.
Do percurso de Alfredo Cunha – nascido em Celorico da Beira – destacam-se as fotografias mais icónicas dedicadas ao 25 de abril de 1974, à descolonização portuguesa dos territórios africanos, ao PREC, à queda de Nicolae Ceausescu na Roménia e à Guerra do Iraque. Publicou diversos livros de fotografia, tendo sido fotógrafo oficial dos Presidentes da República Ramalho Eanes e Mário Soares e colaborado em diversos jornais e revistas.
“As suas fotografias eternizaram importantes momentos da história, nomeadamente aqueles que permitiram a chegada da democracia ao nosso país.” É referido a propósito desta atividade, organizada pela Câmara Municipal de Celorico da Beira, no âmbito das Comemorações do 25 de abril.
No Sabugal vai ter lugar, nos próximos dias 25 e 26 de abril, o espetáculo/caminhada Aurora “Um percurso teatral até ao nascer do sol”,
Este espetáculo tem início, pelas 6 horas, no Museu do Sabugal, tendo uma duração de setenta e cinco minutos.
A nova criação dos Gambozinos e Peobardos - Grupo de Teatro da Vela celebra a revolução de Abril, propondo ao público o desafio de “se deixarem guiar através de um caminho que começa na escuridão e que se dirige aos primeiros raios de luz, ao “dia inicial inteiro e limpo” de que nos falava Sophia de Mello Breyner.”
No final da caminhada/espetáculo as vozes cantadas e a música “acompanharão a aurora solar, a luz espantosa e efémera.”
Fonte e foto: CM Sabugal
O “Culto Privado das Almas” foi a temática do percurso pedestre que a Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG) promoveu no passado dia 5 de abril, nas aldeias de Trinta, Corujeira, Fernão Joanes e Meios (concelho da Guarda). Uma iniciativa que foi realizada em parceria com o município guardense.
Como foi referido a propósito deste percurso, pretendeu-se levar os participantes à descoberta do património cultural material e imaterial, mas também do património natural daquela área do concelho da Guarda, num trajeto de sete quilómetros. A AJTG já no ano passado tinha promovido (a 23 de março) o “Percurso das Alminhas” que com início na Menoita passou por várias localidades da freguesia de Pêra do Moço: Menoita, Rapoula, Pêra do Moço e Verdugal; com incidência no património local e na identificação de alminhas.
Singelos monumentos expressivos da religiosidade popular, as “Alminhas” constituem um património ímpar que não tem merecido a devida atenção e a necessária salvaguarda; deste modo, iniciativas como esta protagonizada pela Associação de Jogos Tradicionais da Guarda são de registar, aplaudir, incentivar e apoiar.
Na nossa região existem inúmeros testemunhos do culto das almas, sob diversificadas manifestações de arte e nos mais distintos lugares, embora os caminhos e as encruzilhadas tenham constituído locais privilegiados para a sua implantação.
A representação do Purgatório num oratório, retábulo ou painel, com chamas envolvendo as almas que suplicam aos santos e apelam ao auxílio das preces de quem passa, materializou-se, inicialmente em pinturas, a partir do século XVI; conheceu uma maior difusão no século seguinte, no território português, com maior incidência a norte do Mondego (a sul essa manifestação artística ficou, muitas vezes, no interior das igrejas e nas capelas das Irmandades).
Embora alguns estudiosos desta temática sustentem que as “Alminhas” se tenham inspirado e sejam uma herança das “civilizações clássicas de Roma e Grécia que nas suas deambulações já haviam erguido monumentos junto às estradas para devoção aos seus deuses”, sabemos que a origem das alminhas surge na Idade Média.
A partir do Concílio de Trento,1563, a ideia do Purgatório (anteriormente, e em especial nos primeiros séculos do cristianismo existia apenas o Céu e o Inferno) é imposta como dogma, atitude que é interpretada como uma resposta da Igreja Católica à reforma implementada pelos protestantes. Assim, o Purgatório surgia como um local (entre o Céu, para os bons, e o Inferno, para os maus) onde as almas passavam por um estado, forçado, de purificação. Aliás, estas manifestações de religiosidade popular e de arte eram, simultaneamente, um alerta permanente para a fragilidade da vida, perante a certeza da morte.
As “Alminhas” eram erguidas, normalmente, por iniciativa individual como homenagem, em memória de familiares ou no cumprimento de promessas. Esta devoção popular atravessou séculos e embora a meio do século passado tenha sido evidente um rejuvenescimento através da introdução da azulejaria (e alterado o culto inicial para manifestação de fé em santos da predileção pessoal), muitos destes pequenos monumentos, mercê do tempo e da desertificação das regiões, caíram no esquecimento e em progressiva degradação.
