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Relembrar Carolina Beatriz Ângelo

por Correio da Guarda, em 03.10.23

 

Hoje completam-se 112 anos após a morte de Beatriz Carolina Ângelo, uma personalidade ligada à Guarda e que “internacionalizou o feminismo português”.

Fundadora da Associação da Propaganda Feminina, Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a exercer, em Portugal, o direito de voto, posicionando-se também num lugar de destaque no quadro europeu, ao nível da intervenção cívica.

Nascida na Guarda, a 20 de maio de 1877, aqui frequentou o Liceu, a partir de 1891, antes de rumar para Lisboa onde estudou na Escola Politécnica e, dois anos depois, na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso de Medicina em 1902.

Nesse mesmo ano casou com o médico Januário Barreto, natural de Aldeia do Souto (Covilhã).

Carolina Beatriz Ângelo, para além do facto que a tem envolvido em singularidade e distinção, é conhecida igualmente por ter sido a primeira mulher portuguesa a desenvolver atividade cirúrgica, no Hospital de São José, em Lisboa; naquela cidade teve consultório na Rua do Almada.

Tendo abraçado desde cedo a causa feminista, onde pontuaram nomes como Maria do Carmo Lopes, Adelaide Cabete, Ana de Castro Osório e Domitila de Carvalho, entre outras, Carolina Ângelo viria a aderir à Maçonaria; fundadora, e elemento ativo, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas afastou-se, por divergência de princípios com outras dirigentes, e empenhou-se na criação da Associação de Propaganda Feminista, a que, aliás, presidiu.

Carolina Beatriz Angelo.jpg

Foi um período de grande envolvimento na reivindicação do sufrágio feminino e na exigência do reconhecimento dos direitos das mulheres. Em 1911, no mês de fevereiro, subscreve, juntamente com outras destacadas figuras feministas, um documento – entregue a Teófilo Braga – em que solicita o direito de voto para a mulher, com reconhecida independência económica. Recorde-se que a primeira lei eleitoral da República Portuguesa condicionava o direito de voto aos cidadãos “com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”.

Em Tribunal argumentou, em favor do exercício do seu direito de voto, com o facto de ser viúva (o marido falecera em junho de 1910) e “chefe de família”. Em 28 de Abril de 1911, o juiz João Baptista de Castro, considerando que excluir a mulher “é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e da justiça proclamada pelo partido republicano”, sentenciou que “a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral em preparação no lugar e com os requisitos precisos”.

Nesse mesmo ano, a 28 de maio, e nas eleições para a Assembleia Constituinte, protagonizou o primeiro voto por parte da mulher portuguesa; ato que teve lugar na assembleia eleitoral de S. Jorge de Arroios (Lisboa).

Quando do seu papel de liderança e da sua combatividade em prol dos ideais feministas e republicanos muito havia a esperar, a notícia da morte – a 3 de outubro de 1911 – de Carolina Ângelo colheu de surpresa mais diversos meios políticos, intelectuais e sociais.

Como escreveu Antonieta Garcia, no seu excelente trabalho “Carolina Beatriz Ângelo – Guarda(Dora) da Liberdade”, a médica guardense “na luta pelo direito ao sufrágio, pela educação feminina, pela emancipação, ergueu a voz, envolveu-se na regeneração do país, na utopia republicana”. Afirmando-se como “mulher de um tempo em devir, moderna, audaz, com talento, com coragem, sabedoria, intuiu que o feminismo não podia ter pressa mas, tacitamente, interveio cultural e politicamente nas res publica, abraçando a causa da igualdade entre os géneros”.

Pioneira do sufrágio feminino, em Portugal, o nome de Carolina Beatriz Ângelo faz parte da toponímia da Guarda e de outros centros urbanos, como Lisboa, Porto, Tavira ou Almada; a unidade hospitalar de Loures tem, igualmente, consagrado o seu nome.

 

H.S.

