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De 25 a 29 de julho e de 13 a 16 de setembro, vai decorrer a sexta edição da Oficina de História da Guarda, promovida pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
Esta oficina, subordinada ao tema “A Visita do Inquisidor no século XVI”, será dirigida por Rita Costa Gomes, Professora de História na Universidade de Towson (EUA); tem como objetivo promover a pesquisa sobre o património e a história da Guarda e da sua região.
Os participantes desta ação de formação produzirão conteúdos resultantes da sua própria pesquisa, visando a atualização e divulgação dos conhecimentos sobre esta temática, ligando a história local com outras escalas e âmbitos de pesquisa histórica.
Este ano a Oficina de História abordará o tema da “Visita do Inquisidor à Guarda no século XVI”. Nas primeiras décadas da sua existência, a Inquisição portuguesa realizou visitas por todo o país, ressuscitando e aperfeiçoando uma prática que recuava aos tempos medievais.
Assim, nesta edição a Oficina lançará o estudo de uma visita inquisitorial feita à Guarda no século XVI, investigando a partir das fontes da época quem era o inquisidor que veio à Guarda, que atividades desenvolveu na cidade, e que consequências teve a visita para as populações.
A oficina funcionará em modalidade híbrida, com uma série de 5 sessões presenciais na sede do CEI (25 a 29 de julho, das 18h00 às 20h00) e 4 sessões remotas por Zoom (13 a 16 de setembro, das 18h00 às 20h00).
A inscrição é gratuita, obrigatória e limitada a 25 participantes podendo ser feita aqui.
A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride assinalada hoje, dia do feriado municipal.
Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de Maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de Novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".
A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de Novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.
De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de Novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de Novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.
Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.
O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.
carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.
A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projecção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (HS)
Programa comemorativo
O programa comemorativo do 814º aniversário da cidade da Guarda inicia-se hoje pelas 10h30, com o hastear da bandeira na Praça do Município.
Posteriormente, na Sala António Almeida Santos da CMG, decorrerá uma sessão solene em que vão intervir, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, e o presidente da Assembleia Municipal da Guarda, Fernando Carvalho Rodrigues.
O programa integra ainda a conferência "Turismo e desenvolvimento: novos desafios", que antecederá a assinatura do protocolo com a Entidade Regional de Turismo do Centro.
No período da tarde, pelas 15h30, na Igreja da Misericórdia, terá lugar um concerto comemorativo do Dia da Cidade, pelo Conservatório de Música de São José da Guarda.
No Museu da Guarda, a partir das 18 horas, decorrerá um Concerto da Orquestra de Guitarras do Conservatório de Música de São José da Guarda, com direção de Hugo Simões.
No Teatro Municipal da Guarda, a partir das 21h30, realizar-se-á um concerto de Cristina Branco, onde será apresentado o mais recente álbum desta fadista, intitulado "Alegria".
A Culturguarda vai promover, entre 2 de Julho e 31 de Agosto, uma nova edição dos "Passos à Volta da Memória".
Estas visitas, ao ritmo de uma sessão por dia, terão início às 17h30, tendo como ponto de encontro a Praça Luís de Camões, na Guarda.
Na edição de 2013 será Augusto Gil - autor da conhecida Balada da Neve - o guia da iniciativa.
Com o subtítulo “Um poeta na cidade”, o percurso da visita terá início na casa onde viveu o poeta, localizada na rua com o seu nome por detrás dos balcões da Praça Luis de Camões (Praça Velha); Uma viagem pela história da cidade mais alta, que termina na escadaria do Largo Frei Pedro.
As visitas encenadas contam com a coordenação de Américo Rodrigues, com o texto e a encenação de Antónia Terrinha e com a interpretação do ator André Amálio.
Na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço foi ontem apresentado mais um número da Revista Cultural Praça Velha, editada pela Câmara Municipal da Guarda.
O volume XXVII inclui um núcleo temático principal dedicado às comemorações do Centenário da República, que conta com colaborações de Aires Diniz, Alexandre Costa Luís, Américo Rodrigues, António José Dias de Almeida, António Sá Coixão e António A. Rodrigues Trabulo, António dos Santos Pereira, António Sampaio, Emílio Rivas Calvo e Carlos d’Abreu, Francisco Manso, José Luís Lima Garcia, Manuel Leal Freire, Maria Antonieta Garcia e Pedro Aboim. A Grande Entrevista, a Alípio de Melo é conduzida por Rui Isidro.
A secção habitual dedicada ao Património e História integra artigos de Célio Rolinho Pires e J. Pinharanda Gomes, Poesia, Contos e Meditações conta com a participação de João Esteves Pinto e J. Osório de Andrade, Portfolio é da responsabilidade de Tiago Rodrigues, Recensões críticas de livros, discos, filmes e objectos inclui colaborações de José Gonçalves Monteiro, António José Santinho Pacheco, Anabela Naia Sardo, Rui Torres, Ana Margarida Fonseca, Aires Antunes Diniz, José Luís Lima Garcia, Rosário Santana, Fernando Carmino Marques Manuel Sabino G. Perestrelo, António José Dias de Almeida, Lusitana Ricardo, César Prata e António Soares.
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