“Ó vós que ides passando, lembrai-vos de nós que estamos penando”… Este apelo, inscrito em inúmeras “Alminhas”, bem pode ser, na atualidade, dirigido a todos nós que temos esquecido este peculiar património (não são conhecidos muitos mais exemplos – com exceção para alguns casos, raros – na Europa), disperso por caminhos, muros, pontes, campos, estradas…
Assim, o projeto da AJTG centrado no “Culto Privado das Almas” é um eminente contributo para a salvaguarda, estudo e defesa deste património que pode ancorar uma diversidade de roteiros, mas também suscitar investigações contextualizadas em épocas ou tipologias dessas expressões de religiosidade, permitindo a sua descrição/história através de códigos disponibilizados pelas novas tecnologias; exigindo igualmente a adequada sinalética e iluminação (mesmo nos locais mais ermos isso já é viável, através de focos/luminárias com energia solar).
No concelho e no distrito da Guarda (como noutras regiões, obviamente) é urgente, fundamental, a referenciação (ou continuidade desse trabalho), a defesa, o estudo (por equipas interdisciplinares) e a divulgação das Alminhas, sob o risco de perdermos mais um importante traço identitário do nosso património e cultura.
Hélder Sequeira
A venda de um terreno destinado à construção de um Hospital privado, na Guarda, foi hoje formalizada, segundo informação da autarquia guardense. O referido terreno foi adquirido pelo grupo Embeiral para a construção do Hospital São Mateus - Guarda, na zona da Quinta da Torre, junto ao Parque Industrial da cidade e da rotunda que faz a ligação à A23,
A futura unidade hospitalar representa um investimento de 25 milhões de euros, destinada a servir "toda a Beira Interior"
Este grupo privado "tem agora um ano para apresentar o projeto à Câmara Municipal e fica obrigado a iniciar a obra nos seis meses seguintes ao aval da autarquia." Os investidores salientam que "o projeto será um complemento do sector público e que à semelhança do que sucede noutros pontos do país irá conseguir captar médicos para a cidade."
Foto: CMG
Capela do Mileu. Guarda
O CardealJosé Tolentino de Mendonça é o vencedor da vigésima primeira edição do Prémio Eduardo Lourenço, instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), numa decisão unânime do júria que reuniu hoje na Guarda.
De acordo com a informação divulgada pelo CEI, o Júri reconheceu o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea; reconheceu igualmente o pensador ecuménico e do diálogo que, com a sua obra, nos ensina que a fronteira é um mistério de encontro.
"Na ocasião dos 25 anos do Centro de Estudos Ibéricos, o Prémio Eduardo Lourenço 2025 distingue, na personalidade de José Tolentino de Mendonça, o valor da Educação e da Palavra como fontes de inspiração para fortalecer laços que cruzam todas as fronteiras e dos quais o diálogo ibérico tem sido exemplo."
Tolentino de Mendonça é poeta e professor. Nasceu na ilha da Madeira e estudou Ciências Bíblicas em Roma. Vive no Vaticano desde 2018, onde foi responsável pela Biblioteca Apostólica e pelo Arquivo Secreto. É atualmente prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Em 2019, foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco.
Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2025, no montante de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), foi atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do CEI: Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa e os Vice-Reitores das Universidades de Coimbra e de Salamanca, Delfim Leão e Matilde Olarte; Manuel Santos Rosa e Luís Umbelino, da UC, Antonio Notario e María Isabel Martín Jiménez, da USAL; e pelas seguintes personalidades convidadas: António Apolinário Lourenço e Désirée Pedro indicadas pela Universidade de Coimbra e Juán Andrés Blanco e María Teresa Conesa, indicadas pela Universidade de Salamanca.
Personalidades de relevo de Portugal e Espanha galardoadas em anteriores edições: Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, Jornalista (2006), Maria João Pires, Pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, Poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, Professor Catedrático de Direito Penal (2009), César António Molina, Escritor (2010), Mia Couto, Escritor (2011), José María Martín Patino, Teólogo (2012), Jerónimo Pizarro, Professor e Investigador (2013), Antonio Sáez Delgado, Professor e Investigador (2014), Agustina Bessa-Luís, Escritora (2015), Luis Sepúlveda, Escritor (2016), Fernando Paulouro das Neves, Escritor e Jornalista (2017), Basilio Lousada Castro, Escritor (2018), Carlos Reis, Professor e Investigador (2019), Ángel Marcos de Dios, Professor (2020), Fundação José Saramago (2021), Valentín Cabero Diéguez, Geógrafo e Professor (2022), Lídia Jorge, Escritora (2023) e Isabel Soler (2024).