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publicado às 13:19

Recordar Carolina Beatriz Ângelo...

por Correio da Guarda, em 30.05.21

 

Fundadora da Associação da Propaganda Feminina, Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a exercer, em Portugal, o direito de voto, posicionando-se também num lugar de destaque no quadro europeu, ao nível da intervenção cívica.

Nascida na Guarda, a 20 de Maio de 1877, aqui frequentou o Liceu, a partir de 1891, antes de rumar para Lisboa onde estudou na Escola Politécnica e, dois anos depois, na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso de Medicina em 1902. Nesse mesmo ano casou com o médico Januário Barreto, natural de Aldeia do Souto (Covilhã).

Carolina Beatriz Ângelo, para além do facto que a tem envolvido em singularidade e distinção, é conhecida igualmente por ter sido a primeira mulher portuguesa a desenvolver actividade cirúrgica, no Hospital de São José, em Lisboa; naquela cidade teve consultório na Rua do Almada.

Carolina Beatriz Angelo -.jpg

Tendo abraçado desde cedo a causa feminista, onde pontuaram nomes como Maria do Carmo Lopes, Adelaide Cabete, Ana de Castro Osório e Domitila de Carvalho, entre outras, Carolina Ângelo viria a aderir à Maçonaria; fundadora, e elemento activo, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas afastou-se, por divergência de princípios com outras dirigentes, e empenhou-se na criação da Associação de Propaganda Feminista, a que, aliás, presidiu.

Foi um período de grande envolvimento na reivindicação do sufrágio feminino e na exigência do reconhecimento dos direitos das mulheres. Em 1911, no mês de Fevereiro, subscreve, juntamente com outras destacadas figuras feministas, um documento – entregue a Teófilo Braga – em que solicita o direito de voto para a mulher, com reconhecida independência económica. Recorde-se que a primeira lei eleitoral da República Portuguesa condicionava o direito de voto aos cidadãos “com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”.

Em Tribunal argumentou, em favor do exercício do seu direito de voto, com o facto de ser viúva (o marido falecera em Junho de 1910) e “chefe de família”. Em 28 de Abril de 1911, o juiz João Baptista de Castro, considerando que excluir a mulher “é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e da justiça proclamada pelo partido republicano”, sentenciou que “a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral em preparação no lugar e com os requisitos precisos”.

Nesse mesmo ano, a 28 de Maio, e nas eleições para a Assembleia Constituinte, protagonizou o primeiro voto por parte da mulher portuguesa; acto que teve lugar na assembleia eleitoral de S. Jorge de Arroios (Lisboa).

Quando do seu papel de liderança e da sua combatividade em prol dos ideais feministas e republicanos muito havia a esperar, a notícia da morte – a 3 de Outubro de 1911 – de Carolina Ângelo colheu de surpresa mais diversos meios políticos, intelectuais e sociais.

Como escreveu Antonieta Garcia, no seu excelente trabalho “Carolina Beatriz Ângelo – Guarda(Dora) da Liberdade”, a médica guardense “na luta pelo direito ao sufrágio, pela educação feminina, pela emancipação, ergueu a voz, envolveu-se na regeneração do país, na utopia republicana”. Afirmando-se como “mulher de um tempo em devir, moderna, audaz, com talento, com coragem, sabedoria, intuiu que o feminismo não podia ter pressa mas, tacitamente, interveio cultural e politicamente nas res publica, abraçando a causa da igualdade entre os géneros”.

Pioneira do sufrágio feminino, em Portugal, o nome de Carolina Beatriz Ângelo faz parte da toponímia da Guarda e de outros centros urbanos, como Lisboa, Porto, Tavira ou Almada, e foi atribuído também à unidade hospitalar de Loures/Odivelas. A Guarda, contudo, é indissociável desta personalidade que “internacionalizou o feminismo português”.

