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No Teatro Municipal da Guarda vai ser apresentado, no próximo dia 28 de Março, o Concerto de Páscoa de 2013.
Trata-se de um espectáculo que é o resultado de uma encomenda aos criadores guardenses Miguel Cordeiro (Música) e Hugo Moreira (vídeo).
“O vos omnes qui transites per viam [Ó vós todos que passais pelo caminho]” é a designação deste concerto, marcado para as 21h30, que juntará, em palco, os músicos Moisés Fernandes (trompete), Miguel Cordeiro (teclados e programações) e Nuno Costa (guitarra).
«”O vos omnes qui transites per viam” é uma expressão retirada do Livro das Lamentações (1,12) da Bíblia, que foi tomada pela tradição da Igreja para ser utilizada, como responsório, nos Ofícios da Semana Santa. O profeta Jeremias chora sobre Jerusalém que tinha sido devastada. Daí a interpelação: “olhai e vede se há dor semelhante à dor que me atormenta”.
A tradição popular, rica na variedade de formas musicais para este tempo da Quaresma, elaborou no decorrer dos tempos uma série de atos rituais, de carácter eminentemente penitencial, como a Procissão dos Penitentes, a Procissão do Enterro, o Canto da Verónica, e a Encomendação das Almas. Este concerto pretende, através da concepção de paisagens sonoras e visuais, revisitar o ritual da Encomendação das Almas, prática muito comum entre nós.» – explica Miguel Cordeiro no texto de apresentação deste espectáculo.
Miguel Cordeiro nasceu na Guarda em 1978. Inicia os seus estudos musicais no conservatório da Guarda. Formou-se em Educação Musical pelo Instituto Politécnico da Guarda. Estudou jazz no Taller de Musics (Barcelona) e no Hot Clube de Portugal. Teve como professores de piano Carlo Morena, Mário Laginha, Rodrigo Gonçalves e Filipe Melo. Estudou composição com Paulo Perfeito e Carlos Azevedo, harmonia e orquestração com Albert Guinovart e Lluis Vergés. Concluiu em 2011 o mestrado de composição para cinema e audiovisuais na EsMuc (Barcelona) onde teve como professores Arnau Bataller, Xavi Capellas, Oscar Araujo, entre outros. Atualmente tem desenvolvido e apresentado diversos trabalhos na área da composição para cinema e audiovisual.
Hugo Moreira nasceu na Guarda em 1981. Licenciou-se em Cinema em 2007, na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Frequentou o Mestrado de Realização de Cinema e Televisão da Faculdade de Blanquerna da Universidade Ramon Llul, em Barcelona. Iniciou a sua actividade profissional em 2008 na produtora de publicidade Propaganda Producciones, onde trabalhou na área de Realização, como primeiro e segundo assistente de alguns dos melhores realizadores de Espanha. Em 2010, regressou a Portugal para trabalhar na Um Segundo Filmes onde esteve até 2012, altura em que decidiu ser freelancer de video, trabalhando para várias produtoras e agências, e durante este tempo foi um dos responsáveis pelo Shortcutz Porto.
Fonte: TMG
Com a devida vénia, transcrevemos um trabalho do popular “Jornal do Galo”, relativo ao evento agendado para o dia 11 de Fevereiro.
“Guarda. 9 de Fevereiro de 2013.
Do nosso enviado especial-
À cidade da Guarda começaram a chegar muitos visitantes que pretendem assistir ao aguardado Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, cujo início está marcado para as 21h30 da próxima segunda-feira.
Os protagonistas e a assistência vão em cortejo (muito animado, diga-se de passagem) desde o Jardim José de Lemos até à Praça Velha, onde terá lugar o julgamento.
As expectativas, relativamente ao desenlace do julgamento são muitas e as opiniões sobre o culpado da crise são diversas; muitas pessoas têm mesmo adquirido o “pin” identificativo das suas opções.
Pela cidade temos visto muitas pessoas com máquinas fotográficas e câmaras de vídeo, preparadas para registarem o máximo de imagens sobre este acontecimento que tem suscitado o interesse de todo o país.
Os forasteiros procuram, entretanto, degustar as iguarias regionais e conhecer todos os recantos e encantos da cidade mais alta de Portugal.
A nossa reportagem ouviu um desses visitantes.
Jornal do Galo (JG) – Qual foi o motivo que o trouxe à Guarda?