Fonte: CEI
A empresa Água Serra da Estrela apresentou, no dia 8 de abril na sua fábrica em Gouveia, o Programa “Para Que Nunca Acabe”, que integra iniciativas para proteger a água e a serra, pretendendo criar um impacte ambiental e social positivo.
Para assinalar o lançamento do “Para que nunca acabe”, teve ainda lugar, durante a tarde, uma ação de reflorestação que contou com a participação ativa de grupo de 80 crianças da ABPG - Associação de Beneficência Popular de Gouveia e de 15 alunos do Instituto Politécnico da Guarda.
O programa “Para Que Nunca Acabe”, reflete o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce. “Numa altura em que os efeitos das alterações climáticas, os incêndios recorrentes e a pressão humana representam riscos acrescidos para a Serra da Estrela, este programa assume-se como uma resposta urgente e concreta”. É referido numa nota informativa.
Este programa pretende promover, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta (e de práticas tradicionais que a protegem), e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores em atividades, uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo.
Mais do que uma iniciativa ambiental, “Para Que Nunca Acabe” é uma plataforma de transformação, construída com base em três eixos: reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem; regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra; mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis e participarem em ações que gerem uma mudança positiva
O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela marca, como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação CUIDAR. Esta associação é um parceiro natural do programa, pela sua missão e objetivos para com a Serra da Estrela: defesa do património natural, recuperar a floresta perdida para o fogo e ajudar a acabar com o flagelo dos incêndios.
“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa “Para Que Nunca Acabe”, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, da Água Serra da Estrela.
A Associação Move Beiras divulgou uma nota onde saúda a reabertura de mais um troço da Linha da Beira Alta, entre Celorico da Beira e Mangualde. Contudo, aquela associação lamenta “que este ainda não seja o momento em que os comboios regressam à totalidade do troço encerrado há 3 anos.”
A Move Beiras “tem esperança de que a reabertura total possa acontecer a tempo do Verão e que as intervenções ainda pendentes possam decorrer sem perturbar muito o regresso total dos comboios, quer de mercadorias (temendo que mais um atraso possa deixar a Guarda definitivamente apeada perante os avanços em Salamanca), quer de passageiros.”
Por outro lado, como sublinhou, “é com alguma preocupação que a Move Beiras olha para a oferta ferroviária que vai sendo reposta, constituída apenas por dois comboios regionais diários por sentido entre Vilar Formoso e Mangualde e que deixam de fora duas paragens renovadas: Baraçal e Gouveia.”
Refere ainda que “também a ligação vespertina desde Vilar Formoso fica prejudicada com o ajuste horário que permite ao comboio chegar a Mangualde, mas que aumenta a distância temporal sobre carris para Lisboa, dado que os tempos de transbordo aumentaram substancialmente, tornando ainda menos apelativo o já muito enfraquecido eixo Guarda – Vilar Formoso.”
Aquela associação diz estar a acompanhar e aguardar com expectativa a apresentação da oferta final e uma estratégia de captação de passageiros que a tutela terá de adotar.
“Repor só os comboios que existiam e acenar com o Passe Ferroviário Verde (uma medida que a Move Beiras aplaude) não é suficiente para um território que ficou privado do comboio o quádruplo do tempo inicialmente previsto. É preciso mais ambição e apresentar uma oferta coesa, ao serviço das necessidades da região, articulada com as linhas do Norte e Beira Baixa e apontar a novos destinos como Figueira da Foz, Porto e (quando a interoperabilidade permitir) Salamanca, numa primeira fase.” Acrescenta a Move Beiras. “Não há melhor momento para revolucionar a oferta das linhas da Beira Alta e Beira Baixa do que agora, sempre numa ótica de melhorar e não tirar serviços às populações.”
A Associação Move Beiras, com sede na Benespera, foi criada com o intuito de valorizar os territórios servidos pelas Linhas da Beira Alta e Beira Baixa, através da utilização do comboio.
Soito. Sabugal
Em Manteigas vai decorrer no próximo dia 10 de abril, pelas 17h30, a apresentação pública do processo de candidatura da Serra da Estrela a Reserva da Biosfera da UNESCO.
Esta candidatura está a ser preparada pelos municípios do Parque Natural da Serra da Estrela, com o apoio do Estrela Geopark Mundial da UNESCO.
A referida apresentação é a primeira das seis que estão previstas.
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