 A toponímia guardense tem registado (há cerca de duas décadas)  o seu nome numa das ruas da zona outrora pertencente à Quinta do Pinheiro. (H.Sequeira)

 

 

 

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publicado às 23:05

Conferência sobre Carolina Beatriz Ângelo

por Correio da Guarda, em 19.09.17

Carolina.jpg

 

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publicado às 22:08

Cerâmica, Vidro e Saúde

por Correio da Guarda, em 28.05.13

 

     “Cerâmica e Vidro, Quotidiano e Saúde” é o tema da mostra que vai decorrer no Hospital Beatriz Ângelo (em Loures), de 31 de maio a 21 de julho de 2013.

     Esta mostra desenvolve-se no átrio de entrada do referido Hospital, com peças do Museu Cerâmica de Sacavém e da Coleção Moutinho Borges, dando a conhecer objetos de uso doméstico assistenciais e de higienização.

    De referir que a exposição é comissariada pelo Prof. Moutinho Borges (docente da ESTH/IPG) e que tem publicados vários trabalhos sobre o distrito da Guarda.

 

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publicado às 00:01

Texto teatral inédito - hoje no TMG

por Correio da Guarda, em 16.03.12

 

     No Teatro Municipal da Guarda (TMG) vai ser  apresenta, hoje, a leitura encenada do texto teatral inédito de Maria Antonieta Garcia, intitulado "Pela mão de Carolina Beatriz Ângelo.
     A apresentação decorrerá a partir das 21h30, no Pequeno Auditório do TMG.
     A entrada é livre.
 

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publicado às 12:15

REBELDINO na Guarda da República

por Correio da Guarda, em 29.11.10

 

     O espectáculo colectivo “Guarda: a República” constituiu mais um excelente momento de exaltação cívica e cultural, na linha de outras produções do TMG.

     Acresce o facto – é de toda a justiça sublinhar –, de terem estado envolvidas colectividades e associações do concelho da Guarda, para além de outros contributos individuais.

     Um espectáculo com este perfil exige um grande trabalho, uma forte determinação e convicção, a dedicação e o contributo de muitas pessoas. E neste contexto da comemoração do centenário da República foi de grande oportunidade esta produção cultural “para falar dos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade”, como aliás referiu Pompeu José (co-autor do guião e co-encenador). “Faz todo o sentido celebrar o sonho de uma sociedade onde a instrução e o saber são o centro da actividade política, onde a cidadania e a participação são os pilares da democracia”, escreveu ainda.

 

                                                                                                                                                                                                                                (foto: Culturguarda/TMG)

   

  “Guarda: a República” revisitou a cidade mais alta de Portugal no período e na data em que foi derrubada a monarquia e implantado um novo regime; época de forte efervescência ideológica, de aguerridas lutas entre os jornais de facções opostas, em que pontuaram “O Combate” e “A Guarda”…mas onde “A Actualidade”, dirigido por Augusto Gil se assumiu como tribuna de denúncia dos desvios cometidos por muitas personalidades republicanas (locais, regionais, nacionais). Basta (re)ler as páginas daquele semanário…algumas das suas afirmações, escritas em 1910 e 1911, reeditadas um século depois continuam perfeitamente actuais…

     Neste espectáculo pairou a figura de José Augusto de Castro, o célebre director de “O Combate” que, logo após a implantação da República escrevia: “Conheço os homens, sei o que eles têm sido e são. Não me iludem atitudes. As adesões que para aí são feitas revelam ainda maior falta de carácter, de sentimento moral. As adesões representam baixeza e da baixeza há-de irromper o ódio não extinto mas apenas dominado, reprimido, por impotente (…). Proclamar a República não quer dizer extinguir a iniquidade, mas apenas avançar um passo no caminho que conduz à sua extinção”…

     “Guarda: a República” evocou ainda Carolina Beatriz Ângelo e Afonso Costa. O texto do seu discurso seguiu, diga-se, uma das suas intervenções enquanto parlamentar. “Recordo que, desde 1891, todas as classes estavam sobrecarregadas com as consequências de uma crise temerosa, produzida pela monarquia. Todo o país trabalhava para se desembaraçar dessa crise profunda. Todos os empregados públicos sofriam deduções exageradíssimas. Os portadores da dívida pública ficaram quase sem o juro a que tinham direito”, afirmou o personagem, interpretado por Vasco Queirós. Coincidência com a actualidade?...É de reflectirmos nestas palavras, mais de um século depois...

