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Feliz 2011

por Correio da Guarda, em 30.12.10

 

 

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publicado às 00:26

 

     O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, tem levantado a sua voz contra várias realidades e situações que merecem o seu repúdio, a par da condenação por parte da sociedade.

     Na quadra natalícia não deixou de afirmar que uma das causas da crise está relacionada com “os jogos de interesse que continuam a fazer-se nas costas do povo, envolvendo sobretudo decisões políticas, económicas e financeiras”.

     Na sua recente mensagem, o prelado egitaniense apontou as “atitudes egoístas de muitos que só procuram defender os seus interesses e do seu grupo, sem respeito pelo bem comum e pelos direitos de todos”.

     Para o Bispo da Guarda há a necessidade de ser denunciada a “falsidade do princípio, para muitos indiscutível, de que o bem-estar das pessoas coincide com o elevado consumo de bens materiais” salientando, por outro lado, que se nota uma grande falta de sentido de responsabilidade “relativamente ao uso dos recursos materiais que se têm e mesmo que se não têm, o que está a provocar níveis desastrosos de endividamento das pessoas, das famílias e mesmo do país.”

     D. Manuel Felício evidenciou ainda a existência de “baixos níveis de educação para a cidadania” bem como o facto de as iniciativas de participação no desenvolvimento pelo trabalho não serem elevadas”. Apontou, também, que as escolas “ainda conseguem transmitir alguns bons níveis de informação, mas quando se trata de ajudar os alunos a elaborar boas decisões e levarem-nas à prática, com eficácia, revelam muita dificuldade.”

     Na perspectiva do Bispo da Guarda, o facto de sermos o país da Europa “em que a percentagem de jovens licenciados à procura de emprego é das mais elevadas, se não mesmo a mais elevada”, em nada ajuda.

     O factor mais decisivo para o desenvolvimento das sociedades continuam a ser, afirmou, as “pessoas bem preparadas e com carácter, capazes de estabelecerem objectivos bem definidos e procurarem os meios indispensáveis para os atingir, incluindo a capacidade de sacrifício”.

 

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publicado às 23:06

O Fio da Memória e a Praça Velha

por Correio da Guarda, em 16.12.10

 

     Na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL) foram apresentados mais cinco novos cadernos da colecção “O Fio da Memória”, editada pela Câmara Municipal da Guarda.

     “Carvalhal Meão: tradição e religiosidade” de Carlos Carvalheira; “Ranchos Folclóricos da Ramela” de António Sá Rodrigues e Vânia Sofia Pires da Cunha; “Dr. José Pereira da Silva - Médico, Filantropo e Humanista” de Isabel Coelho Antunes; “Raiz de Trinta - Associação Juvenil - 11 anos a criar raízes” de Carlos Fonseca e “Sete Nomes de Terra” de Joaquim Martins, são os títulos dos cadernos a apresentados, na sessão que decorreu a partir das 18 horas.

     Hoje, 16 de Dezembro, teve também lugar, à mesma hora, na Sala Tempo e Poesia da BMEL, o lançamento de mais um número da Revista Cultural Praça Velha, cuja apresentação estivera marcada para o passado dia 30 de Novembro, e a qual foi alterada devido às condições atmosféricas e à neve que caiu na cidade.

     O vigésimo oitavo número contém um núcleo temático principal dedicado às comemorações do centenário da República, contando com colaborações de Adriano Vasco Rodrigues, Aires Diniz, Antonieta Garcia, Dulce Helena Borges, José Mota da Romana, entre outros.

     Nesta edição, a “Grande Entrevista” é feita ao Prof. Gomes Canotilho, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

     O capítulo dedicado ao “Património e História” integra artigos de Alexandre Costa Luís, Carla Sofia Luís António Salvado Morgado e José Esperança Pina.

     Como acontece habitualmente, a revista inclui recensões críticas de livros e discos, inserindo textos de António Godinho, António Dias de Almeida, António José Ramos de Oliveira, Carlos d´Abreu, Emilio Rivas Calvo, Francisca Oliveira, Francisco Sousa Lobo, Levi Manuel Coelho e Maria José Azevedo Santos.

 

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publicado às 15:46

As Mulheres e a República - Tertúlia no Museu

por Correio da Guarda, em 14.12.10

 

     “As Mulheres e a República” é o tema da tertúlia que se vai realizar, na próxima sexta-feira, no Museu da Guarda.