Visitante (V) – O julgamento do Galo, desse bandido, claro! Só espero que se faça justiça, e da boa!!
JG – E veio de onde?
V – Vim de Loulé! Eu prefiro o Carnaval daqui, é mais tradicional e gosto muito deste ar da Guarda. Até trouxe uns boiões para levar daqui algum, para ter lá em casa, e inalar sempre que estiver deprimido. Olhe que faz mesmo muito bem, Amigo! Faz mesmo muito bem. As pessoas daqui nem lhe dão o devido valor…
JG – E veio tão cedo?
V – Claro, vir no próprio dia era um “esticão”; assim vim mais a minha Carolina e os catraios para eles conhecerem a cidade e comermos um bom caldo do grão, um bem temperado bucho, bom queijo e umas morcelinhas. E depois gosto muito de ver a Sé Catedral, é muito bonita, não acha? Ainda pensei que podia ver o iglô que fizeram na praça mas já me disseram que derreteu…foi pena, foi pena…Olhe, amigo, vai um copinho?
JG – Muito obrigado, temos de continuar a nossa reportagem
V – E quando publica isto no seu jornal? É para mostrar lá minha terra, ahhahh!…vão ficar invejosos…
JG – É já hoje. O nosso jornal é muito evoluído.
Houve quem, atempadamente, se informasse relativamente às condições meteorológicas, de forma a estar prevenido. Foi o caso de uma outra pessoa entrevistada pela nossa reportagem.
JG – O senhor veio também para o julgamento?
Entrevistado (E) – Sim senhor, já vim no passado ano e olhe que fui daqui encantado. Gosto desta gente da Beira, da Guarda e desta animação.
JG – E veio de onde?
E – Do Porto.
JG – E acha que o tempo está bom para este julgamento?
E –Oh Amigo, eu vi as previsões antes de vir, e são boas para este tipo de iniciativas! Nem que chovessem picaretas eu vinha na mesma! Isto é imperdível e é uma vez por ano!
JG – E não acha que está frio?
E – Qual frio? Isto dá saúde e faz bem ao esqueleto. Vocês jornalistas preocupam-se com cada coisa. Esta temperatura é normal aqui na região e isso é que lhe dá mais interesse. Não queria que nesta altura do ano estivesse tempo de praia?!... Mas não, acho que está bom tempo. Quem tiver frio que vista mais roupa! E a folia faz aquecer a gente. Olhe, desculpe lá mas tenho ali o meu pessoal à espera para irmos comer uma chouriçada à moda da Guarda. Bom trabalho.
É esta a predisposição, e alegria, das pessoas contactadas pela nossa reportagem.
Muito entusiasmo e muitas expectativas em relação ao julgamento do Galo do Entrudo; também muita satisfação pelos produtos locais e pela boa gastronomia. E como nos dizia um habitante da Guarda, “há espaço para todos. Isto é porreiro, pá”!
A Culturguarda e a Câmara Municipal da Guarda vão promover, a 23 e 24 de Junho, a recriação da Feira de S. João.
Com este evento, que ocorrerá no Largo João de Deus – em pleno centro da cidade da Guarda – as entidades organizadoras acrescentam, à troca de produtos, um programa de animação que inclui teatro, música, robertos, jogos e um baile de São João; no programa elaborado não foram esquecidos os temas populares tocados acordeão e ainda a fogueira com os rosmaninhos, onde será queimada a tradicional boneca.
Diariamente, a partir das 12 horas, vão funcionar as tasquinhas onde os serão servidos almoços; o caldo de grão, os pimentos e as sardinhas assadas, as enguias, o caldo verde, a carne de porco assada, o vinho tinto, o pão e as azeitonas são os pratos principais de uma ementa que contará ainda com outras iguarias como as pataniscas e os apreciados bolinhos de bacalhau.
De referir que pelo recinto da feira de S. João circulará ainda uma taberna ambulante. O programa da feira, propriamente dita, desenvolver-se-á a partir das 14 horas.
De meia em meia hora, o recinto da feira, para além do bulício de um certame desta natureza, será animado com teatro, com circo, números de pantomina, robertos, música popular e jogos tradicionais, através da participação de colectividades do concelho e grupos como o Teatro de Marionetas do Porto, a Companhia do Jogo, os Gambuzinos, o Aquilo Teatro, a banda “O menino é lindo”, o Homem-estátua, o duo “Acordeões em sintonia”, o grupo Pantomina e ainda a Companhia El Circ Petit.
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