     Como igualmente devemos atentar nas afirmações, inquietudes, desilusões do personagem Rebeldino (numa excelente interpretação de Américo Rodrigues, o Director do TMG), no fundo o retrato biográfico de JAC, na fase final da sua vida, há anos afastado da Guarda…

     O actor deu ao texto – que tivemos o ensejo de escrever, entre a ficção e a verdade biográfica do republicano referenciado – uma emotividade e um brilho que entroncou na mensagem final deste espectáculo. Há que sonhar novas madrugadas, pensar novos horizontes onde se afirmem os ideais de Rebeldino, combatente da liberdade, defensor da instrução, do trabalho e adversário das pessoas “para quem a cultura é uma ameaça constante à sua pequenez moral e intelectual… como se a cultura não fosse a luz da civilização, a chama libertadora dos povos.”…Um eco que vem já de “O Combate”, para os mais distraídos..

     Uma vez mais um espectáculo com mensagem, com actualidade, um trabalho colectivo que deve ficar na memória cultural da Guarda…

                                                                                                                                                             Helder Sequeira

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publicado às 01:11

Exposição sobre Carolina Beatriz Ângelo

por Correio da Guarda, em 29.09.10

     No Museu da Guarda continua patente até ao próximo dia 31 de Outubro a exposição temporária “Carolina Beatriz Ângelo. Intersecções dos sentidos / palavras, actos e imagens”. 

     Fundadora da Associação da Propaganda Feminina, Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a exercer, em Portugal, o direito de voto, posicionando-se também num lugar de destaque no quadro europeu, ao nível da intervenção cívica.

     Nascida na Guarda, em 1878, aqui frequentou o Liceu, a partir de 1891, antes de rumar para Lisboa onde estudou na Escola Politécnica e, dois anos depois, na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso de Medicina em 1902. Nesse mesmo ano casou com o médico Januário Barreto, natural de Aldeia do Souto (Covilhã).

     Carolina Beatriz Ângelo, para além do facto que a tem envolvido em singularidade e distinção, é conhecida igualmente por ter sido a primeira mulher portuguesa a desenvolver actividade cirúrgica, no Hospital de São José, em Lisboa; naquela cidade teve consultório na Rua do Almada.

     Em 1911, no mês de Fevereiro, subscreve, juntamente com outras destacadas figuras feministas, um documento – entregue a Teófilo Braga – em que solicita o direito de voto para a mulher, com reconhecida independência económica. Recorde-se que a primeira lei eleitoral da República Portuguesa condicionava o direito de voto aos cidadãos “com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”.

     Em Tribunal argumentou, em favor do exercício do seu direito de voto, com o facto de ser viúva (o marido falecera em Junho de 1910) e “chefe de família”. Em 28 de Abril de 1911, o juiz João Baptista de Castro, considerando que excluir a mulher “é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e da justiça proclamada pelo partido republicano”, sentenciou que “a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral em preparação no lugar e com os requisitos precisos”.

     Nesse mesmo ano, a 28 de Maio, e nas eleições para a Assembleia Constituinte, protagonizou o primeiro voto por parte da mulher portuguesa; acto que teve lugar na assembleia eleitoral de S. Jorge de Arroios (Lisboa).

 

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publicado às 23:55

Exposição sobre Carolina Beatriz Ângelo

por Correio da Guarda, em 25.06.10

    

     No Museu da Guarda está patente, a partir de ontem, a exposição temporária “Carolina Beatriz Ângelo. Intersecções dos sentidos / palavras, actos e imagens”.