     Esta iniciativa, que decorrerá a partir das 21 horas, será moderada por João Gomes Esteves e contará com intervenções de Maria Regina Silva e Natividade Monteiro.

     Prevista inicialmente para o passado dia 3 de Dezembro foi cancelada em virtude das condições atmosféricas que fizeram sentir nessa data.

 

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publicado às 00:22

Veiga Simão aponta realidades e desafios

por Correio da Guarda, em 09.12.10

    

     “A crise económica e social vai atingir uma dimensão que põe em causa o modus vivendi de milhões de portugueses e vai ter efeitos desastrosos na classe média”, afirmou, na Guarda ,Veiga Simão.

     Este académico, que foi já responsável pelas pastas da Indústria e Energia e da Defesa, falava no decorrer da sessão solene de abertura do ano lectivo no IPG, onde abordou o tema “Universidades e Politécnicos: caminhos de liberdade e desenvolvimento”.

     Veiga Simão, aludiu à sua experiência enquanto responsável pela reforma educativa dos anos 70, “consagrada na lei de Bases do Sistema Educativo, que institucionalizou, inspirada em princípios da I República, o direito à educação, à democratização do ensino, à igualdade de oportunidades e ao acesso ao mérito”, recordando que nessa época o ensino superior se limitava, na prática, às Universidades de Coimbra, Lisboa, Técnica de Lisboa e Porto.

     Na sua perspectiva, o processo de Bolonha, “ausente de uma programação estratégica definida pelo Governo, ao contrário da vizinha Espanha, dando primazia a uma engenharia legislativa associada a uma engenharia estatística, dominada por critérios políticos que desequilibram o binómio quantidade-qualidade, veio criar graves e naturais problemas às instituições de ensino superior”. Estes, acrescentou, são “agravados por esquemas de financiamento questionáveis”.

     Daí resulta, referiu, que as instituições de ensino superior, “onde, apesar de tudo, se desenvolvem nichos de qualidade, são obrigadas a colocar em primeiro lugar a sua sobrevivência”. No interior estas instituições esta questão assume maior dimensão pois “não existe um modelo de desenvolvimento para o nosso País, que fortaleça o desenvolvimento regional e a coesão social entre portugueses”.

     Veiga Simão defendeu a necessidade de as instituições de ensino superior analisarem as “consequências de políticas sucessivas na desertificação do interior e se interrogarem sobre o seu futuro porquanto são pilares fundamentais do desenvolvimento do País.

    É necessário ter a coragem para enfrentar construtivamente o poder político em tempo útil, de modo a que este seja colocado perante as graves responsabilidades que assumirá se estas instituições se degradarem até à sua extinção”.

    Neste contexto, aquele académico e político, acentuou a urgência em serem discutidos “cenários alternativos para o modelo de desenvolvimento em vigor e analisar criticamente o seu impacto no desenvolvimento local e regional”, considerando, ainda, imperioso que as Universidades e Politécnicos, “geradores de pessoas livres e cultas, devem semear civilidade, o que não é fácil por ser um valor escasso na sociedade portuguesa”.

     O ex-ministro, evidenciou, por outro lado que decorridos 36 anos após o 25 de Abril, 24 depois da integração europeia e 11 anos após a data de adesão ao euro, o país se encontra “numa crise, mistura de erros próprios e de impactos de erros de outros. Todos estamos conscientes de que temos de recuperar mais de uma década perdida e não permitir a decadência de Portugal”.

     Veiga Simão defendeu, no decorrer da sua intervenção, que as universidades e politécnicos devem “emergir numa sociedade organizada para confrontar ou convergir com o Estado, na construção do futuro, capacitando os cidadãos para a invenção e para a construção” de organizações económicas “mais racionais e mais justas”, tudo isto numa “exacta medida das aspirações e necessidades dos seres humanos e não numa absoluta dependência de desígnios abstractos, como sejam o crescimento ilimitados, para alguns, da acumulação dos rendimentos e fluxos monetários”.

     Referindo-se à realidade distrital, o conferencista lançou o repto para o lançamento de um “Programa Estratégico de Desenvolvimento, no qual cooperem todas as entidades políticas, académicas e culturais e económicas da região da Guarda”.

    Veiga Simão concluiu dizendo que “o problema de hoje não é apenas a crise, é o nosso futuro” e alimentou a esperança do nascimento de novas elites “que por amor à democracia e as res publica rompam com o statu quo existente e iluminem vias de novo progresso”.

 

in Diário AS BEIRAS, 8/12/2010

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publicado às 14:52


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