     Fundadora da Associação da Propaganda Feminina, Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a exercer, em Portugal, o direito de voto, posicionando-se também num lugar de destaque no quadro europeu, ao nível da intervenção cívica.

     Nascida na Guarda, a 20 de Maio de 1877, aqui frequentou o Liceu, a partir de 1891, antes de rumar para Lisboa onde estudou na Escola Politécnica e, dois anos depois, na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso de Medicina em 1902. Nesse mesmo ano casou com o médico Januário Barreto, natural de Aldeia do Souto (Covilhã).

     Carolina Beatriz Ângelo, para além do facto que a tem envolvido em singularidade e distinção, é conhecida igualmente por ter sido a primeira mulher portuguesa a desenvolver actividade cirúrgica, no Hospital de São José, em Lisboa; naquela cidade teve consultório na Rua do Almada.

     Tendo abraçado desde cedo a causa feminista, onde pontuaram nomes como Maria do Carmo Lopes, Adelaide Cabete, Ana de Castro Osório e Domitila de Carvalho, entre outras, Carolina Ângelo viria a aderir à Maçonaria; fundadora, e elemento activo, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas afastou-se, por divergência de princípios com outras dirigentes, e empenhou-se na criação da Associação de Propaganda Feminista, a que, aliás, presidiu.

     Foi um período de grande envolvimento na reivindicação do sufrágio feminino e na exigência do reconhecimento dos direitos das mulheres. Em 1911, no mês de Fevereiro, subscreve, juntamente com outras destacadas figuras feministas, um documento – entregue a Teófilo Braga – em que solicita o direito de voto para a mulher, com reconhecida independência económica. Recorde-se que a primeira lei eleitoral da República Portuguesa condicionava o direito de voto aos cidadãos “com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”.

     Em Tribunal argumentou, em favor do exercício do seu direito de voto, com o facto de ser viúva (o marido falecera em Junho de 1910) e “chefe de família”. Em 28 de Abril de 1911, o juiz João Baptista de Castro, considerando que excluir a mulher “é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e da justiça proclamada pelo partido republicano”, sentenciou que “a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral em preparação no lugar e com os requisitos precisos”.

     Nesse mesmo ano, a 28 de Maio, e nas eleições para a Assembleia Constituinte, protagonizou o primeiro voto por parte da mulher portuguesa; acto que teve lugar na assembleia eleitoral de S. Jorge de Arroios (Lisboa).

     Quando do seu papel de liderança e da sua combatividade em prol dos ideais feministas e republicanos muito havia a esperar, a notícia da morte – a 3 de Outubro de 1911 – de Carolina Ângelo colheu de surpresa mais diversos meios políticos, intelectuais e sociais. Pioneira do sufrágio feminino, em Portugal, Carolina Beatriz Ângelo faz parte da toponímia guardense e de outros centros urbanos.(HS)

 

 

   

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publicado às 00:25

Centenário da República assinalado na Guarda

por Correio da Guarda, em 03.06.10

    

     A Câmara Municipal da Guarda tem previstas várias iniciativas destinadas a assinalar a passagem do primeiro centenário da implantação da República.

     Enquanto que os próximos volumes da Revista “Praça Velha” vão ser dedicados ao centenário da República, para o próximo mês de Novembro, a Culturguarda (empresa municipal que gere o TMG) tem prevista a apresentação do espectáculo colectivo “Guarda: a República”, que vai ser coordenado por Américo Rodrigues, no qual vão estar envolvidas cerca de 500 pessoas.

     Este espectáculo, que incidirá sobre episódios, ligados à Guarda, “evocativos da República”, está agendado para os dias 26, 27 e 28 de Novembro, no Grande Auditório do Teatro Municipal.

     De salientar que o grupo Projéct~ (projéctil), estrutura de produção teatral do TMG, irá representar uma peça baseada na vida da médica Carolina Beatriz Ângelo, natural da Guarda, a primeira mulher a exercer o direito de voto em Portugal.

 

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publicado às 15:09


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